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Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

Acadêmicos da UCDB experimentam o jornalismo Gonzo

Substituir a observação dos fatos e da realidade, pela experimentação e tornar-se agente principal da história. Com este objetivo, os acadêmicos do 8º semestre de jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco, de Campo Grande (MS), produziram o jornal laboratório 'Em Foco', com o gênero Jornalismo Gonzo, publicado na edição nº 143, de agosto de 2011.

De acordo com o editorial do Em Foco, o termo ?Jornalismo Gonzo foi cunhado por Hunter S. Thompson, na década de 60 nos Estados Unidos, época em que a contracultura estava efervescente e tem como características básicas ao fazer jornalístico 'a captação participativa das informações ao extremo, onde o repórter é personagem principal da história; sarcamos e ironia apimetando o texto'.

O editorialista comenta sobre a diferença deste gênero jornalístico e sobre a possibilidade do leitor estranhar o texto, devido a subjetividade e fuga de que se está acostumado a ver nos jornais diários, em que a impessoalidade e objetividade reinam. Sem mencionar a falsa crença na imparcialidade do jornalismo. "Os jornalistas são humanos e têm suas preferências", ressalta o texto do editorial.

Algumas experiências marcaram a vida dos repórteres, como o estudante Elverson Cardoso que voluntariou-se no asilo e aprendeu a importância de doar a atenção aos idiosos; a jovem Jéssica Keli que vivenciou por uma hora a experiência de pedir dinheiro na rua e sentiu na pele como os mendigos são tratados; a estudante Laís Camargo que experimentou sensações ao participar de um ritual de Santo Daime e beber o chá indígena ayahuasca; Sidney Albuquerque que conheceu a realidade dos catadores de hortifrutis jogados no lixo; entre outras histórias em que os repórteres tiveram que enfrentar seus limites, ora físicos, ora psicológicos.

Comentários

  1. Oi Ben Hur,
    Também adorei esta edição. Dá gosto de ler. Aliás, seu blog também!
    bjo,
    Parabéns!
    Inara

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