Os anos passam mais algumas músicas continuam fazendo sucesso. Neste mês do Orgulho LGBTQIA , Born This Way , da Lady Gaga , permanece sendo reconhecida como um hino LGBTQIA. Mais do que cantar sobre a causa, a importância da própria identidade e aceitação, a cantora da música lançada em 2011 é também co-fundadora de uma fundação que apoia comunidades LGBTQIA. Segundo informações do site da Born This Way Foundation , a missão é: “Empoderar e inspirar os jovens a construírem um mundo mais gentil e corajoso que apoia a saúde mental e o bem-estar deles. Baseado na relação científica entre gentileza e saúde mental e construído em parceria com os jovens, a fundação incentiva pesquisa, programas, doações e parecerias para envolver o público jovem e conectá-los com recursos acessíveis de saúde mental”. Mais do que uma música para inspirar a Parada do Orgulho LGBTQIA ou ser ouvida o ano inteiro, Born This Way deixou esse grande legado que foi a fundação que já ajudou muitos jovens LGBTQIA. E o...
Cucumber: Nova série gay de drama do mesmo criador de Queer as Folk
Russel T. Davies é o produtor da nova série gay de drama Cucumber, termo em inglês que pode ser traduzido como pepino e conta a história de Henry (Vincent Franklin), um homem gay de mais de 40 anos, lidando com suas próprias crises existenciais, neuroses e medos do passado mal resolvidos, sua família e seus colegas. O programa é exibido pelo Channel 4.
Para quem se lembrou de Queer as Folk, Russel foi responsável pela versão original e britânica da série, desenvolvida para o Channel 4, que posteriormente foi adaptada por Ron Cowen e Daniel Lipman para o canal Showtime e Showcase, dos Estados Unidos e Canadá, respectivamente. A versão britânica de Queer as Folk foi exibida em 1999 e 2000 e teve duas temporadas, enquanto a versão norte-americana fez mais sucesso entre os telespectadores e teve 5 temporadas, exibidas entre 2000 e 2005.
O programa televisivo sobre o universo LGBT lega algumas questões, como o comodismo e desafios dos relacionamentos a longo prazo, a fuga de lidar com os conflitos internos, as obsessões, desejos e fantasias sexuais, solidão e carências, homofobia internalizada e repressões.
Cucumber vem a somar para o universo das séries voltadas para o público gay, mas por ser uma minissérie (somente com 8 episódios, de duração de 45 minutos), tudo acontece tão rápido que não dá tempo de aprofundar o drama, só dando vislumbres de possibilidades, cabendo ao telespectador, assim como Henry, encarar ou fugir dessas questões mais complexas.
Além de Henry e Lance (Cyril Nri), seu ex-parceiro, os outros personagens que se destacam em Cucumber são os jovens com quem o protagonista divide o apartamento: Freddie (Freddie Fox) e Dean (Fisayo Akinade), ambos conhecidos do trabalho. Enquanto o foco principal da série Cucumber parece ser Henry, o gay mais velho, o Channel 4 criou outra série paralela chamada Banana focada num público mais jovem e Tofu com uma série de documentários online.
Nenhuma série televisiva abordou tantas questões sobre o mundo gay como Queer as Folk. Cucumber aborda essas rupturas de uma maneira leve e refrescante. Há a busca pela verossimilhança, mas o curto período de convivência entre espectador e personagens impossibilita uma ligação mais forte. O inesperado, como na vida, é saber que eles entram num bosque que pode levá-los a diversas direções, inclusiva a correr em círculos, mas que mesmo com a idade e diversas experiências são traídos pelas suas próprias idealizações.