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Para onde vão todas coisas que não dissemos?

Para onde vão todas coisas que não dissemos? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem. Algumas ficam presas dentro de nós. Outras conseguimos elaborar em um espaço seguro, como a terapia. Mas ignorar as coisas, muitas vezes pode ser pior. Fingir que as emoções não existem ou que as coisas não aconteceram não faz elas desaparecerem. Quando um relacionamento chega ao fim, pouco importa quem se afastou de quem primeiro. Mas há quem se prende na ideia de que se afastou antes – em uma tentativa de controlar a narrativa, como se isso importasse. O fim significa que algo não estava funcionando e foi se desgastando ao longo do tempo. Nenhum fim acontece por mero acaso. Às vezes, quando somos levados ao limite, existem relações que não têm salvação – todos limites já foram cruzados e não há razão para impor limites, somente aceitar que o ciclo chegou ao fim. Isto não significa que você guarde algum rancor ou deseje mal para a pessoa, significa que você decidiu por sua saúde mental em pri...

Autora lança livro sobre Análise do Discurso de Minorias e Desigualdade Social

Na manhã desta segunda-feira, 04 de maio, a profa. Dra. Glaucia Muniz Proença Lara esteve presente no auditório do Centro de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS), para ministrar uma palestra de lançamento do seu livro Discurso e (Des)Igualdade Social, organizado em parceria com Rita Pacheco Limberti, publicado pela Editora Contexto, em 2015.
Glaucia Muniz Proença Lara falando sobre os artigos presentes no livro Discurso e (Des)Igualdade Social, na UFMS. Foto: Ben Oliveira.

Glaucia Muniz Proença Lara afirmou a importância de contestar a desigualdade, para que se possa promover a igualdade. Ela citou os artigos VI e VII da Declaração Universal dos Direitos Humanos e criticou: “Embora esses artigos sejam muito bonitos, na prática eles não funcionam”.

A palestrante comentou de forma breve sobre a questão da desigualdade e exclusão social, explicando a relação histórica do dominador e do dominado e levantou alguns aspectos da segregação, como os problemas identitários, problemas de falta de espaço, problemas de preconceito e de intolerância que os indivíduos sofrem e vivenciam.

Segundo Glaucia, a segregação pode acontecer de forma aberta ou velada – sendo que esta última é pior, pois há uma falsa afirmação de aceitação do outro, quando se busca o distanciamento, confinamento do outro. Quem seriam essas minorias? A professora responde que são os índios, negros, imigrantes, homossexuais, surdos, entre outros.
Garanti meu exemplar do livro! É o segundo livro da autora que eu compro... O primeiro se chama O que dizem da língua os que ensinam a língua: Uma análise semiótica do discurso do professor de Português, publicado pela Editora UFMS.

Sinopse do livro: A voz do dominado é frequentemente abafada, silenciada. Além de ser o perdedor, sua manifestação muitas vezes não repercute. O eco da sua voz permanece, porém, nos vãos, nas fissuras do sistema, esperando a oportunidade de ser ouvida. E é isso que esta obra faz.

Um time de especialistas brasileiros e estrangeiros apresenta um olhar especial para os segregados. Atravessando diferentes campos discursivos – o da literatura, o das mídias, o das políticas etc. –, dá voz aos dominados – compulsoriamente calados.

Obra voltada principalmente aos estudiosos do discurso, mas também aos interessados em compreender melhor aqueles que são reprimidos por circunstâncias diversas.

O livro traz 11 artigos, cujos títulos e seus respectivos autores são listados a seguir:


  1. Identidade Linguística, Identidade Cultural: Uma Relação Paradoxal – Patrick Charaudeau
  2. Discursos das Elites e Racismo Institucional – Teun A. van Dijk
  3. Durações Histórias e sua Relação com Público e Privado – Sírio Possenti
  4. Intolerância, Preconceito e Exclusão – Diana Pessoa de Barros
  5. A Política da Desigualdade no Brasil: Adolescentes em situação de rua – Denize Elena Garcia
  6. O Poeta e o Camponês: O impossível ponto de vista do dominado – Dominique Maingueneau
  7. Dar a Palavra: Da reportagem radiofônica à ficção documental – Dominique Ducard
  8. Narrativa de Vida e Construção da Identidade – Ida Lucia Machado
  9. A Afetividade no Discurso Populista – Adriana Bolívar
  10. Mulheres e Emoções em Cena – Heleira Lima
  11. Sentidos para a Homossexualidade – Carolia C. Borges e Maria Lúcia Rocha-Coutinho


Sobre as organizadoras do livro:

Glaucia Proença Lara – Possui doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou dois estágios pós-doutorais em análise do discurso, com a supervisão de Sírio Possenti (Unicamp) e de Dominique Maingueneau (Universidade Paris IV – Sorbonne). Participou da diretoria da Associação Brasileira de Linguística (Abralin) e exerceu a função de subcoordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos (PosLin) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente é professora da Faculdade de Letras / UFMG, atuando tanto na graduação quanto na pós-graduação na área de estudos textuais e discursivos. Publicou diversos livros nas áreas de semiótica e análise do discurso.

Rita Pacheco Limberti – Possui doutorado em Semiótico e Linguística Geral peã Universidade de São Paulo (USP). Realizou estágio pós-doutoral em análise do discurso com a supervisão de Eni Orlandi (Unicamp). Foi presidente do Grupo de Estudos de Linguagem do Centro-Oeste (Gelco) e exerceu a função de subcoordenadora do Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGLetras) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Atualmente é professora da Faculdade de Comunicação, Artes e Letras / UFGD, atuando tanto na graduação quanto na pós-graduação na área de estudos textuais e discursivos. É autora de diversos livros.

Ficou interessado? O livro Discurso e (Des)Igualdade Social pode ser comprado no site da Editora Contexto.

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