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Destaques

Olympo: Série espanhola da Netflix sobre jovens atletas e doping

A série espanhola Olympo foi lançada recentemente pela Netflix e os fãs já estão se questionando se terá segunda temporada. Até o momento, nenhuma informação foi confirmada pela Netflix, mas o final da primeira temporada dá a entender que terá continuação. Seguindo um estilo parecido com o de Elite , série espanhola que fez sucesso na Netflix e teve 8 temporadas, resta saber se Olympo fará sucesso para sua renovação. A série espanhola chegou a ficar em primeiro lugar entre os mais assistidos em alguns países, de conteúdos que não sejam de língua inglesa. Uma escola voltada para atletas que têm um nível de alto desempenho. Enquanto os jovens lidam com seus treinamentos e eventos, eles também lidam com seus dilemas e questões de identidade. Um personagem que mais chamou a atenção do público telespectador foi o Roque (Agustín Della Corte) , o melhor jogador de rugby do time que é gay e quase teve suas conquistas desmerecidas por um episódio de homofobia. Para quem se lembra das cenas que...

Resenha: The Heart of Betrayal – Mary E. Pearson

Após me envolver com a jornada de Lia em The Kiss of Deception, o primeiro livro da série Crônicas de Amor e Ódio (The Remnant Chronicles), da escritora Mary E. Pearson, publicado no Brasil pela editora DarkSide Books, decidi me aventurar pela continuação da história The Heart of Betrayal. O romance com temática de fantasia, originalmente publicado em inglês, foi traduzido para o português por Ana Death Duarte.

O desenrolar inicial do livro é um pouco lento. Com algumas mudanças acontecendo na vida de Lia, Rafe e Kaden, novos personagens são introduzidos na história e mais vamos nos aprofundando em como eles chegaram até aquele ponto. Os passados dos personagens principais são explorados, muitos segredos saem debaixo do tapete e os conflitos vão se intensificando, à medida que o romance vai sucedendo.


Narrado em primeira pessoa, o principal ponto de vista do romance é o de Lia, mas também acompanhamos Rafe, Kaden e Pauline – ela, que nesta sequência tem menos peso na narrativa do que no primeiro livro, mas não deixa de nos instigar e provocar empatia. Enquanto Lia, Rafe e Kaden nos fornecem visões do que está acontecendo no ambiente em que eles estão limitados geograficamente em Venda, Pauline faz a ponte com o outro reino, nos mantendo por dentro do que está acontecendo ao redor e dando a entender que há muitos mistérios que serão amarrados na próxima obra.

“Contei a história dos mundos que eu tinha visto, de cidades inteiras destruídas, não importando o quão ao longe e amplamente elas se espalhavam, e de cidades ascendendo aos céus, de imensa magia, que não conseguiram aguentar uma tempestade furiosa. Contei a eles sobre templos exaltados que se derreteram para dentro da terra e dos vales que vertiam como lágrimas o sangue de gerações. Porém, em meio a tudo isso, duas irmãs permaneciam lado a lado, fortes e leais, até que uma besta se ergueu das cinzas e separou-as, à força, uma da outra, pois até mesmo as estrelas lançadas à terra não foram capazes de destruir todas as últimas sombras da escuridão”

O triângulo amoroso entre Lia, Rafe e Kaden permanece forte em The Heart of Betrayal. A figura do Komizar apimenta esse conturbado relacionamento, acrescentando mais emoções à narrativa. A trilogia de Mary E. Pearson não só nos entretém, mas também nos faz refletir sobre como nossas vidas são moldadas de acordo com nossas culturas, histórias e experiências. Totalmente fora de sua zona de conforto, Lia se vê diante de novos inimigos, aprendendo mais sobre o seu dom da visão e conhecendo um pouco dos bastidores, teatros políticos e ciladas que envolvem aqueles que buscam o poder.


Lia testemunha a crueldade e violência imposta pelo Komizar, mas também se dá conta de que a vida do povo bárbaro não é tão diferente do seu povo. Aliás, desde o momento em que Lia sai da bolha que vivia no reinado de Morrighan, ela se dá conta dos desafios de diferentes pessoas e de como mesmo com tantas dificuldades, muitos acabam dando um jeito de seguir em frente ou pior, muitos aceitam suas próprias condições e são ignorantes diante de outras realidades.

