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O Dia Em Que O Twitter/X Parou no Brasil
Após um hiatus do blog, não poderia deixar para passar por aqui e falar sobre o dia em que o Twitter/X parou no Brasil, uma das redes sociais mais queridinhas dos brasileiros. Após tantos anos de anunciação da morte da plataforma, chegou o dia em que ela foi suspensa por aqui.
Por questões relacionadas às fake news e atos antidemocráticos cometidos por uma parte da população e descumprimento de decisões judiciais, a maioria da população que usava o Twitter/X pagou o preço da suspensão, sendo impedidos de usar a tecnologia de VPN para acessar a rede social com risco de multa de R$ 50 mil por uso diário.
A decisão não afeta somente Elon Musk ou quem propagava informações falsas na rede social, mas todos que usavam a plataforma seja para produzir e/ou consumir conteúdo. Bem distante de ser a primeira fonte de verdade do Brasil, como alegou Elon Musk – afinal, as decisões judiciais pendentes são justamente sobre fake news antidemocráticas.
A decisão de Alexandre de Moraes aumentou a pressão nas redes sociais, especialmente por ser tão próximo das Eleições 2024, temporariamente se tornando um canal a menos de informação. Ao invés de nomear um representante legal no Brasil e pagar as multas, desde a decisão de Alexandre de Moraes, Musk usou o X (antigo Twitter) para postar memes, ofender e ameaçar divulgar a suposta lista de decisões criminais do ministro do STF.
Com a multa para quem usar VPN, muitos brasileiros decidiram migrar temporariamente para outras redes sociais, como a Bluesky e Threads (da Meta, também dona do Facebook e Instagram). Brasileiros chegaram a lembrar da indiana Koo, que funcionou temporariamente durante um período prévio de possível fuga de usuários do Twitter/X.
Desde que Elon Musk comprou o Twitter, muitas especulações internacionais de que a plataforma morreria foram levantadas. Agora que ele tem revelado um lado mais político, ele alega que a liberdade de expressão está em perigo não só no Brasil, como em várias partes do mundo, tendo chegado a dizer que em 2030 as pessoas do Reino Unido seriam presas por curtir um meme.
Mesmo sendo uma decisão impactante para muitos brasileiros, muitos escolheram ficar ao lado da decisão do Alexandre de Moraes e atacaram Elon Musk nas redes sociais. E, claro, também tem quem tenha defendido Musk e criticado a decisão como se fosse uma censura. Jornalistas que cobrem questões internacionais, como as eleições norte-americanas, se questionaram se também seriam multados pelo uso de VPN.
Ainda é cedo para especular quanto tempo vai levar para o X deixar de ser suspenso no Brasil, visto que publicamente pela própria plataforma, Elon Musk não tem demostrado nenhum interesse em dar o braço a torcer. Mas não são só os amantes do X que saem perdendo, muitas contas internacionais relacionadas à cultura Pop, por exemplo, se revelaram ser administradas por brasileiros, sem mencionar a possível dor de cabeça para resolver questões relacionadas à assinatura do X e das empresas que pagam anúncios publicitários.
Enquanto parte dos brasileiros está feliz pela derrubada de uma rede social que faz vista grossa para conteúdos de desinformação, outra alimentada pelos posts do Elon Musk vê como uma decisão autoritária, chegando a comparar o Brasil com outros países, como China, Rússia, Irã, Coreia do Norte e Venezuela.
Para muitos brasileiros que recorriam ao Twitter para conferir se outras redes sociais estavam fora do ar, de forma inédita, agora estão acompanhando o desenrolar do caso em outras plataformas. Sem saber quando o X voltará a funcionar, alguns comemoram a decisão e outros veem como um ato de censura.
Tudo isso não teria acontecido se Elon Musk não tivesse mandado fechar o escritório do X no Brasil e acatado a legislação brasileira. Enquanto o X permanece sem funcionar, brasileiros estão descobrindo e redescobrindo outros aplicativos com funções parecidas. Mas há todo um receio de contas que existem há anos no Twitter de que a situação não vá se resolver rapidamente. Também há quem ache que a decisão de Alexandre de Moraes possa abrir precedentes para questões semelhantes na União Europeia e outras partes do mundo.
*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
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