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Destaques

5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance

Quando se lê ou ouve o termo dorama, muitas pessoas associam aos dramas românticos e leves, fazendo com que muitas pessoas evitem conhecer uma série de produções de gêneros diferentes, para quem também gosta de histórias mais sombrias e com uma dose de suspense e ação. Pensando em uma postagem assim que vi nas redes sociais, nas quais os dorameiros estavam indicando opções diferentes, decidi selecionar minhas cinco sugestões de dramas coreanos (kdramas) que fogem dos clichês românticos, dos quais algumas pessoas não gostam. Apesar de grande parte dos conteúdos lembrarem novelas de drama e romance, surgem cada vez mais possibilidades de gêneros e temas para assistir. Quando o termo dorama se popularizou no Brasil, parte da comunidade brasileira coreana não ficou muito feliz por associarem a um gênero. Confira 5 K-dramas Para Quem Não Gosta de Romance: 1) Round 6 (Squid Game): da lista, este é um dos dramas coreanos que conseguiram furar a bolha da dramaland e conquistaram telespectadore

Resenha: Sim, sou gay e daí? Desabafos do gay Alice no País das Maravilhas – Valdeck Almeida de Jesus

Devorei o livro Sim, sou gay e daí – Desabafos do gay Alice no País das Maravilhas, do escritor e jornalista Valdeck Almeida de Jesus. A obra foi publicada em 2012, pela Chiado Editora, e ao longo de suas 134 páginas, é narrado em primeira pessoa por André, um gay que se envolve em diferentes furadas em busca do amor.

Logo no primeiro parágrafo do livro, no prefácio, o a autor faz uma breve descrição sobre o significado de Alice no meio gay e compartilha sua indignação ao longo da vida, com as hipocrisias e julgamentos:

“Alice, no jargão gay, é uma gíria utilizada para se referir aos homossexuais facilmente enganáveis. Aqueles que, assim como a personagem deste livro, fazem tudo por amo e se dedicam aos seus parceiros, tentam agir de modo correto, e acabam, invariavelmente, vitimados pela maldade alheia”.

Gostei muito da maneira que os títulos foram trabalhados ao longo do livro, fazendo menção à personagem Alice. André vai se revelando aos leitores, desde suas primeiras experiências sexuais com namoradas, sim, é isso o que você leu, até aceitar de vez sua própria homossexualidade e ficar só com homens.

É muito legal observar as diferentes fases pelas quais o protagonista e narrador da história vai passando. André vai contando sua vida e relata desde o seu vício e necessidade de obter prazeres sexuais, em diversos lugares, até suas paixões, amores e corações quebrados. Seus desabafos são soltados do início ao fim, não de uma maneira maçante, pelo contrário, de uma maneira que nos faz simpatizar com o personagem e entender que muitos de seus erros e acertos foram moldando quem ele se tornou até as últimas linhas do livro.

“O nosso erro é tentar reencaixar tudo, de algum modo, que faça sentindo a algum padrão que carregamos. Esquecemo-nos de que nossas peças embaralhadas já formam uma bela figura, e cabe a nós aceitarmos o desenho desfigurado que vamos nos tornando e entender que ele é para nós a obra que mais nos emociona e ensina: a provinda de nosso próprio reflexo”.

A linguagem é simples, como se André fosse um colega íntimo, compartilhando os seus segredos, suas experiências e sofrimentos, enquanto tomam uma xícara de café. A história consegue provocar nostalgia e arrancar risadas e sorrisos do leitor, além de fazê-lo viajar pelos mesmos lugares que o protagonista e se imaginar naquelas situações.

“Nada como um choque de realidade para pôr fim aos mais belos castelos de amor”.

À medida que o protagonista vai aprendendo e direcionando sua vida, o leitor vai se sentindo melhor. Porém, os fantasmas do passado também voltam para assombrá-lo e cobrar o preço de cada uma de suas escolhas. Ao mesmo tempo em que sentimos vontade de gritar: "Hey, isso é uma ilusão, Alice. Será que você não percebe?", sabemos que o personagem precisa passar por tudo aquilo para aprender. O final do livro me surpreendeu! E me arrancou um sorrisinho de quem também sabe como vencer a Rainha de Copas. Uma ótima recomendação de leitura para aquelas pessoas que precisam de um aviso no estilo: "Acorde, Alice, o mundo está em chamas!".

Este é o primeiro livro do Valdeck Almeida de Jesus que eu leio e confesso, fiquei curioso para ler os outros do escritor, devido ao seu extenso currículo literário e cultural.

Sobre o autor – Valdeck Almeida de Jesus é jornalista, funcionário público, editor, escritor e poeta. Embaixador Universal da Paz, Membro da Academia de Letras de Jequié, Academia de Cultura da Bahia, Academia de Letras de Teófilo Otoni, Poetas del Mundo, Fala Escritor, Confraria dos Artistas e Poetas pela Paz e da União Brasileira de Escritores. Publicou “Memorial do Inferno: a saga da família Almeida no Jardim do Éden”, “Feitiço contra o feiticeiro”, “Valdeck é Prosa e Vanise é Poesia”, “30 Anos de Poesia”, “Heartache Poems”, “Yes, I am gay. So, what? – Alice in Wonderland”, dentro outros, e participa de mais de 60 antologias. Site do autor: www.galinhapulando.com

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