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Ter um ou mais transtornos significa que o estigma fará as pessoas não te enxergarem do mesmo jeito. Às vezes tudo o que você precisa é se recolher e praticar autocompaixão. Alguns dias são mais pesados do que outros, mas você aprendeu que daria conta. O amor que sufoca é controle – nada do que desejaria para si mesmo ou para qualquer outra pessoa. Então, se lembrava de cada palavra escrita, mas também se lembrava da importância de ter que lidar sozinho. O óbvio nem sempre precisa ser dito. Ia, então, vivendo um dia de cada vez, se despedindo do passado e evitando o excesso de pensamentos no futuro.  Escrevia para se lembrar do que nunca mais queria para a sua vida. Escrevia na esperança de um ponto final. Escrevia para mostrar que mesmo no silêncio de um ano, as coisas mudaram. *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano:  O Círculo (Vol.1)...

My Holo Love: Série coreana sobre inteligência artificial, solidão e amor

Como o holograma de uma inteligência artificial pode ajudar uma mulher com cegueira facial (prosopagnosia) a lidar com suas dificuldades e solidão? Holo, Meu Amor (My Holo Love) é o título de uma série coreana dirigida por Lee Sang-Yeob e Yoon Jong-Ho, distribuída pela Netflix

My Holo Love me fez refletir sobre o futuro, que já não é tão futuro assim em alguns lugares do mundo, nos quais a tecnologia tem sido cada vez mais usada para assistência virtual e/ou para combater a solidão, além da possibilidade da sua integração com outros sistemas e dispositivos.

Embora seja ficção, a série elabora várias questões relacionadas aos limites entre máquinas e humanos, passando pelas partes positivas da interação que, às vezes, faz o indivíduo esquecer que há códigos por trás dos comportamentos da inteligência artificial, até o lado sombrio da difusão sem ética e os possíveis efeitos sociais e psicológicos do excesso de tempo conectado ao assistente virtual.

Holo (holograma da inteligência artificial) ganha os holofotes da série, porém o que é mais gostoso em My Holo Love é acompanhar o desenvolvimento não só dele, que para uma máquina surpreende do início ao final, mas também do seu criador, Nan-do (Yoon Hyun-Min) e a primeira testadora dos óculos de projeção virtual, So-yeon (Ko Sung-Hee).

Para quem gosta de roteiros bem amarrados, My Holo Love se desenrola de forma que dá vontade de assistir a um episódio atrás do outro e muitas das dúvidas sobre os comportamentos e histórias dos personagens são respondidas na hora certa.

Além do roteiro bem escrito, a fotografia da série também é maravilhosa, com algumas cenas de tirar o fôlego, sejam as de ação ou as de romance, proporcionadas pelo Holo.

Lançada em Fevereiro de 2020, a série My Holo Love conta com 12 episódios e é uma ótima opção na Netflix para quem ainda não se aventurou pelo universo dos doramas (dramas asiáticos). Assisti-la é como viajar sem sair de casa com aquele gostinho de bem-estar.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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