Pular para o conteúdo principal

Destaques

Escrita além dos benefícios

Escrevia para não ter que ficar engolindo sempre as emoções. Escrevia para processar os pensamentos e as emoções. Escrevia para entrar em contato com sua voz interior. Escrevia. Muitas vezes, era somente quando estava escrevendo que se dava conta melhor das coisas que estavam acontecendo. Escrevia, pois era humano, e sabia que deveria encarar suas fragilidades. Escrevia para encontrar momentos de paz ao longo da semana. Escrever tinha muitos benefícios, mas ainda que não tivessem, continuaria a escrever, era mais forte do que ele. Escrevia pelo prazer de escrever e também para que outros pudessem ler e se identificarem de alguma forma ou outra. O que faria sem a escrita? Não fazia ideia. Era tão parte dele quanto qualquer traço de personalidade que não conseguia mudar. Escrever se tornara parte da sua vida há tanto tempo que poderia abrir mão de outras coisas, mas não abriria da escrita. É sempre encarando a página em branco que as coisas começam a ganhar sentido. Sempre uma palavra pu...

Estudantes de jornalismo da UCDB visitam Correio do Estado

Na manhã desta quarta-feira (1) aconteceu em Campo Grande (MS) o primeiro dia do '72 horas de jornalismo', evento organizado pelo coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco, Oswaldo Ribeiro, em que estudantes de jornalismo da instituição visitaram onze veículos de comunicação (impresso, rádio, TV e online) da capital sul-matogrossense para observarem a rotina dos profissionais.

Eu e mais seis acadêmicos de jornalismo da UCDB visitamos o Correio do Estado, o maior meio de comunicação impresso de Mato Grosso do Sul, e acompanhamos com o Editor-Executivo do jornal, Ico Victório, como é realizada a reunião de pauta. O jornalista avalia a pauta de todas as editorias pela manhã e conta que é um desafio manter o nível de pauta do dia-a-dia. "Para fazer o jornal do dia, o jornalista de impresso e o leitor têm a sensação no outro dia de já ter lido a notícia", argumenta. Para Victório, o jornalista é um eterno insatifeito com as próprias idéias. "Quem gosta de fazer jornal passa 24 horas pensando no jornal", diz.

"Reunião de pauta" com Ico Victório, Editor-Executivo do Correio do Estado
Foto: Thailla Torres

Repórter especial do Correio do Estado, 58 anos, Montezuma Cruz conta que a reportagem é o melhor leque do jornalismo para sentir a realidade brasileira, por isto, a importância de se investir em reportagem. O jornalista falou sobre o crescimento das assessorias de imprensa e lamentou a dificuldade encontrada por repórteres ao realizarem reportagens, em que assessores de imprensa, geralmente desinformados sobre o assunto, não facilitam a comunicação. "Tive oportunidade de conhecer o lado do repórter e do assesor, e em todos eles você tem que agir com o coração", ensina.

De acordo com o jornalista, a transmissão de informação em tempo real traz o perigo dos profissionais cometerem erros. Falhas e acertos que podem construir ou destruir uma imagem. Para Cruz, buscar a informação e descrever a realidade são funções do jornalista. O jornalista ainda falou sobre um dos mitos do jornalismo, o da imparcialidade. "O repórter é humano. Não existe imparcialidade nem do jornalista, nem da empresa", argumenta.

Montezuma Cruz compartilhando experiências e histórias jornalísticas com os acadêmicos
Foto: Thailla Torres 

Montezuma Cruz contou as facilidades da comunicação proporcionadas pelos avanços tecnológicos e deixou a seguinte reflexão para os acadêmicos "O impresso resistirá? E as revistas?". E você, leitor, o que acha?

Mais lidas da semana