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Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

Criminologia: Mais Atiradores em Massa sexualmente frustrados do que se imaginava

Frustração sexual é um dos elementos discutidos quando casos de tiroteios em massa são divulgados pela mídia. O professor da Universidade do Alabama e criminologista Adam Lankford e pesquisador de tiroteios em massa, terrorismo, violência na escola e mídia e crime, Jason R. Silva publicaram, em agosto de 2022, uma pesquisa no qual ele comenta que entre os tiroteios em massa mais mortais estão assassinos sexualmente frustrados, como no caso Columbine (1999), Sandy Hook (2012) e Orlando (2016).

“Atiradores em massa sexualmente frustrados mataram significativamente mais vítimas do sexo feminino do que outros criminosos, e eram mais propensos a serem misóginos, criminosos sexuais, abusadores domésticos e buscadores de fama. Eles também têm um perfil distinto”, declarou Adam Lankford em seu Twitter.

Analisando 178 casos de atiradores de massa que cometeram os crimes entre 1966 e 2021, o criminologista afirmou que muitos dos que eram sexualmente frustrados geralmente eram jovens, do sexo masculino, não eram casados, não tinham filhos e estavam desempregados. Além disso, declarou que traços como a masculinidade tóxica e melhor orientação para jovens poderia ajudar a reduzir este tipo de ameaça criminal. 

Embora os Incels tenham sido pesquisados, já que alguns atiradores em massa eram assim e tinham discursos de misoginia, Adam Lankford e Jason R. Silva lembram que eles representam só uma fração dos casos. O criminologista ressaltou que muitos desses atiradores não participavam de comunidades de Incels, tampouco conhecia suas linguagens.

“Ninguém comete assassinato de massa somente pela frustração sexual, mas parece um fator pouco estudado”, lembrou Lankford e Silva, citando que o elemento estava presente em alguns dos casos criminais recentes.

A pesquisa procurou analisar os diferentes perfis, comportamentos e vítimas entre os assassinos em massa que eram frustrados e os que não eram. O resultado foi surpreendente: segundo Lakford, quase 1/3 dos atiradores em massa dos Estados Unidos tinham problemas de frustração sexual

Outro achado interessante foi a de que diferente de criminosos que tem como gatilhos ressentimentos, como términos recentes, os que eram sexualmente frustrados não tinham maior probabilidade de sofrerem com isso do que outros assassinos. Logo, embora ambos criminosos possam ter masculinidade tóxica, ambos estão separados pela frustração sexual ou não.

O criminologista afirma que a pesquisa pode levar a novas pesquisas, até mesmo em escolas e de análise de eventos e atiradores. Mais do que gerar mais conhecimentos para entender as mentes e comportamentos desses criminosos, a pesquisa poderia ajudar com a prevenção de mais crimes e violência. Outros elementos citados são acesso aos serviços de saúde mental, menos acesso às armas de fogo e mais suporte de amigos e familiares, bem como lidar com a frustração sexual. 

Link da pesquisa: https://drive.google.com/file/d/1K42L4TFCnv3mrkO7jugrtk9hQBcxnORu/view 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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