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Destaques

Love In The Big City: Drama gay coreano estreia pelo mundo

Depois de tentativas de boicote por sul-coreanos conservadores, o drama Love In The Big City (Amor na Cidade Grande) finalmente estreou para pessoas de diferentes partes do mundo por meio da plataforma Viki . Com protagonismo gay, a série conta a história de um escritor e suas aventuras amorosas na Coreia do Sul, país que é ainda um tanto atrasado em relação aos outros países, a ponto de tentarem impedir que a série fosse transmitida. O roteiro da série foi baseado em um livro homônimo , escrito por Sang Young Park . Best-seller na Coreia do Sul, o livro também foi publicado para o inglês, publicado em 2021. Se o simples fato de mostrar uma cena de beijo gay já incomoda conservadores, dá para perceber que a série aperta as feridas, na esperança de que a sociedade sul-coreana supere preconceitos e respeite a diversidade. Beijo no último episodio? Personagem questionando seus próprios sentimentos antes de agir? Esqueça os kdramas tradicionais. Love In The Big City traz uma visão fresca

'O indivíduo, a técnica e um vazio ético no jornalismo'

O artigo 'O indivíduo, a técnica e um vazio ético no jornalismo' do jornalista e professor universitário Claudemir Hauptmann, tem como objetivo refletir a questão ética na rotina profissional do jornalista.

O que é o jornalismo? Hauptmann conta que muita gente sabe o que é, mas tem dificuldade de conceituar a palavra. "Mas seria possível dizer que o jornalismo nada mais é do que a prática de contar histórias. O jornalista capta o mundo e para poder informar sobre ele através de um dizer específico, conforma-o", conceitua.

Preocupadas com o lucro e com a redução de custos, o autor explica que as agências de comunicação fazem com que os jornalistas produzam mais, num tempo cada vez menor e com menos custos. Como exemplo citado no artigo, se antigamente em um grupo de dez jornalistas, cada um produzia duas pautas por dia, atualmente, cinco jornalistas fazem quatro ou cinco pautas diárias. O jornalista, segundo as palavras do autor, passou a oferecer quantidade como se fosse qualidade.

Ao falar sobre as técnicas, o autor lembra a mais conhecida de todas, a da pirâmidade invertida, que segundo ele é perfeita para as pretensões da fase empresarial do jornalismo ("alcançar públicos cada vez mais amplos"). Hauptmann critica a a falta de análise e interpretação dos fatos, e a atual preocupação com os registros puros e simples dos fatos, chamados por ele de 'fazer jornalístico raso'.

Para analisar o jornalista é necessário observá-lo como indivíduo e o contexto em que este está inserido. Hauptmann cita Bernardo Kucinski que fala sobre o paradoxo ético entre o individualismo e o código de ética e sobre a subordinação dos jornalistas aos ditados mercadológicos e ideológicos dos proprietários dos meios de informação.

Quando o autor vai abordar a ética, novamente a dificuldade em conceituar palavras aparece no artigo. Para o autor, não tem como conceituar ética como indivíduo para o jornalista, pois este depende não só dele mesmo, como dos patrões, fontes, público e políticos. Cabe ressaltar a citação de Eugênio Bucci utilizada pelo jornalista no artigo: "Ética, para Bucci, não são as posturas nem as generalidades superficiais dos códigos de ética. É a essência do bom jornalismo ao moldar o caráter dos profissionais, de forma a levá-los sempre a atender a função pública e social de divulgar tudo que é de interesse da sociedade, de forma correta".

Para concluir, o autor argumenta que nos últimos anos os jornalistas passaram a agir mecanicamente, devido aos modelos extremamente comerciais e a conversão de jornalismo em mercado. A preocupação com o maior número de informações diárias, a redução dos custos, redações enxutas, o individualismo e a desinformação são alguns dos reflexos do jornalismo nos tempos atuais. "Os jornalistas se perdem diante da quantidade de pautas diárias e os dilemas éticos não são prioridades nessa rotina. Eles precisam produzir, e muito, para garantir o emprego". Uma das soluções plausíveis para resolver esse problema de vazio ético dos jornalistas, de acordo com o autor , é o diálogo com os cidadãos. Hauptmann finaliza dizendo: "Afinal, o bem mais preciosa na vida de um jornalista não é seu emprego, mas sua credibilidade".

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