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Destaques

Love In The Big City: Drama gay coreano estreia pelo mundo

Depois de tentativas de boicote por sul-coreanos conservadores, o drama Love In The Big City (Amor na Cidade Grande) finalmente estreou para pessoas de diferentes partes do mundo por meio da plataforma Viki . Com protagonismo gay, a série conta a história de um escritor e suas aventuras amorosas na Coreia do Sul, país que é ainda um tanto atrasado em relação aos outros países, a ponto de tentarem impedir que a série fosse transmitida. O roteiro da série foi baseado em um livro homônimo , escrito por Sang Young Park . Best-seller na Coreia do Sul, o livro também foi publicado para o inglês, publicado em 2021. Se o simples fato de mostrar uma cena de beijo gay já incomoda conservadores, dá para perceber que a série aperta as feridas, na esperança de que a sociedade sul-coreana supere preconceitos e respeite a diversidade. Beijo no último episodio? Personagem questionando seus próprios sentimentos antes de agir? Esqueça os kdramas tradicionais. Love In The Big City traz uma visão fresca

K-Pop Evolution: Série documental explora o passado e o presente da música pop coreana

A música pop coreana (K-Pop) conquistou os holofotes internacionais nos últimos anos. Com a proposta de revelar um pouco da história, das curiosidades e dos bastidores, a série documental K-Pop Evolution foi produzida pela Banger Films e disponibilizada no YouTube Originals, em março de 2021.

Ao longo de sete episódios com cerca de 25 minutos, K-Pop Evolution dá uma pincelada nos diferentes elementos do universo da indústria musical da Coreia do Sul, passando pelos primeiros sucessos musicais e ídolos e o crescimento de popularidade dentro e fora do país, especialmente com a abertura de espaço de shows na China e Japão, antes de estourar em outras partes do mundo.

É interessante observar, por exemplo, que antes do sucesso do K-Pop, a música pop japonesa tinha muito peso e muitos artistas coreanos aprenderam o idioma e mesmo com as diferenças políticas e históricas, se aventuravam a cantar J-Pop. Quem não acompanha este universo, por exemplo, pode ter dificuldade de definir as raízes dos cantores. 

A série documental conta com uma rápida participação da BoA (Kwon Bo-ah), a sul-coreana considera Rainha do K-Pop que cantava em japonês – antes de assistir K-Pop Evolution, sem nunca ter pesquisado sobre a vida da cantora na internet, eu poderia jurar que ela era do Japão, não pela aparência, mas pelas tantas músicas japonesas.

Há anos e até nos dias atuais, é interessante acompanhar a descrença de muitos artistas coreanos sobre seu alcance mundial. Muitos acham que têm menos fãs do que realmente têm. Inicialmente, por causa da barreira linguística, além de muitos cantores apostar em músicas japonesas, também misturam partes em inglês e em coreano; porém, independente dos ouvintes entenderem ou não o idioma, o K-Pop fez e continua fazendo sucesso até em lugares improváveis.

Mostrando alguns artistas veteranos e o processo competitivo de seleção de novos grupos de K-Pop, a série documental traz alguns depoimentos e registros audiovisuais que revelam o lado menos glamoroso desta indústria cultural. Seja pela pressão estética coreana, pelas exaustivas rotinas de treinos ou pela questão de saúde mental, o mundo dos ídolos da Coreia do Sul são um chamariz para artistas de diferentes países, mas também despertam a atenção dos fãs preocupados com o bem-estar.

Além de explorar um pouco o fenômeno do fandom de K-Pop, os três últimos episódios da série documental são bem legais para quem se interessa pelos processos de ensaio, formação e lançamento de grupos, bem como sobre a produção de um clipe do Everglow, as particularidades estéticas das produções coreanas e o árduo trabalho em equipe. 

Para quem é fluente em inglês, a série documental tem áudio em vários idiomas, mas as partes de outros idiomas, estão com legenda fixa em inglês. Em adicional, os vídeos trazem legendas disponíveis em oito idiomas: coreano, espanhol, indonésio, inglês, japonês, português brasileiro, tailandês e vietnamita. A parte chata é que em algumas partes, ficam duas legendas: em inglês (fixas) e do idioma escolhido, gerando um pouco de distração.

Assista ao trailer de K-Pop Evolution: 

Para quem gosta de documentários do mundo da música coreana, também vale a pena assistir à produção da Netflix: BLACKPINK: Light Up the Sky. Só de assistir o resumo e comentários sobre todas horas de prática e os sacrifícios feitos pela carreira artística, você fica cansado; além de levantar uma breve discussão sobre a importância do cuidado com a saúde mental.  

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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