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Destaques

Resenha: Tempo de Cura – Monja Coen

O livro Tempo de Cura , da autora Monja Coen , está repleto de reflexões e foi escrito no período da Pandemia de Covid-19, no período em que o Brasil e o resto do mundo estava lidando com questões como o isolamento social e o uso de máscaras respiratórias, bem como com pessoas que se negavam a seguir as orientações de saúde pública. O livro foi publicado pela editora Academia , em 2021. Compre o livro: https://amzn.to/3PiBtFO Em um período difícil, no qual as pessoas tiveram que lidar com a solidão, doenças e mortes, o livro escrito pela Monja Coen serviu como bálsamo para acalmar os corações e mentes – e pode ser lido até nos dias atuais, pois nunca estamos completamente imunes a passar por uma próxima pandemia e a doença permanece causando impactos para a saúde da população.  Compartilhando suas primeiras experiências com o zen e a meditação, Monja Coen é certeira em falar sobre a importância da paz e da cura e da preocupação com o bem-estar coletivo, dando como exemplo as orientaçõe

Autismo: Aspergers camaleões e o silêncio sobre adultos

Há algo que tem me incomodado nas últimas semanas. Não consigo deixar de pensar (não sejam tão literais) em uma frase da escritora Margaret Atwood: “Tudo o que é silenciado clamará para ser ouvido ainda que silenciosamente”.


Qual é a imagem que vem em sua mente quando você pensa em um autista? Talvez seja a de uma pessoa no canto do quarto, brincando sozinha, como se o resto do mundo não importasse. Essa é a visão que muitas pessoas têm. O que muitos não sabem é que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é amplo e que existem milhares de pessoas sem diagnósticos pelo mundo ou pessoas que foram diagnosticadas erroneamente e subdiagnosticadas com Ansiedade, Depressão, Transtorno Bipolar, Transtorno Obsessivo Compulsivo, Transtornos do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), entre outros. Na visão de alguém preconceituoso, eu deveria me esconder no meu quarto e jamais dizer em voz alta que sou autista e ter medo de que as pessoas possam me olhar de forma diferente. Conscientemente ou não, pessoas com autismo (mesmo as que não sabem que têm e nasceram assim) já sofrem com o preconceito diariamente e bullying. Pode ser assustador para uma sociedade que espera que pessoas diferentes sejam excluídas quando essa pessoa decide não se esconder mais.

Se você é um autista com diagnóstico tardio ou familiar de alguém que passou anos até descobrir o autismo não tão invisível, talvez ao ler esses primeiros parágrafos do texto, você concorde comigo. Se você não é autista ou faz parte daqueles que têm medo e preconceito, seus olhos devem ter revirado e achado que tudo não se passa de uma teoria da conspiração.

Autistas camaleões


Como é possível tantos diagnósticos passarem batidos? “Se você conheceu um Asperger, você conheceu UM Asperger”, afirma o especialista mundial em autismo, Tony Attwood. Se o próprio especialista no assunto não sabia que o próprio filho tinha Síndrome de Asperger, o que podemos esperar de médicos e psicólogos que têm dificuldade de identificar o autismo? Sinceramente? Não muito!

Um autista camaleão pode passar a vida inteira sem um diagnóstico. Milhares morrem sem saber que eram autistas. Por que isso importa? Para começo de conversa, vale lembrar que o autismo não é rótulo. Erroneamente, pessoas preconceituosas acreditam que é uma forma de chamar a atenção e não entendem que é algo que vai além da personalidade. Não se trata simplesmente de ser um excêntrico ou de ser diferente do que a sociedade espera de você. Trata-se da possibilidade de viver com mais conforto, entender o que pode te fazer mal, saber o que provoca crises (meltdown e shutdown) e entender de que forma as limitações na comunicação e interação social afetam os relacionamentos, bem como a importância da empatia, aceitação e do entendimento que não é só o autista que deve se adaptar ao mundo, mas o mundo também precisa acolhê-lo.

