Qualquer pessoa que estude, se interesse ou trabalhe com
Comunicação precisa estar sempre se atualizando e procurando aprender mais. Esta semana li o livro
Técnicas de Comunicação Escrita, do autor
Izidoro Blikstein, de 104 páginas, publicado em 2002, pela
Editora Ática. A obra integra a
série Princípios, que, aliás, tem uns títulos bem bacanas para quem deseja aprender alguns conteúdos discutidos em cursos de graduação, de forma simples e objetiva.
No início do livro, o leitor acompanha um mal entendido, em forma de narrativa. Um chefe deixa um bilhete para sua funcionária comprar uma passagem para ele, à noite, para o Rio de Janeiro, mas ela entende tudo errado, não por sua incompetência, e sim pelas possibilidades múltiplas de interpretar a mensagem.
Então, se apropriando da fala da secretária, o autor explica quais foram os erros cometidos pelo chefe e orientando que alterações poderiam ser feitas para que a mensagem ficasse clara, como a ordem das palavras e a posição das vírgulas que deixaram o bilhete com duplo sentido.
Izidoro Blikstein questiona:
“O que é escrever bem?”. Ao longo do livro, ele usa o exemplo do bilhete e outras situações práticas para abordar como a boa comunicação escrita pode fazer toda a diferença e a importância de aprender a dominá-la. Segundo o autor, um bom texto evita os erros gramaticais, a falta de clareza e deselegância.
O autor ensina três segredos da comunicação escrita: Provocar uma reação ou resposta através de uma mensagem correta; tonar comum para que o receptor entenda a mensagem; estimular ou persuadir para produzir a resposta.
“Ninguém é obrigado a adivinhar quais são os nossos pensamentos, desejos, projetos, problemas, necessidades etc. Nós é que devemos transmitir aos outros as ideias e necessidades que há em nossa mente” – trecho do livro Técnica de Comunicação Escrita (Izidoro Blikstein)
Segundo Blikstein, como a mensagem precisa de um veículo para ser transmitida, ela corre o risco de sofrer interferências, como a física, cultural (relacionadas ao contexto cultural do receptor) e psicológicas (antipatia, aspereza, entre outras).
O livro apresenta a estrutura e funcionamento da comunicação (remente, mensagem, destinatário, resposta) abordando cada uma das partes do processo, de forma bem simples, além de acrescentar a codificação e descodificação. Blikstein comenta que a maneira que o destinatário vai descodificar a mensagem escrita depende da experiência e grau de conhecimento dele. A obra também comenta a importância de saber analisar a bagagem cultural do outro antes de produzir a mensagem e de evitar o estereótipo, pois o mesmo pode conduzir a um “conhecimento deformado dos indivíduos”.
Na última parte da obra, Izidoro dá algumas dicas de ganchos para quem deseja agarrar o leitor, como: produzir, inicialmente, mensagens que não exijam grande esforço (frias), para depois complementar com mais aprofundadas (quentes); utilizar imagens e gráficos quando necessário para facilitar o entendimento do receptor, além de usar ruídos quando necessário para impactar o leitor, como frases em títulos de notícias e propagandas que despertam o interesse de quem está lendo.
Técnicas de Comunicação Escrita é um livro didático e introdutório para quem deseja aperfeiçoar sua produção textual e diminuir as interferências e possíveis problemas relacionados ao correto entendimento da mensagem. Ideal para acadêmicos de Comunicação Social e pessoas de qualquer área de atuação e estudo que se interessam pelo aprendizado, afinal, comunicar-se bem é algo fundamental independente da profissão ou graduação.
Tive a mesma opinião sobre o livro após a leitura, introdutório, porém muito didático! Super recomendo.
ResponderExcluirOi, Nayara! Obrigado por compartilhar seu comentário aqui. Espero que mais leitores se interessem pelo livro.
ExcluirAbraços
eu tenho uma trabalho sobre o terceiro gancho do livro e e tenho q fazer apresentação estou sem ideia será que pode me ajudar?
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