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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Sobre Relacionamentos, Perdão e Expectativas

Dizem que nem tudo é preto ou branco quando se trata de relacionamentos. Eu não sabia dizer quantas vezes era possível esquecer os erros do passado, perdoar e seguir em frente.

No último fim de semana sai para almoçar com uma pessoa. Não saberia defini-lo em palavras, pois nossa amizade é sempre marcada por idas e vindas, porém no nosso último status de relacionamento constava o termo “ex-amigo”. Já perdi a conta de quantas vezes nós brigamos, nos distanciamos e voltamos a nos falar. Existe um momento em que ou você aceita suas diferentes natureza e modos de pensar ou decide que o melhor a se fazer é apaga-la da sua vida e encontrar novos amigos. Estávamos presos em nosso próprio ciclo.

O problema de quando gostamos de alguém e não somos orgulhosos é de que não importa quantas vezes este alguém te machuque, você sempre o perdoa em seu coração, antes mesmo do pedido de desculpa ser formulado – isto quando a pessoa reconhece que errou – ou mesmo que a pessoa não saiba – e você mesmo estando distante, não deixa de se importar. No entanto, alguma hora você precisa decidir se quer continuar neste ciclo, até que ponto ele é saudável ou não.

Acredito que quando conseguimos separar nossas expectativas de como a vida realmente é, a tendência é de que tudo se acalme, volte ao seu lugar e torne-se leve novamente. Não se pode esperar que uma cadeira se transforme em uma mesa, e vice-versa, muito menos da noite para o dia. Quando passamos a nos entender e a aceitar como somos, também devemos compreender os diferentes comportamentos do outro – não há que o outro te entenda como você é, se você não consegue entender como ele é. Não devemos nos preocupar com o que está fora de nosso controle e focar no que está em nossas mãos: nós mesmos.

É preciso deixar de se importar com o que outros acham ou fariam. Esperar dos outros uma atitude igual a sua é criar sofrimentos desnecessários. Se for para fazer algo, que seja para o seu próprio bem-estar. Ninguém é dono de ninguém; ninguém é melhor do que ninguém – embora sempre tenha alguém tentando provar o contrário. Desde nossos nascimentos, todos nós estamos fadados a errar, fracassar e certamente é o que faremos ao longo de nossas vidas, seja por vontade própria ou não.

Então, antes de vomitar suas expectativas no outro só porque as coisas não saíram como você desejava, ou pior ainda, ficar preso no famoso jogo de palavras do “se fosse eu que tivesse feito isto, você não ia gostar e não ia me perdoar”, lembre-se de que ninguém é igual a ninguém. Pessoas quase nunca se comportarão como você espera, e o mesmo serve para nós mesmos. Somos todos frágeis, esperançosos, orgulhosos e no final de contas o máximo que podemos fazer é seguir nossa intuição, nossos corações.

No terreno dos relacionamentos usar somente a razão como ferramenta lhe dará uma bela dor de cabeça, motivos para ser solitário e a sensação de que nada acontecerá como planejado. A vida é dinâmica demais para tentar administrá-la estrategicamente, como em um jogo de xadrez em que basta um ou vários movimentos sem pensar direito para ter um xeque-mate. A ilusão da vitória proporcionada por nossos egos é o caminho mais rápido para as derrotas da alma.

“Eu te perdoo”, uma frase que nem precisa ser dita em voz alta, pois quanto pensamos em dizê-la nossa alma já está a um passo em frente. Talvez a questão principal não seja quantas vezes conseguimos perdoar os outros e seguir em frente, mas quantas vezes perdoaremos a nós mesmos por imaginarmos o outro de uma forma e criarmos tantas expectativas para só, então, nos machucarmos. Não é porque você nunca me perdoaria se eu tivesse feito o mesmo ou se você fosse sentir machucado que eu tenha que pensar igual a você ou que você tenha que pensar igual a mim.

Eu me perdoo por algum dia ter acreditado na utopia dos relacionamentos. Eu me perdoo por achar que só porque você não gostaria que eu nunca tivesse feito aquilo, você não faria o mesmo comigo. Eu te perdoo pela sua hipocrisia e me perdoo pela minha. Embora nunca seja tarde, agora aprendi algumas lições que pretendo levar para a vida: Não perdoe esperando perdão; Não espere algo achando que o outro fará o mesmo por você – Tudo isto está fora do seu controle. Faça o que te faz bem simplesmente por que te faz bem e se preocupe com os próprios pensamentos, pois no fim para cada expectativa há uma decepção; para cada julgamento há uma sentença. Desligue-se, desapegue do passado e viva sempre o agora, sem esperar nada do amanhã ou dos outros – quem nada espera, sempre se surpreende com o que recebe, mesmo que seja pouco. A verdadeira amizade é quando você é amigo de si mesmo. A verdadeira amizade consiste em se reconhecer como o seu próprio amigo. E o verdadeiro amor é o amor próprio. Todo o resto deve ser adição, complemento, não se pode subtrair o que está inteiro. Assim como o grão de areia levado pelo mar, pelos ventos, pelos homens, não importa onde esteja, será sempre ele mesmo; somos todos indivisíveis.

*Texto: Ben Oliveira

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