“Meu dom raramente entrava em cena. Umas poucas vezes eu fui tomada por uma sensação de algo grande e escuro descendo. Suguei o ar para dentro e olhei para cima, realmente esperando ver uma coisa de garras pretas precipitando-se para cima de mim, mas não havia nada lá. Apenas uma sensação de que eu rapidamente me desvencilharia quando visse o Komizar sorrindo. Ele nunca perdia uma oportunidade de transformar isso em algo corrupto e vergonhoso. Ele fazia com que eu desejasse sufocar o dom em vez de dar ouvidos a ele. Parecia impossível nutrir alguma coisa em sua presença”.

A busca pelo conhecimento, seja por meio dos livros ou da oralidade, é explorada no romance, no entanto a intuição, a magia e demais sensações que nem sempre conseguimos explicar também são pontos-chave. A arte de contar histórias e de como somos influenciados e movidos pelas palavras e de que forma elas se conectam com o universo da fantasia e da magia, torna a narrativa ainda mais fascinante.

Quando um assassino, uma princesa e um príncipe precisam entrar no perigoso jogo com um destemido e cruel personagem, testando seus limites de resistência físico e emocional, eles correm o risco de perderem suas cabeças, literalmente. A riqueza de detalhes e o entrelaçamento dos diferentes pontos de vistas junto com os textos sagrados que compõem a mitologia dentro do romance são combustíveis para que o leitor prossiga se aventurando pelas páginas do livro. Como toda jornada, há momentos de ritmos mais lentos que logo dão espaço para cenas com mais ações e agilidades – é preciso se entregar à leitura.


“Minhas memórias sagradas começaram na forma de elocuções, uma melodia sem palavras que acompanhava a música da cítara, cada nota emitindo as batidas da criação, girando em minha barriga, uma canção que não pertencia a qualquer reino e a qualquer homem, apenas a mim mesma a aos céus. E então as palavras vieram, um reconhecimento de sacrifícios e da longa jornada de uma menina, e beijei dois dedos, erguendo-os aos céus, um para os perdidos e um para aqueles ainda por vir”

Mary E. Pearson, mais uma vez, nos deu um gostinho de como uma personagem heroína pode desafiar e questionar as coisas ao seu redor. Quem Lia vai escolher? De que forma os dons da protagonista irão ajudá-la a se salvar das enrascadas em que eles estão se metendo? Por ser o livro do meio da série, The Heart of Betrayal responde algumas questões que ficaram abertas até o final de The Kiss of Deception, mas levanta tantas outras que aguardamos ansiosamente encontrar as respostas em The Beauty of Darkness (terceiro livro da série Crônicas de Amor e Ódio).


Sobre a autora – Mary E. Pearson é uma premiada escritora do sul da Califórnia, conhecida por seus outros sete livros juvenis – entre eles a série popular The Jenna Fox Chronicles. Mary é formada em artes pela Long Beach State University e possui mestrado pela San Diego State University. Aventurou-se em trabalhar como artista por um tempo, até receber o maior desafio que a vida poderia lhe proporcionar: ser mãe. Adora longas caminhadas, cozinhas e viajar para novos destinos sempre que tem a oportunidade. Atualmente, é autora em tempo integral e mora em San Diego, junto com seu marido e seus dois cachorros. Saiba mais em marypearson.com.

Sobre a editora – A DarkSide Books é uma editora que investe em livros com temática sombria, especialmente de terror e de fantasia. Certas coisas nunca hão de morrer. A atitude punk. Os zumbis de George A. Romero. E, é claro, um bom livro. Ele é muito mais do que um objeto de papel. Já foi feito de rocha, pele de carneiro, papiro. Hoje, pode estar armazenado nas nuvens, como sempre esteve em nossa memória. A tecnologia apenas expande as possibilidades - o prazer de contar e recontar histórias continua igual. O livro é um universo em si mesmo. Um acervo de personagens inesquecíveis que guardamos na cabeceira da cama, e que à noite volta para povoar nossos sonhos. Na Darkside®, nós investimos em livros. Especialmente, livros de terror e fantasia. Fazemos questão de publicar as histórias que amamos. Algumas viraram filmes, games ou lendas urbanas, mas todas reservam experiências únicas em suas páginas. Os formatos também são múltiplos: Papel. Digital. Free-books. Edições numeradas de colecionador. Seguindo o padrão quase psicopata de qualidade, cada livro Darkside tem que ser precioso no texto, na capa e no design. Então leia, releia, baixe, divulgue, colecione. No que depender de todos nós, Darksiders, o livro vai continuar mais vivo do que nunca. Darkside® Books. Book's not dead.

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