Escrevia para se dar conta do quanto havia mudado nos últimos meses. O cigarro, que antes julgava impossível de abrir mão, agora havia ficado no passado. Relacionamentos que pareciam durar, agora não estavam no presente. Novos relacionamentos ganhavam espaço e vida dia após dia. Fizera as pazes com o passado quando aceitara que já tinha cumprido seu papel. Entre abrir mão e aceitar que estava tudo bem não fazer parte da vida do outro, a vida acontecia. A frustração de achar que as coisas seriam diferentes. A repetição de padrões problemáticos. A pergunta: por que aceitar o inaceitável? A mudança que era sustentada dia após dia, até parecer que o passado já não incomodaria. Era ao aceitar que não tinha controle sobre tudo. Era ao entender que aceitar ajuda dos outros e não precisava carregar tudo sozinho. Era ao se dar conta de que o que algum dia fizera sentido, agora poderia não fazer. Dia após dia, seguindo em frente, mesmo quando parecia que nada estava acontecendo. Se dera conta de...
Na manhã do dia 14 de novembro de 2012, eu, Ben-Hur Oliveira e Maria Izabel Costa, acadêmicos do 8º semestre de Jornalismo da Universidade Católica Dom Bosco apresentamos em Campo Grande (MS), no auditório da biblioteca da instituição, o nosso Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o videodocumentário "Mais Escoteiros, Melhores Cidadãos".
O trabalho foi aprovado pela banca composta pelos Professores e Mestres, Oswaldo Ribeiro e Inara Silva, e pelo convidado da cidade de Três Lagoas (MS) e escotista Eduardo Freitas Murta. O documentário já está disponível no Youtube para os interessados em assisti-lo.
"Mais Escoteiros, Melhores Cidadãos" é um videodocumentário de aproximadamente 14 minutos que mostra o escotismo como um pilar na educação, formação e desenvolvimento do caráter das crianças e jovens. O trabalho aborda a relação do escotismo com a cidadania e a importância da educação informal.
Entre os pontos trabalhados dentro do escotismo e que são levados para a sociedade estão o companheirismo, família, pátria, religião, educação, moral e cidadania.
"O escotismo contribui para a formação de caráter e cidadania dos jovens?", esta pergunta norteou o desenvolvimento do videodocumentário. Para descobrir mais sobre o assunto, nós entrevistamos a psicóloga Ludmila de Moura que explica durante o vídeo a importância da educação informal e de como o movimento escoteiro pode contribuir para complementar a educação proporcionada pelo colégio e família.
Dia de gravação no Hospital São Julião, em Campo Grande (MS).
Foto: Acervo.
Integrantes do movimento escoteiro também compartilham suas experiências no videodocumentário. O escotista Giovanni Pellizzer é um deles. O jovem comentou como o movimentou influenciou seus costumes, a questão do trabalho em equipe, progresso individual e a escolha do seu curso de graduação.
Nós escolhemos fazer um documentário, pois a partir deste formato audiovisual é possível aprofundar mais o assunto que não tem tanto destaque no jornalismo diário, por conta de sua distribuição e possibilidade de mais pessoas assistirem, apresentar o tema para a mídia, por ser um assunto pouco conhecido e pouco estudado e despertar o interesse de pessoas leigas em relação ao assunto.
Filmado em formato Full HD, o documentário tem um prazo de vida maior. Um dos motivos que levaram a escolher este formato foi a TV Digital, a qualidade e a possibilidade de atingir o público-alvo através da exibição gratuita.
Giovani Neves (cinegrafista), Ben Oliveira, Maria Izabel Costa, Giovanni Pellizzer e Marcelo Barreto (cinegrafista). Foto: Acervo.
Três músicas da banda de escoteiros Rataplan foram escolhidas para a trilha sonora, pois o grupo transforma músicas tradicionais do movimento escoteiro em Pop Rock e se encaixam com o tema e público.
Durante as gravações das entrevistas foram utilizadas mais de uma câmera para evitar problemas técnicos e perda de imagens e criar um maior dinamismo durante a fala dos personagens. A edição e utilização de imagens de apoio tinham o propósito de ilustrar as falas e evitar que o videodocumentário ficasse maçante.