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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Criminologia: Mais Atiradores em Massa sexualmente frustrados do que se imaginava

Frustração sexual é um dos elementos discutidos quando casos de tiroteios em massa são divulgados pela mídia. O professor da Universidade do Alabama e criminologista Adam Lankford e pesquisador de tiroteios em massa, terrorismo, violência na escola e mídia e crime, Jason R. Silva publicaram, em agosto de 2022, uma pesquisa no qual ele comenta que entre os tiroteios em massa mais mortais estão assassinos sexualmente frustrados, como no caso Columbine (1999), Sandy Hook (2012) e Orlando (2016).

“Atiradores em massa sexualmente frustrados mataram significativamente mais vítimas do sexo feminino do que outros criminosos, e eram mais propensos a serem misóginos, criminosos sexuais, abusadores domésticos e buscadores de fama. Eles também têm um perfil distinto”, declarou Adam Lankford em seu Twitter.

Analisando 178 casos de atiradores de massa que cometeram os crimes entre 1966 e 2021, o criminologista afirmou que muitos dos que eram sexualmente frustrados geralmente eram jovens, do sexo masculino, não eram casados, não tinham filhos e estavam desempregados. Além disso, declarou que traços como a masculinidade tóxica e melhor orientação para jovens poderia ajudar a reduzir este tipo de ameaça criminal. 

Embora os Incels tenham sido pesquisados, já que alguns atiradores em massa eram assim e tinham discursos de misoginia, Adam Lankford e Jason R. Silva lembram que eles representam só uma fração dos casos. O criminologista ressaltou que muitos desses atiradores não participavam de comunidades de Incels, tampouco conhecia suas linguagens.

“Ninguém comete assassinato de massa somente pela frustração sexual, mas parece um fator pouco estudado”, lembrou Lankford e Silva, citando que o elemento estava presente em alguns dos casos criminais recentes.

A pesquisa procurou analisar os diferentes perfis, comportamentos e vítimas entre os assassinos em massa que eram frustrados e os que não eram. O resultado foi surpreendente: segundo Lakford, quase 1/3 dos atiradores em massa dos Estados Unidos tinham problemas de frustração sexual

Outro achado interessante foi a de que diferente de criminosos que tem como gatilhos ressentimentos, como términos recentes, os que eram sexualmente frustrados não tinham maior probabilidade de sofrerem com isso do que outros assassinos. Logo, embora ambos criminosos possam ter masculinidade tóxica, ambos estão separados pela frustração sexual ou não.

O criminologista afirma que a pesquisa pode levar a novas pesquisas, até mesmo em escolas e de análise de eventos e atiradores. Mais do que gerar mais conhecimentos para entender as mentes e comportamentos desses criminosos, a pesquisa poderia ajudar com a prevenção de mais crimes e violência. Outros elementos citados são acesso aos serviços de saúde mental, menos acesso às armas de fogo e mais suporte de amigos e familiares, bem como lidar com a frustração sexual. 

Link da pesquisa: https://drive.google.com/file/d/1K42L4TFCnv3mrkO7jugrtk9hQBcxnORu/view 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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