Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...
Ainda não consigo entender porque algumas pessoas aparecem em nossas vidas se elas vão embora tão rápido quanto apareceram. Dizem que existe um motivo para tudo e que nada acontece por acaso, e eu cheguei ao ponto em que talvez a razão de tantas despedidas seja uma só: Eu.
Ora engraçada, ora trágica, assim é a vida. Enquanto algumas pessoas estiveram presentes tanto tempo ao seu lado e vacilaram de diversas maneiras, de forma que você não sentisse a falta delas nem mesmo por um segundo, outras permaneceram por tão pouco tempo na sua companhia, e desistiram por conta de diferentes motivos, como inseguranças, medos e bloqueios, entre outros, e fazem tanta falta como se você as conhecesse durante mais tempo do que realmente conviveu.
No que diz respeito às outras pessoas, você nunca vai conseguir adivinhar o que exatamente se passa dentro delas e quais foram suas motivações para desistirem e partirem, então, só resta olhar para onde você tem algum controle, para si mesmo.
Esta semana me lembrei de um encontro frustrado que tive há dois meses, no qual fui chamado de “Coração Podre” só porque não queria ficar com a pessoa. Além de ter sido julgado de diferentes maneiras por conta da minha aparência e do meu jeito, motivos hipócritas pelos quais ele alegava que eu não deveria viver minha vida, texto que, aliás, eu compartilhei nesse blog (Crônica de um Coração Podre), o que eu não contei foi a “maldição” que ele jogou sobre mim e, às vezes, me faz rir até hoje. “A próxima pessoa que você se interessar por conta da aparência. Você pode ter certeza que quanto mais bonita ela for por fora, mais podre ela vai ser por dentro”.
As palavras foram ditas, mas não quer dizer que eu acreditei nelas por um minuto sequer. Recentemente conheci alguém tão bonito por fora quanto por dentro que quebrou o estereótipo infantilóide daquela maldição, renovou minhas energias e me deu esperanças para acreditar na existência de melhores coisas e dias para minha vida. Não sou hipócrita e reconheço a importância de uma boa aparência, mas também sei que algumas pessoas são tão vazias quanto são lindas, o que definitivamente não era o caso. Mais do que um rosto e corpo lindos, o seu cérebro e alma brilhavam e eram tão atraentes quanto o seu exterior.
“Você não consegue enxergar o seu potencial. Olha para você. Você é especial”, a pessoa me disse. Mais do que acreditar nas palavras dele, eu queria que ele soubesse o quanto me fez bem e como eu pensava as mesmas coisas sobre ele. Eu prefiro me arriscar, ser feliz, me machucar, do que nem mesmo tentar. Ao se privar dos machucados e tristezas, você se priva do aprendizado e das alegrias da vida. E algum dia, o tempo e a consciência vem cobrar aquilo que você deixou para trás com a frase tão poderosa quanto uma maldição: “E se...”.
Tão pouco tempo, mas tão intenso. É difícil esquecer aquilo que fazemos questão de manter vivo dentro de nós, só olhar quem queremos tocar e nos afastar de quem gostamos. Quando tudo parece tão certo e natural, como é possível considerar a hipótese de ser incompatível? Há coisas que só o tempo pode dizer...
Quando não resta muito o que você pode fazer, basta torcer para que as coisas deem certas. Se os desejos e vontades realmente influenciam o universo, minhas esperanças apontavam que algum dia os nossos planetas se alinhariam novamente e tudo seria tão bom quanto um daqueles beijos viciantes trocados, nos quais você sabe quando começar, mas nunca sabe como e a hora de parar.
Encerro o texto com um trecho traduzido da música melancólica da Katy Perry, “The One That Got Away”:
“Todo esse dinheiro não pode me comprar uma máquina do tempo.
Não posso te substituir com um milhão de anéis.
Eu deveria ter te dito o que você significou para mim, porque agora eu pago o preço.
Em uma outra vida, eu seria sua garota. Nós manteríamos todas as nossas promessas, seriamos nós contra o mundo.
Em uma outra vida, eu faria você ficar. Então, eu não tenho que dizer que você era Aquele Que Se Foi”.
Tem coisas que realmente só o tempo pode dizer se foi bom ou não. Agora pode até ter lembranças engraçadas e boas, mas amanhã, talvez, possa parecer apenas mais uma experiência normal. Por favor, um antídoto para coração partido. Ai, ai... Esses caras que se vão, são os que não deveriam mesmo ficar, ou mesmo ter entrado, mas é o risco que se corre. <3
Tem coisas que realmente só o tempo pode dizer se foi bom ou não. Agora pode até ter lembranças engraçadas e boas, mas amanhã, talvez, possa parecer apenas mais uma experiência normal. Por favor, um antídoto para coração partido. Ai, ai... Esses caras que se vão, são os que não deveriam mesmo ficar, ou mesmo ter entrado, mas é o risco que se corre. <3
ResponderExcluir