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Destaques

Navillera: Drama coreano sobre o amor pelo balé na terceira idade

Quanto tempo dura um sonho de infância? Após uma vida inteira sonhando com o balé, um homem na terceira idade decide finalmente tornar realidade, com a ajuda de um jovem bailarino apaixonado pela dança. O telespectador acompanha essa não tão improvável amizade e união por uma paixão em comum no drama coreano Navillera , dirigido por Dong-Hwa Han em 2021, adaptado pelo roteirista Lee Eun-Mi em uma webtoon. Por ter mais de 70 anos, além de ter que lidar com as próprias limitações do corpo, como a flexibilidade e dificuldades de equilíbrio, o Sr. Shim (In-hwan Park) se arrisca em algo mesmo com o preconceito por parte da família em relação ao balé e à idade em que ele decidiu começar a praticar.  Do outro lado, ao mesmo tempo em que treina balé para um concurso, Chae Rok (Song Kang) assume a missão de ensinar Shim o básico sobre a dança clássica. O que se inicia como uma estranha relação adquire novos contornos conforme eles vão se aproximando e criando um vínculo que vai além das aulas

Cyber Hell: Documentário coreano da Netflix aborda casos de crime de exposição de garotas na internet

É preciso ter estômago forte para assistir ao documentário coreano Cyber Hell sobre investigação jornalística de uma série de crimes envolvendo garotas de escolas e jovens que eram humilhadas, assediadas e expostas para vários grupos em aplicativos de comunicação. Com direção e roteiro de Jin-sung Choi, o documentário de 2022 traz entrevistas com os jornalistas que tentaram entrar no submundo destes grupos criminosos e revelam a perversão por trás das mentes dos membros que faziam parte.

O que começou como uma investigação sobre um caso de vítimas em um colégio na Coreia do Sul, seguindo em direção a um dos suspeitos de perseguir as vítimas e ameaçá-las em troca de conteúdos pornográficos delas, acabou ganhando mais profundidade, conforme outros leitores passaram o nome de um dos responsáveis por um grupo maior, que visava jovens mulheres, as quais ele atraia com falsas ofertas de emprego.

“Não era nem um vídeo pornográfico caseiro de algum voyeur. O que eles faziam era dar missões às mulheres. Elas tinham que fazer coisas grotescas, bizarras. E todos no grupo assistiam juntos”, afirmou o jornalista que liderou as investigações.

O nível dos ataques à privacidade das vítimas era tanto que eles coletavam informações pessoais, números de documentos e endereços. No caso do grupo envolvendo vítimas do colégio, o jornalista que liderava a reportagem chegou a ser vítima e fotos dele com a família foram expostas no grupo.

A falta de controle externo sobre os gerenciadores de grupos em aplicativos de comunicação, como o Telegram, onde as humilhações e as trocas de fotos e vídeos de garotas e mulheres sendo humilhadas e expondo seus corpos dão à história um toque de filme de thriller, conforme você percebe que embora os jornalistas vão se envolvendo, o trabalho da polícia não é capaz de alcançá-los e se revela o prazer sádico de um dos líderes de grupos de mostrar ‘quem está mandando’.

Baksa, o responsável pela criação das salas e um dos vendedores de conteúdos ilegais recebia pagamentos em criptomoedas, o que para muitos, dava um senso de anonimidade. O documentário coreano nos faz refletir o quanto crimes parecidos podem acontecer em diferentes partes do mundo e passarem despercebidos, até que alguém decida investigar e denunciar.

Apesar de ter sido um trabalho que cobrou bastante da saúde mental dos jornalistas, sem o pontapé inicial muitos sairiam impunes dos crimes terríveis que cometeram. Além das chantagens e constrangimentos de serem expostas na Coreia do Sul, não dá para ter dimensões de quantas pessoas tiveram acesso aos conteúdos ilegais pagando ou não.

Uma discussão que é levantada no documentário é sobre o quanto as pessoas que estavam consumindo o conteúdo também estavam cometendo crimes, alguns se envolvendo de forma ativa também participando de comportamentos de perseguição e humilhação das vítimas. 

Conforme as investigações jornalísticas e policiais avançam e mais informações do desenrolar dos casos são fornecidas ao telespectador, embora nada apague o sofrimento e o trauma das vítimas, pelo menos bate um alívio de saber que muitos foram responsabilizados. 

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.


Comentários

  1. Falando em.exposição vcs ja leram O ovo da serpente da jornalista CONSUELO DIEGUEZ sobre como o bolsonarismo.conseguiu chegar ao poder? Não da.pra parar de.ler. é da CONSUELO DIEGUEZ. O blog poderia fazer uma resenha.

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