“Quando adultos com síndrome de Asperger imitaram e atuaram para alcançar competência social superficial, eles podem ter dificuldade considerável em convencer as pessoas que eles têm um problema real com compreensão social e empatia; eles tornaram-se muito plausíveis em seus papeis para acreditarem neles” – Tony Attwood, especialista mundial em Autismo e Aspergers (The Complete Guide do Aspergers Syndrome)

Que não se engane quem acredita que um autista deixa de ser autista pela mudança dos comportamentos. Autistas aprendem a repetir comportamentos e alguns deles têm a capacidade de transitar entre neurodiversos e neurotípicos, mas tudo tem o seu preço. A fadiga, dor no corpo, o estresse e a incapacidade de lidar com tantos estímulos podem provocar um mal-estar e levar algumas pessoas a crises que, muitas vezes, são confundidas com crises de ansiedade, depressão ou psicose.

Embora não seja tão comum atrair a atenção da mídia e quando atrai geralmente é com algo polêmico, como a epidemia de autismo (informação bem duvidosa, quando o que tem acontecido é que mais pessoas estão identificando algo que antes não era tão comentado) ou autistas geniais e seus feitos incríveis, se você procurar bem, vai encontrar várias reportagens sobre adultos que descobriram o autismo em diferentes fases da vida. Comece a se costumar! Na era da informação, pessoas estão usando a internet para o autoconhecimento e interação com outras pessoas. Os grupos virtuais de apoio para autistas e familiares de autistas se tornaram uma ferramenta importante de troca de informações, conhecimentos, conselhos e desabafos.

O que acontece com muitos desses adultos que descobrem de forma tardia que têm Síndrome de Asperger? Muitos se contentam com o autodiagnóstico, enquanto outros começam uma maratona à procura de profissionais que os entendam e não olhem para eles com estranhamento. A medicina e a psicologia têm uma dívida histórica com autistas. O que muitas pessoas não sabem é que em determinada época, em alguns países, muitos autistas foram internados contra a própria vontade, pais perderam a guarda dos filhos, entre outras formas nada sutis de silenciamento e de normalização.


A consciência da neurodiversidade, de entender que as pessoas devem ser respeitadas com suas diferenças neurológicas, ainda está em falta. O objetivo deste texto não é apontar dedos, mas de propor reflexões. Quem ajudará esses autistas que descobrem de forma tardia, diante de tanta dificuldade e falta de reciclagem dos conhecimentos? Pessoas que não enxergam pacientes além da superfície. Esses pontos cegos não são exclusivos dos profissionais; quando a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo não consegue reconhecer quais são os comportamentos, não tem como ela entender que forma é afetada pelas coisas que acontecem ao seu redor, logo, ela não sabe como pedir a ajuda adequada.

“Eu não quero que meus pensamentos morram comigo, eu quero ter feito algo. Eu não estou interessada em poder ou pilhas de dinheiro. Eu quero deixar algo para trás. Eu quero fazer uma contribuição positiva – saber que minha vida tem significado” – Temple Grandin 

Enquanto o preconceito e os comentários sobre autismo se limitarem a “Mas você não parece autista”, “Mas você é capaz de olhar nos meus olhos”, “Você fala tão bem”, “Você terminou a faculdade”, entre inúmeras variações que pessoas com autismo e familiares escutam diariamente,  muitas pessoas vão continuar sem diagnósticos. Quem deve saber sobre a condição neurológica, no caso, que tem Transtorno do Espectro Autista, é a pessoa – é ela que vai conviver consigo mesma a vida inteira. Não é algo que deveria ser escondido. Sem as estratégias de adaptações, muitos autistas ficam perdidos quando seus familiares morrem e, geralmente, precisam de orientações para que tenham um pouco de autonomia. Essas pessoas precisam entender que, geralmente, as limitações na comunicação podem deixá-las mais excluídas e isoladas das outras pessoas do que o preconceito de revelar que é autista.

