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Destaques

Viver e aprender

Viver era uma constante fonte de aprendizado. Havia quem usava a internet só para se distrair, mas há também quem usava para procurar conteúdos relevantes, ajudando a entender melhor sobre o que está passando. Nenhum conteúdo substitui sessões de terapia nem acompanhamento médico, porém podem ser úteis no processo de desenvolvimento de autoconhecimento. É somente ao entendermos o que estamos passando que, muitas vezes, podemos mudar de direção. Em vez de ficar preso no ciclo de ruminação, muitas vezes escutar um profissional da área falando sobre o assunto pode fazer toda diferença. Escolher se autoaperfeiçoar, dia após dias, também era um ato de amor-próprio. Tinha tantas informações boas na internet. Era possível selecionar e filtrar o que desejava. Mas muita gente preferia se focar em usar como uma mera distração. É nas pequenas mudanças de hábitos que vamos nos transformando. Ao identificarmos nossas limitações e o que podemos melhorar, temos a oportunidade de tentar desenvolver es...

Fogos de artifício no peito

Enquanto os fogos de artifício explodiam no céu, dentro do peito algo também explodia. A mensagem que havia esperado durante anos havia chegado e com ela, tudo aquilo que havia receio em ler.

Palavras que mesmo contidas eram capazes de machucar. Lia, relia e relia, enquanto o barulho no céu se misturava ao som das batidas do coração. Era o timing perfeito. Precisava de uma resposta, mais uma oportunidade de cair na realidade e apesar de ficar insatisfeito e frustrado, sabia que tudo o que poderia fazer era respeitar o desejo do outro.

Entre memórias felizes e outras não tão felizes, apesar dos anos terem passado, continuava nutrindo sentimentos, como se tivesse congelado no tempo. Sua parte racional sabia que não era saudável, mas sua parte romântica fantasiava que algum dia iriam voltar a se falarem.

Então, depois de tanto engolir as emoções, decidira colocá-las para fora: em vez de explodir, temia implodir. Palavras que para ele nada significavam, como se eu estivesse falando em outra língua, de outra pessoa – não de quem ele era.

Muitos e muitos anos se passaram, mas o arrependimento de como as coisas foram no final nunca o haviam abandonado. Se ao menos pudesse voltar no tempo e fazer tudo diferente. O futuro era completamente incerto e o presente marcado por uma ausência que era sentida e tentava se reconfortar dizendo que se era o melhor para ele, pois que fosse assim.

Fez uma pausa para olhar os fogos queimando no céu. Era assim que seu corpo sentia sempre que pensava nele. O fogo foi iluminando, em seguida tudo o que conseguia ver era o céu de estrelas. Por alguns minutos, o coração havia pegado fogo, até virar faísca e tudo ficar frio e escuro.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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