Sem talvez
Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...
Deu nó na minha mente confusa... no final ela teve um pesadelo ou não? Estou aqui até agora tentando decifrar, já passei por alucinações e surtos psicóticos (claro que eu não me lembro, só sei o que me disseram) e sempre me ficou a sensação: estava sonhando ou acordada? O que foi real e o que foi minha criação? Me identifiquei bastante, ter essas perturbações mentais são mesmo um conto de horror!! Adorei a história, muito bem escrita!
ResponderExcluirhttp://www.gotinhasdeesperanca.com
Oi, Michele!
ExcluirEssa confusão é proposital! Este jogo entre real e ficção, pesadelo e alucinação. É como se fosse um sonho dentro de outro, uma história dentro de outra. Gosto desta brincadeira, desta loucura dos personagens.
Abraços e muito obrigado pela leitura!!