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Destaques

A toxicidade do outro

Mudança de hábitos significava muito mais do que parar um hábito, também significava substituir por novos hábitos. Ia mudando, usando o mesmo tempo que costumava usar para falar com o outro, focando mais em si mesmo. Independente de reconhecer a toxicidade do outro, não cabia a ele vestir o papel de vítima: uma vez afastado, tudo o que tinha que fazer era seguir em frente. Mas toda mudança de comportamento era mais fácil na teoria do que na prática.  Uma vez que os limites eram estabelecidos não olhava para trás. Provavelmente não era a última vez que ignorava as bandeiras vermelhas de alguém, mas já não era ingênuo a ponto de achar que iam mudar, principalmente sem ajuda psicológica. Havia algo na autorresponsabilidade que não se podia cobrar do outro, que ele deveria querer mudar por conta própria ou continuar repetindo padrões destrutivas ao longo da vida e achando que se trata somente de coincidência, dos signos, ou seja lá qual desculpa a pessoa inventar. Existia um limite de ...

Lançamento: Olho de Boto – Salomão Larêdo

Uma das novidades da Editora Empíreo para este semestre é o lançamento do romance Olho de Boto, do escritor paraense Salomão Larêdo. A narrativa foi ambientada no interior da Amazônia, durante os anos 60, período em que o Brasil estava sob o poder dos militares e dois homens decidiram se casar.

O Olho de Boto é o 40º livro de Salomão Larêdo e foi inspirado em fatos reais. O autor se apropriou da ficção, fantasia e mitos regionais para construir o seu romance. A história se passa no vilarejo de Inacha, localizado na comunidade de Juaba, no município de Cametá, no nordeste do Pará. Inajá e Inajacy, o casal protagonista, pedem a um pajé que transforme um deles em mulher para que possam efetivar a união matrimonial.

“O romance é cheio de situações escabrosas, inventadas ou superestimadas. Trago as metáforas e as polifonias do ser humano que habita a floresta, a natureza, a vida num manancial de águas, de riqueza de todos os reinos: vegetal, animal e mineral. O livro tem muitos personagens que circulam em meio a uma enorme variedade de temas e situações peculiares e características na sociedade humana que deve ter o compromisso de descontruir desigualdades e injustiças”, explica Salomão Larêdo.

Segundo Salomão Larêdo, sua obra tem um posicionamento de defesa das minorias oprimidas, tema recorrente em suas outras publicações. Em Olho de Boto, o amor, a compreensão e o respeito pelos casais homoafetivos é reforçado.

“Este novo romance aborda não apenas o tema da homoafetividade, mas todas as nossas questões sócio-políticas, de tudo que precisamos saber, discutir, estudar e nos posicionar como cidadãos culturais, cidadãos sexuais, democráticos, como leitor que pensa, que tem senso crítico, consciência política, que  não é intolerante, intransigente, que sabe e procura   amar o outro, respeitar o outro, que é preocupado com o bem comum, com a igualdade como bem coletivo”, defende Salomão.

Confira a sinopse de Olho de Boto:

“Inacha é um povoado pacato e ordeiro da floresta amazônica, onde ninguém contesta o poder do regime militar recentemente implantado no Brasil. Porém, tudo muda quando um acontecimento grandioso é agendado: dois homens decidem se casar, décadas antes do mundo discutir os relacionamentos homoafetivos. Inspirado em fatos reais, Salomão Larêdoapresenta um romance contestador, que deseja disseminar o amor livre por todos os lugares e criticar a incompreensão e a violência comuns numa terra tão afastada da civilização.

O romance nos romances contém muitaspassagens, histórias, numa narrativaem que os personagens vivemsituações as mais inusitadas e difíceis para conseguir realizar o sonho decontrair núpcias em que os pajés são convocados para realizara metamorfose etransformar em mulher a noiva que, junto com o noivo passam por inúmeras dificuldades,incitamentos, provações e provocações dos curiososque enchem as ruas do lugar para prosseguir no sarro, na gozação meioescárniohomofóbico coletivo ao casal submetido aovexatório e incômodo exame médicocomprovativo do gênero”. 

No dia 6 de maio, às 17h, acontece o lançamento de Olho de Boto: Um romance homo(ama)zônico, na Livraria da Fox, em Belém (PA).

Local: Travessa Dr. Moraes, 584 – Batista Campos.  A entrada é gratuita. Informações: (91) 4008-0007 /(11) 2309-2358 / (11) 97687-9696 / filipe@editoraempireo.com.br. O livro estará sendo vendido por R$ 39,90.

Sobre o autor – Salomão Larêdo nasceu na Vila do Carmo, município de Cametá, no Pará, região Amazônica, na madrugada do dia 23 de abril de 1949. É autor de diversas obras, incluindo romances, contos e poesias. Com seu estilo, o paraense envolve o leitor no imaginário amazônico, revelando todas as suas belezas e idiossincrasias. “Olho de boto” é a quadragésima obra publicada pelo autor, que já recebeu prêmios por todo o país, incluindo o Monteiro Lobato da União Brasileira de Escritores, pelo livro “Sarrabulho”.

Editora Empíreo – Editora brasileira de literatura: romance, poesia, fantasia, não-ficção, música, quadrinhos e tudo o que for apaixonante, com sede em São Paulo. Tem a missão de publicar literatura de qualidade e rica em cultura que edifique seus leitores usando os mais variados temas e formatos. O nome faz referência à palavra latim Empyreus, uma adaptação do grego antigo, “dentro ou sobre o fogo (pyr)”, Empíreo é o mais alto dos céus, o local reservado para as divindades e para a perfeição.

Para mais informações:

Conheça o hotsite do livro: http://olhodeboto.com/

Visite o site da editora: www.editoraempireo.com.br

Compre o livro: http://loja.editoraempireo.com.br/product/1018168/olho-de-boto 

Veja o vídeo com depoimento de Salomão Larêdo: https://vimeo.com/122037504

E aí, o que acharam? Fiquei curioso para ler. Quem já conhece o blog, sabe que tento dar uma força para a divulgação de livros com temática gay e autores LGBT, além de já ter escrito e publicado alguns contos com personagens homossexuais. Das novas publicações da Editora Empíreo, esta é uma das que estou desejando receber logo para recomendar para vocês, leitores.

*Com informações do assessor de imprensa Dominik Giusti / Editora Empíreo.

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