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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Ética do jornalismo na visão dos profissionais campo-grandenses

"Ética do Jornalismo na Visão do Profissional" é o trabalho de conclusão de curso publicado em 2006, pelo jornalista Rafael Augusto Oliveira Belo, na Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Por meio de questionários com perguntas objetivas e descritivas, o trabalho procura analisar o que é ética, um tema polêmico, utilizando autores, o Código de Ética Jornalística e a Constituição de 1988 como referenciais, relacionando ao ponto de vista dos jornalistas da capital sul-matogrossense.

O autor do artigo aponta que quando se trata da ética jornalística, na prática os interesses políticos e econômicos do veículo de comunicação em que o profissional trabalha estão acima das informações de interesse público. Para sobreviver, o jornalista acaba se preocupando com seus interesses individuais, como manter o trabalho e se esquece do papel dele com a sociedade.

"O medo de perder o emprego, a pressão do chefe e a linha editorial do veículo, forçam muitas vezes o jornalista a cometer delitos morais para manter o serviço. A sobrevivência é a palavra-chave em um mercado de estranhos, em um meio profissional onde a competição é muito maior que a cooperação e a coação externa se aplica para a utilização do meio para interesses privados", reflete Rafael Augusto Oliveira Belo. Para o autor, se existe coação externa, não existe jornalismo ético, já que a ética está relacionada à liberdade, e o jornalista precisa desta para exercer seu papel social.

De acordo com Belo, o jornalista está mais preocupado com a quantidade de fatos noticiados, do que com a qualidade, entendimento, contextualização e relevância das notícas para o cidadão. "Os jornalistas, então, escrevem para si mesmos, é uma competição", ressalta.

Resultados da pesquisa do jornalista Rafael Belo apontam que de 42 jornalistas, profissionais de diferentes meios de comunicação (impresso, rádio, TV e Internet) de Campo Grande (MS), 22 jornalistas não lembram do Código de Ética, e apenas uma pequena porcentagem consegue explicar porque é ético. Apesar da auto-censura e preocupação com a linha editorial e interesses políticos e econômicos dos veículos, é interessante observar que a maioria dos jornalistas responderam que acreditam na liberdade de expressão. "O jornalista na incerteza e confusão pela própria sobrevivência não segue a ética, não a conhece na função. Prefere ficar e deixar os cidadãos na ignorância", relata. Para Belo, a falta de conhecimento da própria profissão faz com que os jornalistas divulguem fatos superficiais, sem relações com a realidade e que não auxiliam a sociedade. O autor ainda ressalta que os jornalistas conhecem a ética, todavia além de não ser aplicada, essa é ignorada.

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