Alguns comportamentos de autistas que podem provocar estranhamentos em não-autistas. Nem todos autistas se comportam desta forma, cada pessoa é única, mas alguns pontos são comuns:


— A dificuldade de interpretar algumas frases e a literalidade;

— A incapacidade de entender algumas piadas e/ou achar graça de coisas que podem não ser engraçadas para não-autistas;

— O excesso de sinceridade e dificuldade para medir palavras;

— A dificuldade para mentir e de entender porque a sociedade se sustenta com mentiras sociais diárias;

— A ingenuidade e como o autista pode se tornar uma presa fácil para sociopatas, narcisistas e pessoas manipuladoras, bem como atrair amizades tóxicas e relacionamentos abusivos e codependentes;

— A hipersensibilidade sensorial (distúrbio do processamento sensorial) e como alguns ambientes podem levá-lo a uma montanha-russa de emoções;

— A dificuldade de ler expressões faciais e também de expressar emoções, o que levam a algumas pessoas a interpretarem de forma errada como a ausência de empatia ou as risadas em horas inapropriadas;

— A importância de respeitar os interesses (hiperfoco), o espaço e os comportamentos do autista e saber como interagir com ele;

— Entender que embora os grupos sociais do autista geralmente são reduzidos, como outras pessoas, muitos desejam ter amigos e relacionamentos;

— Uma forma diferente de enxergar o mundo.

Imagine quantas pessoas tomam remédios errados e fazem tratamentos sem resultados durante anos, simplesmente, porque o preconceito e os estereótipos atrapalham na identificação do autismo leve e outros graus? O diagnóstico não precisa ser um fardo e pode ser libertador, especialmente quando entendemos que existe um motivo por trás dos nossos comportamentos.

Intuitivamente, autistas camaleões aprenderam a se adaptar sem a ajuda de psicólogos e de medicações, mas isso não significa que eles não precisam de compreensão e do espaço para recarregar as energias, que são drenadas em alguns espaços sociais, geralmente, de forma rápida. Há quem prefira omitir o autismo; há quem não entenda que não é um rótulo e sempre que ignoramos as coisas que nos fazem mal, o estresse vai se acumulando até chegar ao ponto de esgotamento ou colapso. Cada um deve viver como deseja, mas as pessoas que precisam de ajuda e ajustes não devem ser ignoradas e os profissionais precisam aprender e deixar o orgulho ferido de lado, se quiserem entender que existem muitos mitos sobre autismo e como esses pontos cegos só atrapalham nossas vidas.



*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

Comentários

  1. Excelente texto. Acredito que quanto mais pessoas tiverem acesso a informações como estas mais o preconceito vai se diminuindo e as pessoas com TEA terão mais oportunidades.

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    1. Oi, Glauber! Bom te ver por aqui. Fico feliz que tenha gostado do texto e, sim, acredito que falta de informações ainda é um problema, mesmo com a internet por aí.
      Abraços

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  2. oi Ben, gostei muito do seu texto. tenho um filho diagnosticado ásperger tardiamente (28 anos de idade e hj tem 29). fez segundo grau em Escola Técnica Federal, graduação em direito e está terminando pós, nunca ficou reprovado, dificuldades medianas. ano passado fez concurso pr escrevente Tribunal de Justiça ???? de SP, passou em 11º lugar como PCD e foi excluído do concurso com alegações dos juízes que as características do cid 84.1(ásperger leve) é incompatível com o
    cargo de ensino médio. Estamos na justiça, mas é muito frustrante vc ver a discriminação por parte da própria justiça.

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    1. Oi, Helena! Que triste. Espero que tudo se resolva. O preconceito é forte e diário. A pergunta que eu faço é: se nem muitos médicos e psicólogos entendem, o que podemos esperar das pessoas que estão distantes desta realidade?

