O livro Tempo de Cura, da autora Monja Coen, está repleto de reflexões e foi escrito no período da Pandemia de Covid-19, no período em que o Brasil e o resto do mundo estava lidando com questões como o isolamento social e o uso de máscaras respiratórias, bem como com pessoas que se negavam a seguir as orientações de saúde pública. O livro foi publicado pela editora Academia, em 2021.
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Em um período difícil, no qual as pessoas tiveram que lidar com a solidão, doenças e mortes, o livro escrito pela Monja Coen serviu como bálsamo para acalmar os corações e mentes – e pode ser lido até nos dias atuais, pois nunca estamos completamente imunes a passar por uma próxima pandemia e a doença permanece causando impactos para a saúde da população.
Compartilhando suas primeiras experiências com o zen e a meditação, Monja Coen é certeira em falar sobre a importância da paz e da cura e da preocupação com o bem-estar coletivo, dando como exemplo as orientações que eram seguidas no Japão. Ela explica que quando o medo pessoal é deixado de lado e as pessoas conseguem perceber que estão interconectadas.
“A oração e a meditação são suficientes se você se observar em profundidade, a sociedade à sua volta e agir para transformar” – Monja Coen, Tempo de Cura
Com os ensinamentos do budismo, a Monja Coen fala sobre a importância de aproveitar o instante presente. Sobre a importância da união, ela chega a mencionar os eventos que acontecem com outros religiosos, mantendo firme as próprias crenças, mas escutando e acolhendo líderes religiosos de diferentes abordagens.
Misturando histórias de sua própria vida, suas experiências religiosas anteriores com ensinamentos do budismo, a monja nos leva a refletir sobre a questão de saúde coletiva e a importância de manter a fé na cura.
“Solidariedade, compartilhamento, inclusão se tornam causas, condições, resultados e fatores da cura” – Monja Coen, Tempo de Cura
Com as palavras e histórias contadas, é possível refletir também sobre a guerra e a paz. Ela chega a citar os campos de extermínios nazistas e relata a crueldade a qual milhares de pessoas foram submetidas, bem como faz breves comentários sobre o racismo ainda tão enfrentado no Brasil. Além da cura pessoal, ela fala sobre a importância dessa cura social e alerta sobre os perigos das armas de fogo.
Com anotações do final de 2020, onde ainda estavam testando a vacinação contra Covid-19, a monja torcia para que as vacinas finalmente pudessem usadas na população e as pessoas pudessem tirar suas máscaras e revelarem suas verdadeiras faces.
Ela encerra o livro pedindo para que as pessoas busquem a meditação, para que possam se tornar mais interconectadas com os outros e, assim, contribuir para uma cura.
“A mente nos causa mais transtorno do que os outros podem causar […] Por isso é importante a prática de observarmos em profundidade a própria mente, para não sermos enganados por nós mesmos. Para que sejamos capazes de encontrar o caminho da cura” – Monja Coen, Tempo de Cura
O livro impresso está disponível na Amazon e livrarias. Se você é assinante da BibliOn (biblioteca digital de São Paulo), é possível encontrar exemplar do eBook para leitura.
*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
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