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5 Motivos para assistir Uma Dose Diária de Sol

Setembro Amarelo já está quase chegando ao final e em breve teremos o Janeiro Branco. Para quem gosta da temática de saúde mental, independente se é familiarizado ou não com dramas coreanos, vale a pena assistir a série Uma Dose Diária de Sol (Daily Dose of Sunshine), lançada em 2023 e disponível na Netflix.

Quando uma enfermeira é transferida para a ala psiquiátrica, ela descobre que há muita coisa a aprender sobre o ambiente, os colegas de profissão e até sobre si mesma. A abertura a algo novo acaba a fazendo entender melhor como as coisas são diferentes de uma enfermaria tradicional, a importância de ter empatia, mas também de estabelecer limites por causa da fadiga por compaixão e   da própria saúde mental.

O kdrama venceu o prêmio de Melhor Drama na Blue Dragon Series Awards, aumentando ainda mais a importância de uma produção coreana sobre saúde mental com potencial de furar a bolha da Dramaland e conquistar telespectadores pelo mundo inteiro. A atriz que interpretou a protagonista, Park Bo Young ganhou um Emmy na categoria de Melhor Comédia Dramática, o que deixou alguns telespectadores confusos pelo título de comédia.

5 Motivos para assistir Uma Dose Diária de Sol:

1) Empatia: Já tentou se colocar no lugar de alguém sofrendo por algum transtorno mental? Muitas pessoas têm dificuldade de entenderem algo pelo qual elas não estão passando. De primeira vista, uma clínica de internação de pacientes psiquiátricos pode causar estranhamento até mesmo para os profissionais, quem dirá pelas pessoas internadas. É, muitas vezes, por meio da empatia que os dias se tornam menos longos. Muitas pessoas conhecem alguém que já foi internado, mas poucos sabem como realmente é a experiência, muitas vezes, desagradável, ainda que necessária dependendo do caso e dos riscos.

2) Importância de pedir e aceitar ajuda: Nem sempre as pessoas estão em condição de pedir ajuda e precisam de alguém de fora para perceber. Tão importante quanto o processo de pedir e aceitar a ajuda, é o de seguir firme no tratamento, seja dentro ou fora da internação psiquiátrica, especialmente em casos de transtornos mentais crônicos que, muitas vezes, mesmo com o tratamento, há o risco de ter uma recaída. Se tornar parte do processo, indo além das medicações, pode ajudar e fazer toda diferença. A série peca ao mostrar enfermeiros e psiquiatras, mas ao não exibirem profissionais tão importantes, como as psicólogas. 

3) Aderir ao tratamento: Seja nos dias bons ou ruins, muitas pessoas acabam abandonando o tratamento sem consultarem os profissionais de saúde mental, muitas vezes acreditando que estão curados ou que já se sentem bem o suficiente. Porém, além de levar um tempo para o tratamento funcionar, é importante entender que há condições que necessitam de tratamento para a vida toda e aquelas que podem apresentar períodos de melhora e piora, sendo importante a psicoeducação para entender melhor a própria condição.

4) Rede de apoio: Adoecer de forma inesperada ou até mesmo de forma previstas. Passar sozinho por um transtorno mental pode ser algo complicado, mesmo muitas vezes contando com o apoio profissional. Ter pessoas que entendam a condição e saibam como ajudar de alguma forma pode fazer toda diferença, especialmente quando não levam para o lado pessoal determinados comportamentos que são resultantes dos transtornos mentais. No caso da depressão, por exemplo, abordada na série, alguém que sempre parecia iluminar os lugares pelos quais passava e descobrir o lado cinzento da vida, pode parecer um choque, ainda mais quando a própria pessoa desenvolve uma resistência a aceitar que precisa de ajuda. Nestas horas, uma rede de apoio pode ajudar a levar os dias com mais empatia, aceitação e laços afetivos. Seja por ignorância ou por falta de empatia, apesar dos profissionais recomendarem aos pacientes uma rede de apoio, vale a pena lembrar que nem todos têm.

5) Saúde mental é um problema universal: Qualquer pessoa pode desenvolver um transtorno mental, independente de sua classe social, ainda que fatores relacionados ao trabalho e questões da sociedade possam agravar a situação. Porém, há quem entre no modo de negação quando descobre que um parente está doente e que não saiba como lidar com a situação, muitas vezes ignorando a gravidade de determinados casos.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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