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Destaques

Humor a um

Humor a um. Nos últimos dias vinha pensando o quão importante era o humor para um relacionamento. Poderia ser capaz de ignorar aspectos do outro que o incomodava? Ou seria o humor tão parte da personalidade de que era algo impossível de se desassociar? Não sabia a resposta. Não estava satisfeito com a pergunta. Era como se fosse algo que não deveria quebrar a cabeça pensando.  Poderia encontrar conforto no desconforto? Poderia entender a linguagem completamente diferente da sua? Deveria deixar o tempo dissolver aquilo que não era para ser? Tantas perguntas sem resposta. Talvez nada de bom poderia sair de algo unilateral. Talvez aceitar que não era para ser era tudo o que restava. Talvez seus textos nunca fossem rimar juntos. Talvez, mas só talvez, havia perdido a cabeça de sequer imaginar os dois juntos.  Ia escrevendo, costurando idéias e pensamentos, mudando a narrativa. Escrevia para encontrar um novo sentido, romper velhos padrões e fazer as pazes com o momento presente. E...

Sobre Relacionamentos e Identidades


Noite passada tirei a prova viva de que os relacionamentos realmente mudam as pessoas. Seja para melhor ou para pior, quando nos envolvemos com alguém acabamos perdendo um pouco da nossa identidade individual e isto influencia também aqueles que estão ao nosso redor.

Quando o "eu" se transforma em "nós" e de repente nos vemos em situações e lugares inesperados, é impossível não sentir um pouco de falta de quem nós costumávamos ser. Não é nenhuma novidade que para um relacionamento dar certo alguém precisa ceder, ou melhor, os dois.

A história não é nova e eu particularmente tive a oportunidade de acompanhar ao vivo algumas vezes durante minha vida, e até mesmo representá-la. "Garota se apaixona por garoto e acaba mudando a sua vida por causa dele".

É inevitável receber um olhar de desconfiança e até mesmo de estranhamento das pessoas ao nosso redor quando passamos por esta metamorfose. As percepções, o modo de se vestir, os lugares frequentados, a companhia, a rotina, tudo muda. Toda mudança traz medo e talvez não seja tão irracional como pensamos e tenha algum fundamento. Talvez um dos principais medos que as pessoas deveriam ter é o de se olhar no espelho e não se reconhecer mais, soltando aquela frase: “Quem é você? Eu estou com saudade do antigo eu!”.

Mudamos, oras sem querer, oras propositalmente, para agradar e tornar possível a convivência a dois. Ao entrar em um relacionamento, sacrificamos e deixamos de lado o nosso mundinho para entrar em outro universo. Se a relação é simbiótica, ou seja, na qual se consegue o melhor dos dois mundos, não há por que se preocupar com tais mudanças. Todavia, quando só um dos lados cede, você se vê preso em um mundo que não é seu, no qual você é um mero convidado sem voz própria. A atração do outro se torna tão intensa, que tal como um planeta você se vê fora de órbita conduzido à sua auto-destruição. Este é o problema de quando dois mundos se colidem.

Ela era uma garota inteligente até se apaixonar...

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