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Destaques

Uma dose diária de sol: apoio

É difícil recuperar o protagonismo da própria vida quando há momentos em que você perde o controle dos próprios pensamentos e comportamentos. Mas ter quem reconheça suas alterações, por menores que sejam, pode fazer toda diferença. Aprendeu que colocar nos ombros do outro o papel de salvador era algo pesado demais. Mas também aprendeu que não deveria ignorar os sinais que antecedem uma crise, ainda que ela seja inevitável, era possível reduzir danos. Foi assistindo ao drama coreano Uma Dose Diária de Sol que aprendera que todo mundo poderia adoecer um momento ou outro e estava tudo bem pedir ajuda. Somente quem convive em alerta constante sabe a importância de poder contar com outros olhares e se permitir aproveitar o momento presente, se desligar um pouco. Construção era algo que acontecia aos poucos. Seria o outro capaz de diferenciar quando estava em crise ou não? Ou já seria tarde demais? Mesmo o tarde demais pode ser cedo se for identificado a tempo. O medo de perder o controle er...

Somos nossos piores inimigos

Nosso maior inimigo não é invisível. Ele está onde nós menos imaginamos e é o último a ser apontado como o responsável pelos nossos erros. Thomas Hobbes dizia que o homem é o lobo do homem em um diferente contexto. Esqueceram de dizer que às vezes nós somos nossos próprios lobos.

É preciso tomar cuidado com nossos sonhos, desejos, medos e críticas. Esses quatro elementos combinados são poderosos e definem como a nossa vida foi, é e será. Ao mesmo tempo em que eles podem se complementar e nos fortalecerem, quando estão fora de equilíbrio os mesmos podem se transformar na nossa pior e mais potente ferramenta de destruição.

Sonhar demais nos faz pensar que podemos ir além do que algum dia conseguiremos. É preciso ter os pés no chão e lutar para não deixar a tentação do mundo dos sonhos nos segurar e o pior de tudo, nos transformar em seus escravos. "Alice, acorda. O mundo está em chamas!".

Todos nós somos movidos por desejos, mas quantas vezes desejamos aquilo que não podemos oferecer? É simples... Acabamos idealizando pessoas, situações e relacionamentos e nos desapontamos quando não temos aquilo o que desejamos. Pessoas desejando relacionamentos sérios, mas se jogando aos sete ventos. Algumas procurando alguém que as valorize pelo que elas são, quando tudo o que se importam é com a aparência. Tão utópica como as pessoas que procuram seres humanos com corpos, rostos e personalidades perfeitos, estão as que além disto querem também um relacionamento perfeito. Compartilho um dos conselhos que eu já ouvi e nunca vou esquecer: "Pare de procurar o amor. Seja amor".

Um pouco de medo é saudável e serve para nos alertar sobre os possíveis perigos. Todavia, existem aqueles que deixam o medo os sufocarem. O excesso de medo mata os sonhos e os desejos. Viver sem medos é tão perigoso quanto se limitar. Não sei o que é pior, viver como um mini-Deus ou se esconder nas trevas da ignorância.

O último e talvez o mais temeroso dos elementos é a crítica. Vivemos criticando as atitudes dos outros e quando mal nos damos conta estamos fazendo exatamente aquilo o que nós criticamos.

Está na hora de aprendermos a balancear nossas vidas, antes que nossos próprios lobos comam o que restaram de nós. Finalizo o texto com uma frase que eu li pichada em um muro próximo à universidade: "O homem não precisa ser lobo de ninguém".

Leia também: Somos narradores de nossas próprias histórias

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