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    2. eu penso que a parte médica eles não precisam entender, deixa pros especialistas, mas a parte das leis eles teriam obrigação de entender. e a lei é clara o cid 84.1 enquadra na lei dos deficientes mental e esta deveria ser cumprida.

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    3. A vaga de seu filho pode ser até uma cobiça do filho de outras pessoas. Quem sabe um filho ou parente de alguns desses juizes? Pode ser algo além de desconhecimento. Pode ter outros interesses.

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    4. não consigo acreditar em cobiça não, ele foi muito bem no concurso, passou muito bem em todas as etapas,eu acredito em preconceito mesmo, discriminação e falta de interesses pela inclusão.

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  3. Parabéns pelo texto. Alguns casos são bem invisíveis, mas mesmo ara eles, as dificuldades são muitas, são visíveis para eles.

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    1. Olá, Alexandre! Fico feliz que tenha gostado do texto. Exato. Mesmo diante das invisibilidades, as dificuldades ainda existem e são reais. As pessoas precisam respeitar.

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  4. Tenho asperger fui diagnosticado aos meus 16 anos e meio algums colegas de trabalho não sabem lidar com pessoas assim

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    1. Oi, Adriano! Que triste. Acredito que muito dessa dificuldade vem da incapacidade deles entenderem. Você já leu Em Algum Lugar nas Estrelas? Gostei bastante do livro! Tem um personagem asperger adolescente.

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    2. Ben, tenho 61 anos e camuflei a sindrome por receio de realizações, e o Pior aconteceu e deve acontecer com muitos. A família (nem todos) vendo o Lauda acredita, é muito triste .

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  5. Muito esclarecedor... Temo o Danielzinho aqui em casa e ele tem 10 anos e tem muita dificuldade em falar... Alguém tem um problema parecid?

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    1. Olá, Marcelo. Existem vários grupos de autismo no Facebook. Acredito que você vai encontrar várias pessoas com situações parecidas e indicações.

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  6. Ben, parabéns pelo texto! Importantíssimo tocar nesses temas e trazer à tona, sobretudo para que as pessoas conheçam. Com informações o preconceito tende a diminuir. Ainda temos um grande caminho a percorrer no trato social das questões relativas à saúde mental. De modo geral, as pessoas são inábeis no trato com autistas ou com quaisquer outras pessoas que tenham algum tipo de transtorno. Excelente seu artigo! Abraços.

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    1. Oi, Tomo Literário. Gratidão pela visita e pela leitura. Fico muito feliz que tenha gostado e concordo que o preconceito ainda é forte. Se o próprio meio médico, psicólogos e alguns profissionais disseminam ideias erradas sobre o autismo, é certo que as pessoas que estão fora do meio também vão reproduzir conceitos errados.

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  7. Oi Ben !!Excelente texto... tão bom encontrar alguém que enxergue e fale dos problemas que os autista aspergers enfrentam ... tenho um filho de 11 anos TEA... o preconceito... a falta de empatia ... e até coisas do tipo... ele é autista mesmo ou só uma criança mimada ??!!! ... obrigada pelo seu apoio ao falar do assunto. BJS

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    1. Olá, Naná! Infelizmente o preconceito faz isso. Quando as pessoas não conhecem como é a realidade do autista, independente do grau, elas soltam comentários que podem ser ofensivos, mesmo sem querer. Ser aspie é algo que consome muita energia em alguns ambientes, por isso é importante espalhar informações boas. É sempre bom pontuar que crianças autistas não são necessariamente mimadas.
      Fico feliz que tenha gostado!

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  8. Obrigada pelo texto com escrita limpa e coerente.

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  9. Muito legal seu texto. Estao ressoando na minha mente algumas vozes e comentários indicando estranhamento em relação ao meu comportamento. Jamais tomei como ofensa, mas já saí magoada de algumas tensões. O que importa é que analisando os comentários comecei à tomar consciência da neurodiversidade. Foram os outros que me disseram que algo não era normal: fossem minhas habilidades, concentração, a dificuldade de relacionamento ...

