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Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

Entrevista com o sociólogo Renato Ortiz


Samira Feldman Marzochi entrevistou o sociólogo e antropólogo Renato Ortiz para a Comunidade Virtual de Antropologia. Entre os assuntos levantados na entrevista estão o começo da carreira em ciências sociais, mestres de referência, cultura, modernidade e mundialização.

Renato Ortiz. Foto: Jornal da Unicamp.
O sociólogo comentou durante a entrevista que o conceito de cultura de massas pode estar com os dias contados, pois o mesmo indicava a idéia de homogeneização. "Certamente existe hegemonia cultural, relações de poder, mas sabemos que hegemonia não é sinônimo de homogeneização. O mundo é assimétrico, desigual, injusto, mas heterogêneo", argumenta.

Renato Ortiz também explica porque utilizou o conceito de "mundialização" ao invés de "globalização". Segundo o sociólogo, a globalização indicava ideia de unicidade, porém para ele existe uma diversidade, distinção no seu interior.  "Para mim não existe, nem existirá uma cultura global, mas sim um processo de mundialização da cultura, que na sua amplitude planetária e na sua diversidade, articula-se ao movimento de globalização da técnica e da economia", acredita.

Confira a entrevista na íntegra: http://www.antropologia.com.br/entr/entr10.htm

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