A linha era tênue entre a verdade e a autoficção, mas a literatura era um espaço para criar e não tinha compromisso com a realidade. Como tinta invisível, personagens às vezes se misturam e podem confundir. Um personagem pode ser vários e a graça não está em descobrir quem é quem, mas de aproveitar a leitura. Escrever em blog poderia não ser a mesma coisa do que escrever um livro de ficção ou de memórias, mas a verdade era que acabava servindo para as duas coisas. Às vezes o passado estava no passado. Às vezes o presente apontava para o futuro. Mas nunca dá para saber sobre quem se está escrevendo e há beleza nisso. A beleza de que personagens não eram pessoas, de que não precisava contar a verdade sempre, que às vezes quatro personagens poderiam se tornar um. Saber quem é quem parecia o menos importante, mas apreciar a beleza das entrelinhas. Ia escrevendo como uma forma de esvaziar a mente e o coração, sentindo o corpo mais leve. Escrevia e continuaria escrevendo sempre que sentisse ...
Agradecimento e trecho do meu próximo livro de terror
Passando para agradecer pelos downloads e leituras de Escrita Maldita. Hoje a obra ficou em primeiro lugar na categoria de livros de terror mais vendidos na Amazon. Para um escritor independente, isso é um sonho.
Para quem me perguntou se há uma continuação de Escrita Maldita, o meu próximo livro faz uma conexão com o evento final do livro. Não é uma sequência, mas quem leu, vai encontrar referências e entender mais – minhas histórias são circulares, elas se conectam à minha essência.
Não posso contar muito sem revelar para quem não leu, mas a protagonista e narradora do meu próximo livro é uma clarividente (será em primeira pessoa). Como em quase todos meus textos, a personagem também vai lidar com a sensação de desconexão e reencontro. Será como um lado B. Em Escrita Maldita, o foco é psicológico/paranormal. No novo livro será paranormal/psicológico. 👻
Confira o comentário da jornalista Laiane Paixão:
“Após descobrir [...] Meu coração ficou gelado. A cada palavra que lia, o quarto ficava mais escuro e a luz do tablet me cegava, me sugando para dentro da narrativa e me fazendo imaginar coisas... tenso e incrível ao mesmo tempo. Tive que vir pra sala, ligar todas as luzes da casa e a TV para terminar a leitura. Nunca tinha lido um livro de terror antes, não imagina que a leitura me prenderia tanto e causaria tantas sensações e pensamentos loucos. Fico feliz que o seu tenha sido o meu primeiro, grata pela experiência”
Um trecho do meu livro novo de terror paranormal:
“As coisas me atravessam. É preciso sentir o vai e vem que acontece dentro de mim para poder me julgar. Se busquei o isolamento não foi por acaso. Mas como explicar o que, muitas vezes, nem eu consigo definir? Existe tanto que não conhecemos. Os anos passam e a ilusão do conhecimento aumenta junto com o tempo. Depois de todos esses séculos, o que realmente aprendemos sobre os mistérios do universo? O que sabemos sobre a alma e as perguntas que a ciência ainda nem está próxima de responder? Em um mundo de rótulos, já me deram tantos nomes. [...] Para entender a história que eu estou prestes a contar, é preciso que você se coloque na minha pele [...] Se você é como eu, será capaz de ver. Alguns véus são mais finos do que outros. Só não diga que eu não avisei... Uma vez que algumas coisas são vistas, não há como voltar atrás” Veja também:
*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpade na loja Kindle.