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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Ansioso pela 4ª Temporada de Girls

É incrível como mudamos nossas maneiras de pensar com o passar do tempo. Lembro-me de quando assisti todos os episódios da primeira temporada de Girls, a série da HBO, e pensei: “Que merda é essa? Sex and the City é bem melhor! Como eles ousam comparar as duas séries?”. Hoje me pego pensando em quando sairá a quarta temporada, pois estou morrendo de curiosidade para saber o que acontecerá com os personagens principais, principalmente com Hannah, já que ela também sonha em se tornar uma escritora.

Não sei dizer em qual é o momento em que os personagens que parecem sem vida e sem graça se tornam queridos. Acredito que de tanto assistirmos a uma série, chega a um momento em que você começa a considerá-los como se fossem pessoas de carne e osso. Para mim, por exemplo, o ponto mais legal de Girls é assistir a protagonista Hannah Horvath lidando com o desafio de se tornar escritora, se ferrar vez após outra e torcer para que conquiste os seus objetivos.

Quando comecei a assistir Girls e soube que a mesma seria uma versão mais jovem de Sex and the City, pensei: “Não pode ser. Olha para essas garotas, elas não têm nada a ver com as protagonistas da outra série”, então, depois de episódios e mais episódios, agora já não acho Hannah, Marnie, Shoshanna e Jessa tão improváveis assim. Não sei dizer o que aconteceu, mas passei a me acostumar com elas e até mesmo a me identificar com algumas situações. O engraçado dos arquétipos é que além de se enxergar no papel de um dos protagonistas, também enxergamos os amigos na pele dos outros personagens.

A ficção tem essa capacidade de nos fazer vestirmos as peles dos personagens, sentir o que eles sentem e torcer para suas vitórias como se fossem as nossas próprias lutas. De repulsiva e exagerada, duas características que eu usava para definir a Hannah Horvath, ela se tornou uma personagem querida e louquinha, daquelas que você acha estranha, mas mesmo assim não tem vergonha de admitir que é sua amiga e sente-se aliviado pois sabe que tem alguém na roda tão bizarro quanto você.

Acredito que não gostei da primeira temporada de Girls, pois o roteiro e a direção da série tentavam desconstruir uma ideia que eu já tinha formada na cabeça. Logo, quando vi a protagonista uma menina que sentia tão derrotada e era fora dos padrões impostos pela sociedade, fiquei pensando: “Como é que ela pode ser mais interessante que a Carrie?”. Carrie Bradshaw era, sem dúvidas, neurótica e tinha muitos problemas com relacionamentos, mas no final de contas mesmo quando estava errada, ela era tão encantadora que você poderia ficar ao lado dela mesmo quando ela trocava o príncipe encantado pelo lobo mau. Já a Hannah, o que você poderia esperar de uma personagem que não tinha nada, não tinha um emprego, não tinha um namorado, não tinha uma vida social badalada e interessante e sua amizade se limitava a poucas amigas que de longo eram tão interessantes quanto à intimidadora Miranda, a recatada Charlotte e a fogosa Samantha?

Hannah Horvath foi me ganhando aos poucos, enquanto Carrie já me tinha desde o primeiro episódio. Apesar de Sex and the City mostrar como as mulheres também podem ser poderosas, sexualmente ativas como os homens e serem solteiras sem precisarem se preocupar com os rótulos, Girls consegue ser um pouco mais realista e próximo da realidade dos jovens de classe média, mostrando não só a inversão dos papeis entre homens e mulheres, mas também uma crítica implícita sobre seriados em que as personagens são todas convencionais dentro do padrão estabelecido.

Acredito que o barulho inicial e as comparações desnecessárias com Sex and the City surgiram para chamar atenção para a nova série e se esta era a intenção, Lena Dunham, atriz que interpreta a protagonista, roteirista e criadora de Girls conseguiu o que queria e foi além, a ponto de em 2013, o programa televisivo ter ganhado dois Globos de Ouro como melhor série televisiva na categoria comédia e ela ter ganhado de melhor atriz de série de comédia, além de se destacar como diretora em outras premiações.

Já estou ansioso para saber como será a experiência da Hannah Horvath como escritora. É ficção, sim, eu sei, mas não é por causa disso que nos identificamos mais com alguns personagens e menos com outros?

A 4ª temporada de Girls já está sendo filmada e deve ser lançada em 2015.

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