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Destaques

Behind Every Star: Drama coreano sobre uma agência de artistas e seus bastidores

Para quem tem curiosidade sobre os bastidores do mundo dos profissionais que trabalham com artistas, o drama coreano Behind Every Star mostra como os funcionários de uma agência de celebridades lida com os problemas e perrengues causados pelos famosos representados por eles. Lançado em 2022 , o dorama está disponível na Netflix .  Por trás de toda atuação, há artistas temperamentais em Behind Every Star e cabe aos funcionários tentarem entender seus caprichos, como a quebra de contratos em cima da hora, alguma exigência ou demanda que o artista tenha para participar de determinada produção e até mesmo como eles precisam lidar com seus bloqueios e medos. O dorama nos faz pensar no lado humano por trás dos profissionais, bem como na exaustão física e mental que seus cargos exigem e no medo do julgamento – tão comum e retratado nas produções sul-coreanas.  Além da burocracia do mundo artístico, os agentes também lidam com problemas pessoais entre os profissionais, como divergências entre

Resenha: Como Falar Com Um Viúvo – Jonathan Tropper

Terminei de ler Como Falar Com Um Viúvo, escrito por Jonathan Tropper e publicado em 2007 nos Estados Unidos, com o título How to Talk to a Widower e no Brasil em 2010, pela Editora Sextante / Editora Arqueiro. Enquanto lia o livro, tudo o que eu conseguia pensar era em sua narrativa adaptada para o cinema, pela sua história conter doses de humor e drama combinadas e situações improváveis que só acontecem mesmo no universo hollywoodiano. Apesar de o nome ser sugestivo, a obra não se trata do gênero autoajuda.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista Doug, um homem com menos de 30 anos que se tornou viúvo graças a um acidente de avião no qual sua esposa, Hailey, uma mulher mais velha estava viajando. Ao longo da história, o leitor acompanha o sofrimento de Doug que parece ter se perdido quando perdeu a mulher.

Como Falar Com Um Viúvo parece um daqueles filmes de comédia dramática, onde você não sabe se ri ou se chora, ou se faz as duas coisas ao mesmo tempo com os conflitos dos personagens. Não sei por qual motivo, mas à medida que eu lia o livro o filme O Lado Bom da Vida vinha à minha cabeça, inclusive involuntariamente imaginava Doug como se fosse o mesmo protagonista problemático e autodestrutivo, Pat Peoples.

Depois da morte da mulher, Doug escreve uma coluna sobre sua experiência como viúvo. Se antes do acidente, o escritor tinha dificuldades para mostrar seus trabalhos, com seus textos, Doug conseguiu arranjar milhares de leitores que se solidarizaram com o seu sofrimento. No entanto, para o homem tudo isto parece errado, como se o fim de Hailey, acontecimento responsável pela sua miséria, fosse responsável pelo seu sucesso.

Cansada de ver o irmão se afundar na tristeza, a irmã gêmea de Doug, Claire tente ajudá-lo a se envolver com outras mulheres. Além da ajuda dela, Doug também conta com a presença do filho de Hailey, Russ, um adolescente que tenta fazer de tudo para ficar próximo do padrasto e odeia morar junto com o pai e a nova namorada dele.

O problema de Doug é que além de lidar com a tristeza diariamente, ele se tornou uma pessoa amarga e que está sempre mergulhado no próprio sofrimento e nos copos de uísque para se dar conta do que acontece ao seu redor e de que ele não é a única pessoa com problemas. Quando a irmã o força a ajudar os outros e parar de se focar um pouco no fato dele ser viúvo e o incentiva a encontrar novas parceiras, Doug acaba se metendo em novos situações e frias.

Meu trecho favorito do livro Como Falar Com Um Viúvo foi dito pelo pai do Doug: “Mais dia, menos dias, a vida joga todos no chão. Depois nos levantamos de novo e fazemos algumas mudanças, porque é assim que somos. Nós nos adaptamos. E, quando conseguimos nos adaptar, ficamos mais preparados para sobreviver”.

Sobre o autor – Nascido em 1970, o escritor norte-americano Jonathan Tropper também é autor dos livros: Plano B, The Book of Joe, Everything Changes, This is Where I Leave You e One Last Thing Before I Go.

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