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Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

Kate & Leopold - Amor temporal


Kate & Leopold é uma comédia romântica de fantasia norte-americana de 2001, dirigida por James Mangold e protagonizada por Meg Ryan e Hugh Jackman.  O filme conta a história de um duque de 1870 chamado Leopold, que foi parar em Nova York no século XXI, após entrar em uma fenda do tempo na Ponte do Brooklyn.

É interessante observar no filme as diferenças de costumes e comportamentos de cada época. Quando Leopold aparece nos dias atuais, o rapaz é confundido com um ator que está encenando um personagem, por conta da impossibilidade de alguém viajar no tempo. Aos poucos as atitudes do homem impressionam aqueles que o conhecem.

Trabalhadora da área de pesquisa de comportamento de uma empresa, Kate é cética e moderna, quase um estereótipo da mulher do século XXI. Com um histórico de relacionamentos mal-sucedidos, quando a jovem começa a se envolver com Leopold ela experimenta diferentes sensações, desde a descrença até a felicidade de estar com um tipo de príncipe romântico.

Enquanto Leopold é um romântico nato, cujas atitudes e educação pertencem a uma época polida e de ritmo mais lento, Kate vive na correria dos tempos modernos e sem vida amorosa. Em alguns trechos do filme é possível observar a diferença de valores dos personagens. Confira abaixo:

"Talvez paixão seja uma versão adulta de Papai Noel" - Kate

"O casamento é uma promessa de amor eterno. Como um homem de honra eu não posso prometer eternamente o que nunca senti momentaneamente" - Leopold

Algumas histórias de amor, tanto da ficção, quanto da vida real, chegam a um momento em que um dos envolvidos percebe o quanto o outro lhe faz bem. A parte em que Kate finalmente cai na real é adorável. Segue um trecho: "É uma ótima coisa conseguir o que você quer. É uma boa coisa, ao menos que o que você pensou que queria, não era aquilo que queria... porque o que você realmente queria, você não conseguia imaginar ou pensar que era possível... mas e se aparecesse alguém que soubesse exatamente o que você queria sem pedir, como se pudesse ouvir seu coração batendo ou ouvir seus pensamentos...".

A divertida história de amor abordando diferentes gerações pode ser observada nos dias de hoje. Não é preciso estar em um século diferente para encontrar pessoas com diferentes posições sobre o amor, e é isto que tornou o roteiro leve do filme tão agradável, esta relação com a vida real, independente do ano em que se viva.

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