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Destaques

Algoritmos

Algoritmos. Algoritmos às vezes nos mostravam o que não queremos ver. Quando menos nos damos conta estamos diante da recomendação de um conteúdo ou recomendação para seguir de alguém que já não faz parte da nossa vida há anos. Os anos passam, mas é como se os algoritmos não se atualizassem: é quase como se ele nos prendesse ao passado. Algoritmos não eram necessariamente bons ou ruins, mas causavam impacto nos nossos comportamentos. De repente, basta um simples conteúdo para dar um gatilho sobre o que você viveu com alguém do passado. Chega a ser engraçado como os algoritmos falham. Muitas pessoas comentam: eu sei que essas pessoas estão no Instagram (ou qualquer outra rede social), eu só não quero adicionar elas. Os algoritmos seguem sem a nossa vontade. Eles não sabem as histórias que aconteceram fora dos bastidores das telas, não sabem muito sobre o contato humano. Ainda que cause um incômodo e que o algoritmo recomende alguém totalmente diferente do que você esperava: às vezes é me...

Sobre Relacionamentos e Identidades


Noite passada tirei a prova viva de que os relacionamentos realmente mudam as pessoas. Seja para melhor ou para pior, quando nos envolvemos com alguém acabamos perdendo um pouco da nossa identidade individual e isto influencia também aqueles que estão ao nosso redor.

Quando o "eu" se transforma em "nós" e de repente nos vemos em situações e lugares inesperados, é impossível não sentir um pouco de falta de quem nós costumávamos ser. Não é nenhuma novidade que para um relacionamento dar certo alguém precisa ceder, ou melhor, os dois.

A história não é nova e eu particularmente tive a oportunidade de acompanhar ao vivo algumas vezes durante minha vida, e até mesmo representá-la. "Garota se apaixona por garoto e acaba mudando a sua vida por causa dele".

É inevitável receber um olhar de desconfiança e até mesmo de estranhamento das pessoas ao nosso redor quando passamos por esta metamorfose. As percepções, o modo de se vestir, os lugares frequentados, a companhia, a rotina, tudo muda. Toda mudança traz medo e talvez não seja tão irracional como pensamos e tenha algum fundamento. Talvez um dos principais medos que as pessoas deveriam ter é o de se olhar no espelho e não se reconhecer mais, soltando aquela frase: “Quem é você? Eu estou com saudade do antigo eu!”.

Mudamos, oras sem querer, oras propositalmente, para agradar e tornar possível a convivência a dois. Ao entrar em um relacionamento, sacrificamos e deixamos de lado o nosso mundinho para entrar em outro universo. Se a relação é simbiótica, ou seja, na qual se consegue o melhor dos dois mundos, não há por que se preocupar com tais mudanças. Todavia, quando só um dos lados cede, você se vê preso em um mundo que não é seu, no qual você é um mero convidado sem voz própria. A atração do outro se torna tão intensa, que tal como um planeta você se vê fora de órbita conduzido à sua auto-destruição. Este é o problema de quando dois mundos se colidem.

Ela era uma garota inteligente até se apaixonar...

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