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  10. Seu texto me ajudou muitp, mas ai da tenho algumas dúvidas sobre asperger adulto. Aos 9.anos o meu filho foi diagnisticado com TOC e traços de esquizoide e sempre foi tratado com medicamentos e psicoterapia, mas as crises sempre vtam e com mais intensidade! A última, foi na semana passada e ele, além de se multilat e tentar suicídio, atacava as pessoas que tentavam impedi-lo, como.o.pai dele e sua lrima psicóloga. Eu fui a única pessoa que ele não atacou . Já buscamos ajuda com vários psiquiatras e todos falavam sempre a.mesma coisa. Somente este novo médico está estudando a possibilidade dele ter Transtorno Espectro de Autismo. Pediu pta nós pesquisarmos a respeito.e.marcar as características que mais combinam.com as do meu filho. Gostaria de saber, se ao TEA tem alguma características parecidas com o TOC!

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    1. Olá. Desculpe pela demora. Tem, sim. Muitos Aspergers têm comportamentos repetidos. É uma forma de tentar 'organizar o mundo', já que o cérebro funciona com base em padrões. A percepção sobre a vida é bem diferente para pessoas no espectro autista. Alguns autistas podem ter o TOC, como comorbidade, entre tantas outras condições.

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  11. Olá Ben, parabens por seu texto. Me chamo Felipe, tenho 25 anos.

    Me identifiquei demais com o que narrou no texto, estou passando por uma fase muito difícil, o psicólogo suspeita de Asperger e quando fui no Neurologista, esse basicamente debochou, dizendo que um Autista não tem a inteligência que eu tenho, pois entrei na faculdade de Direito com 17 anos e com 22 já era advogado. Isso foi extremamente humilhante.

    Da mesma forma, em minha família escuto piadas, dizendo que estou procurando problemas e "que nunca que eu sou um autista", mas eles não sabem o que eu sinto/passo, as condutas que tive que aprender a imitar para sobreviver, meus espaços, meus momentos para recarregar as energias são suprimidos por causa que eles não "são aceitos", como gostar de ficar em casa, ler, preferir o silêncio e solidão do que lugares com muitas pessoas. Fora, o esmagamento que sinto diariamente, no trabalho, na sociedade etc.

    Obrigado, pois seu texto foi uma luz!

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    1. Deve ser muito difícil não ser compreendido dentro da própria casa.... Espero que isso melhore.... Quanto a esse neurologista, quanta estupidez não é mesmo?

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    2. Felipe, acredito que como advogado você tenha a habilidades linguísticas, faça um teste chamado wisc, talvez você seja superdotado ou com altas habilidades as características são parecidas com o autismo como isolamento excitabilidade emocional..mas tem que ser uma psicóloga com especialização em neuro e com especialização em altas habilidades superdotacao, @patricianeuman entende tudo

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  12. Oi Ben , meus parabéns pelo seu texto . Meu nome é Mariana . Eu nasci com autismo e só fui descobrir minha condição com 25 anos de idade ( hoje tenho 28) . Eu estou passando pelas mesmas coisas que o Felipe : tenho que imitar que sou uma pessoa ''normal'' todos os dias , na escola eu sofria bullying todos os dias e não tinha paz em casa . Tenho bastante afinidade com a família do meu pai e nenhuma afinidade com a família da minha mãe . Eu viajei para a Grécia ( meu grande sonho) e quem mais demonstrava preocupação comigo eram as irmãs do meu pai . Tenho aversão à barulhos , como fogos de artifício e ferramentas barulhentas , como serrote e furadeiras antigas . Na parte dos eletrodomésticos , fico estressada com barulho de liquidificador , batedeira e máquina de lavar roupas .

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  13. Porque a sociedade se sustenta com mentiras sociais diárias?

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