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Destaques

Deixava ir

Nem tudo precisava ser dito. Havia algo mágico em não dizer. Longe de ser um último ato de covardia, era um auto de libertação. Tinha aprendido a dizer não só longo do ano. Tinha aprendido que nem sempre precisavam ceder. Tinha aprendido que duas coisas did poderiam ser verdades e não precisava se pressionar. Estaria mentindo se dissesse que não sentia saudade, mas também sabia que era algo unilateral. Enquanto um se silenciava para o outro, o outro continuava buscando, então, para equilibrar, decidira fazer o mesmo. Foi somente quando deixou de ir atrás que começou a sentir o respeito voltar aos poucos. Foi ao aceitar que eram tão diferentes que qualquer afeto que havia entre os dois não importava. Foi deixando tudo ir, na esperança de não estragar o próprio fim de ano. Um ano era mais do que o suficiente para conversar. Mas de um jeito ou de outro, se evitaram. E as coisas foram se acumulando. Foi ao deixar o outro finalmente livre que poderia sentir a própria liberdade. Deixar ir ti...

6 Motivos para ler Dopamina: A molécula do desejo

Demonizada ou glamorizada, cada vez mais tem se falado sobre a dopamina, uma substância que está relacionada às coisas que fazemos e sentimos. O psiquiatra Daniel Z. Lieberman e o escritor Michael E. Long escreveram um livro acessível sobre o assunto, facilitando a compreensão sobre nossos hábitos, vícios e a criatividade, entre outras coisas que são influenciadas pelo neurotransmissor.

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Dopamina: A molécula do desejo é um ótimo livro para entender um pouco mais sobre comportamento humano e como nossas decisões podem ser influenciadas em diversas áreas da vida, desde o amor e o sexo, até passando por processos criativos e vícios. 

“A dopamina não tem um padrão para o que é bom nem uma linha de chegada. Os circuitos de dopamina no cérebro só podem ser estimulados pela possibilidade de algo que seja brilhante e novo. Não importa que as coisas estejam perfeitas agora. O lema da dopamina é: “Quero mais”” – Daniel Z. Lieberman e Michael E. Long
 

Confira 6 Motivos para ler Dopamina: A molécula do desejo:

1) Amor

Embora seja importante inicialmente para o amor, para que dure, os autores explicam que é preciso passar por uma transição para outras substâncias químicas do cérebro. Seria como ir da fase do amor apaixonado, no qual a dopamina tem papel fundamental e seguir para o amor companheiro, mais focado no mundo real.

2) Drogas

O uso de drogas pode alterar a quantidade de dopamina, um dos motivos para se tornarem tão viciantes, criando cada vez desejo por mais e mais. Diferente da dopamina natural, as drogas aumentam de forma artificial. Os autores lembram que a intensidade do pico de dopamina pode mudar de acordo com as drogas. 

“As drogas viciantes atingem o circuito de desejo com uma intensa explosão química, que nenhum comportamento natural pode igualar. Nem comida, nem sexo, nem nada” – Daniel Z. Lieberman e Michael E. Long 

3) Desejo

O desejo e/ou motivação de fazer as coisas pode ser influenciado pelo sistema de recompensa da dopamina. Os autores explicam que algumas pessoas têm tanta dopamina que são movidas por suas conquistas profissionais, por exemplo, sempre indo atrás da próxima coisa e com dificuldade de aproveitar o momento presente. 

“Não basta vencer o Tour da France. Não é suficiente vencer duas ou sete vezes. Vencer nunca é suficiente. Nada basta para a dopamina. É a busca que importa – e a vitória, mas não há linha de chegada, e nunca haverá. Vencer, assim como as drogas, pode ser viciante” – Daniel Z. Lieberman e Michael E. Long

4) Medicamentos

Pessoas com determinadas doenças, como o Parkinson podem ter deficiência de dopamina e os medicamentos podem aumentar o nível, levando a comportamentos prejudiciais e destrutivos, como o vício em jogos de aposta e a hiperssexualidade. As anfetaminas que costumavam ser usadas em 1960 também são citadas no livro, bem como as drogas para tratamento do TDAH.

5) Jogos e internet

Para algumas pessoas, o vício em jogos é uma realidade. O assunto tem sido cada vez mais discutido na sociedade e a dopamina acaba desempenhando um papel, por exemplo, por meio de bônus e diferentes formas de manter o jogador preso no jogo, incentivando determinadas ações. Sem mencionar as redes sociais que se tornam viciantes por meio de mecanismos de recompensa.

6) TDAH

Segundo os autores, as pessoas com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) tem podem ter problema de controle de impulso, pois tem baixa dopamina de controle, além de serem mais propensas a desenvolverem dependência. E o tratamento consiste em medicamentos que aumentam a dopamina.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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