Era na sala de aula do Yoga onde poderia ser ele mesmo. Estaria mentindo se dissesse que não ia sentir saudade. Já havia até mesmo sonhado com o local e a professora de Yoga conduzindo sua última aula. Poderia voltar a praticar Yoga em casa e não seria a mesma coisa, mas era melhor do que ficar sem a prática. Via as aulas como algo tão terapêutico e complementar à terapia. Assim como na sala da psicóloga, na sala de Yoga se sentia livre para ser quem ele realmente era. Não era todo lugar que tinha o potencial de despertar o melhor lado de si mesmo e se afastar da parte indesejável, permitindo se aceitar no aqui e agora. Levaria a saudade, confiante de que a cada aula havia se deixado tocar e se transformar de alguma forma. Era só mais uma despedida, mas era uma daquelas que levaria anos para aceitar, de tão bem que fazia, diferente daqueles afastamentos que não valiam a pena sequer de pensar por mais de cinco segundos. Se despedia na certeza de que seria um até logo e com o tapeti...
Na manhã do dia 14 de novembro de 2012, eu, Ben-Hur Oliveira e Maria Izabel Costa, acadêmicos do 8º semestre de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco apresentamos em Campo Grande (MS), no auditório da biblioteca da instituição, o nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o videodocumentário "Mais Escoteiros, Melhores Cidadãos".
O trabalho foi aprovado pela banca composta pelos Professores e Mestres, Oswaldo Ribeiro e Inara Silva, e pelo convidado da cidade de Três Lagoas (MS) e escotista Eduardo Freitas Murta. O documentário já está disponível no Youtube para os interessados em assisti-lo.
"Mais Escoteiros, Melhores Cidadãos" é um videodocumentário de aproximadamente 14 minutos que mostra o escotismo como um pilar na educação, formação e desenvolvimento do caráter das crianças e jovens. O trabalho aborda a relação do escotismo com a cidadania e a importância da educação informal.
Entre os pontos trabalhados dentro do escotismo e que são levados para a sociedade estão o companheirismo, família, pátria, religião, educação, moral e cidadania.
"O escotismo contribui para a formação de caráter e cidadania dos jovens?", esta pergunta norteou o desenvolvimento do videodocumentário. Para descobrir mais sobre o assunto, nós entrevistamos a psicóloga Ludmila de Moura que explica durante o vídeo a importância da educação informal e de como o movimento escoteiro pode contribuir para complementar a educação proporcionada pelo colégio e família.
Dia de gravação no Hospital São Julião, em Campo Grande (MS).
Foto: Acervo.
Integrantes do movimento escoteiro também compartilham suas experiências no videodocumentário. O escotista Giovanni Pellizzer é um deles. O jovem comentou como o movimentou influenciou seus costumes, a questão do trabalho em equipe, progresso individual e a escolha do seu curso de graduação.
Nós escolhemos fazer um documentário, pois a partir deste formato audiovisual é possível aprofundar mais o assunto que não tem tanto destaque no jornalismo diário, por conta de sua distribuição e possibilidade de mais pessoas assistirem, apresentar o tema para a mídia, por ser um assunto pouco conhecido e pouco estudado e despertar o interesse de pessoas leigas em relação ao assunto.
Filmado em formato Full HD, o documentário tem um prazo de vida maior. Um dos motivos que levaram a escolher este formato foi a TV Digital, a qualidade e a possibilidade de atingir o público-alvo através da exibição gratuita.
Giovani Neves (cinegrafista), Ben Oliveira, Maria Izabel Costa, Giovanni Pellizzer e Marcelo Barreto (cinegrafista). Foto: Acervo.
Três músicas da banda de escoteiros Rataplan foram escolhidas para a trilha sonora, pois o grupo transforma músicas tradicionais do movimento escoteiro em Pop Rock e se encaixam com o tema e público.
Durante as gravações das entrevistas foram utilizadas mais de uma câmera para evitar problemas técnicos e perda de imagens e criar um maior dinamismo durante a fala dos personagens. A edição e utilização de imagens de apoio tinham o propósito de ilustrar as falas e evitar que o videodocumentário ficasse maçante.