Para quem tem curiosidade sobre os bastidores do mundo dos profissionais que trabalham com artistas, o drama coreano Behind Every Star mostra como os funcionários de uma agência de celebridades lida com os problemas e perrengues causados pelos famosos representados por eles. Lançado em 2022 , o dorama está disponível na Netflix . Por trás de toda atuação, há artistas temperamentais em Behind Every Star e cabe aos funcionários tentarem entender seus caprichos, como a quebra de contratos em cima da hora, alguma exigência ou demanda que o artista tenha para participar de determinada produção e até mesmo como eles precisam lidar com seus bloqueios e medos. O dorama nos faz pensar no lado humano por trás dos profissionais, bem como na exaustão física e mental que seus cargos exigem e no medo do julgamento – tão comum e retratado nas produções sul-coreanas. Além da burocracia do mundo artístico, os agentes também lidam com problemas pessoais entre os profissionais, como divergências entre
Coronavírus: 10 Dicas para lidar com autistas na quarentena
Aproveitando que é Abril (Mês de Conscientização do Autismo) para levar informações que podem ser importantes nesses dias de quarentena e preocupações com o Coronavírus.
10 Dicas para lidar com autistas na Quarentena/Pandemia de Coronavírus:
1) Respeite o espaço pessoal. Não existem dois autistas iguais, mas muitos precisam de um tempo sozinho para recarregar as energias;
2) Não estranhe se agirmos de maneira diferente da idealizada por nao-autistas. Nossos cérebros são diferentes e lidamos com algumas situações de forma diferente. Quem me vê tranquilo nessa semana, não imagina o inferno que passei no ano passado;
3) Para autistas com hipersensibilidade sensorial, as ruas mais silenciosas por causa da quarentena podem ser algo positivo, gerando menos estresse sensorial e mais energia;
4) Reajustar rotinas nem sempre é fácil, mas necessário. Muitos autistas podem entrar em crise quando estão entediados. Vale lembrar que somos todos diferentes. Autistas com TDAH podem ter rotinas bagunçadas e lidar relativamente melhor com a situação;
5) Muitos dos comportamentos de autistas estão relacionados à sobrecarga sensorial e emocional. Como cada pessoa reage de forma diferente, nesses dias, será possível observar melhoras ou pioras temporárias de acordo com as particularidades do autista;
6) Não estranhe se ficarmos andando de um lado para o outro, girando, pulando etc., especialmente com espaços limitados, é um mecanismo de autorregulação;
7) Na dúvida, pergunte. Nem sempre nossas expressões faciais revelam o que sentimos. Podemos estar tristes e sorrir, feliz e parecer triste, e por aí vai;
8) Não deduza que o simples fato de ser autista significa que a quarentena é algo fácil para nós. Lembre-se que todo autista é diferente, embora muitos adoram ficar em casa, há aqueles que gostam de caminhar para autorregulação e podem ficar agoniados nesses dias;
9) Não estranhe se o hiperfoco estiver mais intenso ou menos intenso nos dias de quarentena. Ansiedade, depressão, estresse, rotinas, padrões etc. desempenham um papel forte no hiperfoco. O próprio hiperfoco também pode servir como autorregulação. Hiperfocar em algo pode trazer alívio. Por outro lado, se for hiperfoco que gera ansiedade, como catástrofes, é melhor segurar as pontas;
10) Nos aceitem como somos. ✨
PS: A utilização de materiais visuais para explicar a importância dos cuidados com a higiene é fundamental nesses dias. Use vídeos, fotos e ilustrações para explicar a importância do autocuidado. Cada autista tem mais facilidade com alguns tipos de pensamentos: alguns podem ser mais visuais, outros podem preferir conteúdos em textos ou áudio/orais.
PS2: Muitos autistas podem ser hipossensíveis e buscar estímulos. Nessas horas, vale lembrar a importância do cuidado com as mãos. Podemos querer tocar texturas diferentes (e/ou sentir aversão).
PS3: Cuidado em dobro com a saúde mental e comorbidades, especialmente por causa da relação entre saúde mental e imunidade. Embora o simples fato de ser autista não seja um fator de risco, há quem possa ter comorbidades, como diabetes e problemas imunológicos. Cuidem-se!
Sobre o autor – Ben Oliveira foi diagnosticado autista (Síndrome de Asperger) aos 29 anos, é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
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