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Destaques

Alguma paz

A vida era mais do que frases de efeito e pensamento mágico. Muitas vezes, era sobre como realmente se sentia. Ser sincero consigo mesmo nem sempre era fácil, mas necessário.  Aceitar que, em algumas situações, não fazer parte da vida do outro é o mais saudável para os dois. Assim como acreditar que o contrário também era possível. Era enxergando os dois extremos que poderia encontrar um lugar no meio. Então, a dor que havia sentido um dia, desaparecera. Não era nada mágico. Não era simples efeito do tempo. Era processar as emoções e aceitar as coisas como eram. O exercício de lidar com a frustração era algo diário, mesmo quando não imaginava que estava fazendo. Era somente ao lidar com aquilo que o incomodava, que realmente poderia se libertar. Não era fácil, mas era como finalmente tinha encontrado alguma paz. A paz vinha de ter abandonado a necessidade de agradar aos outros, ainda que desagradasse a si mesmo no processo. A paz vinha de entender que a esperança nem sempre era uma...

Documentário sobre Nelson Trad é aprovado em banca de TCC


Na noite desta segunda-feira, 10 de dezembro de 2012, o acadêmico de jornalismo Helton Davis apresentou o seu Trabalho de Conclusão de Curso, o vídeo-documentário "Heleno Goyano, um ilustre perseguido da ditadura" no Auditório da TV Pantanal, na Universidade Anhanguera Uniderp, em Campo Grande (MS).

O vídeo-documentário aborda a vida do falecido advogado Nelson Trad, no período em que ele foi perseguido pela ditadura militar e assinava crônicas esportivas com o pseudônimo de Heleno Goyano, uma maneira de publicar suas opiniões e críticas sobre o sistema político da época sem ser censurado.

Assistindo ao vídeo, conhecemos mais sobre um dos homens responsáveis pela democracia de Mato Grosso do Sul, um "líder nato", como ele foi descrito por alguns dos personagens entrevistados. Famoso pelas suas crônicas onde demonstrava o seu amor pelo futebol sul-mato-grossense, Heleno Goyano também foi tema do livro "Bitoque - a vida é assim", no qual foram publicados seus textos das décadas de 60 e 70.

Uma das características do documentário sobre Heleno Goyano é a participação do seu autor, o jornalista Helton Davis narra, entrevista e contextualiza os fatos, fugindo um pouco do padrão. Um dos professores da banca elogiou o acadêmico pelo formato, que apesar de estranhar um pouco quem não está acostumado, é interessante pela atuação direta.

Alguns dos depoimentos são longos, mas nem por isso menos importantes para estarem no documentário. Uma das sugestões dadas por um dos professores e jurados da banca e com a qual eu concordo, foi a ausência de ter narrado alguma das crônicas escritas por Nelson Trad (Heleno Goyano) e contextualizar com algum momento passado por ele na ditadura militar.

O documentário ficou emocionante, principalmente no momento em que os familiares e amigos de Nelson Trad deixam sua mensagem final e compartilham passagens da vida. Como bem lembrado pela banca, às vezes é preciso saber que existiram bons políticos e quebrar aquele estigma de que todo político é ladrão e corrupto. Com o vídeo-documentário, Helton Davis conseguiu mostrar isto e tornar mais conhecido uma das personalidades de Mato Grosso do Sul.

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