Considerada a maior planície alagável do mundo, o
Pantanal abriga comunidades tradicionais e uma enorme variedade de espécies de plantas, aves, répteis, peixes e mamíferos. Preocupada com a sustentabilidade e preservação, a
Ecoa desenvolve diversos projetos para contribuir, entre eles está o de
ações para o turismo de base comunitária na contenção da degradação do Pantanal que resultou no
livro Uma Jornada pelo Pantanal.
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Livro aborda como o turismo pode estar aliado à preservação ambiental e às comunidades tradicionais do Pantanal. |
Ao longo do livro são apresentadas informações e fotografias que possibilitam ao leitor compreender melhor sobre este lugar paradisíaco e complexo chamado Pantanal. Os textos escritos por
Gisele Souza Neuls e
Rafael Morais Chiaravalloti explicam as principais
características do Pantanal, sua origem, o pulsar das aguas, as populações tradicionais e como o turismo de base comunitária pode ser utilizado para beneficiar tanto as comunidades quanto os turistas.
Com uma área de 140 mil quilômetros quadrados, de acordo com informações do livro, existem 11 sub-pantanais. São eles: Pantanal de Barão de Melgaço, Pantanal de Cáceres, Pantanal do Paraguai, Pantanal do Abobral, Pantanal da Nhecolândia, Pantanal de Paiaguás, Pantanal de Miranda,
Pantanal de Aquidauana, Pantanal de Nabileque, Pantanal de Poconé e Pantanal de Porto Murtinho.
O Diretor Presidente da Ecoa, André Luiz Siqueira afirma no livro que um dos propósitos do livro é o de contribuir para a implementação do
Turismo de Base Comunitária no Pantanal – mais do que simplesmente visitar a região, os visitantes possam contribuir para melhorar a renda, educação e saúde das comunidades locais, preservando sua identidade cultural e ajudar com a conservação.
Entre as
comunidades presentes no Pantanal estão a de pescadores, isqueiros, quilombolas, indígenas e pequenos agricultores. Por conviverem durante anos no local, acredita-se na importância de preservar o conhecimento desses “guardiões do Pantanal” , já que eles entendem sobre o meio ambiente e suas espécies, contribuindo para a conservação ambiental. As comunidades pantaneiras do
Mato Grosso do Sul abordadas no livro são: Paraguai-Mirim, Porto Amolar, Barra do São Lourenço e
Porto da Manga.
Segundo o livro, essas comunidades, geralmente, situam-se em lugares belos, com alta biodiversidade, porem com poucos recursos para educação, saúde e infra-estrutura. Desenvolvendo o turismo comunitário e possível ajudar a melhorar a vida dessas comunidades e capacita-los para atender os turistas, sem se esquecer da preservação da cultura local e da biodiversidade. “O turismo de base comunitária e uma atividade econômica com alto potencial para desenvolver essas comunidades sem tira-las dos pedaços de paraíso onde vivem”, informa o texto.
O livro traz varias dicas, orientações e curiosidades sobre as regiões do Pantanal e suas comunidades. Impossível terminar de ler a obra e não ficar com vontade de visitar a planície pantaneira e conhecer de perto esses
“povos das águas”, como são conhecidos os povos tradicionais do Pantanal.
Fica aqui a minha recomendação de leitura para interessados no Pantanal, seus povos e no Turismo de Base Comunitária, uma ótima contribuição da Ecoa sobre um assunto relevante que é pouco abordado nos meios de comunicação de massa e merece mais atenção.
Conheça o trabalho da Ecoa no site: http://www.riosvivos.org.br/
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