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Ter um ou mais transtornos significa que o estigma fará as pessoas não te enxergarem do mesmo jeito. Às vezes tudo o que você precisa é se recolher e praticar autocompaixão. Alguns dias são mais pesados do que outros, mas você aprendeu que daria conta. O amor que sufoca é controle – nada do que desejaria para si mesmo ou para qualquer outra pessoa. Então, se lembrava de cada palavra escrita, mas também se lembrava da importância de ter que lidar sozinho. O óbvio nem sempre precisa ser dito. Ia, então, vivendo um dia de cada vez, se despedindo do passado e evitando o excesso de pensamentos no futuro.  Escrevia para se lembrar do que nunca mais queria para a sua vida. Escrevia na esperança de um ponto final. Escrevia para mostrar que mesmo no silêncio de um ano, as coisas mudaram. *Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo . Autor do livro de terror  Escrita Maldita , p ublicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano:  O Círculo (Vol.1)...

Sobre seguir a jornada do escritor

Toda escolha vinha acompanhada de um preço. Cabe a cada um se perguntar se está disposto a pagar. Encarar de frente o fracasso e o sucesso, os altos e os baixos, mas sempre honrar sua jornada, consciente de que ela é única e ninguém pode percorrer o caminho por você.

Se havia algo belo na vida era que ninguém poderia quem você é. Logo, ainda que em determinadas situações sejamos substituíveis, em outras, somos o único que pode fazer o que precisamos fazer. Assim pensando na inteligência artificial que vem assombrando muitos profissionais, se há algo que podemos aprender é que independente do volume de conhecimentos que ela tenha, ela nunca será você.

São necessários autocompromisso, autorresponsabildade e autoestima para manterem as coisas funcionando bem. Há coisas que só você pode fazer por você, independente de quanto o outro tente ou deseje ajudar, como, por exemplo, se comprometer com suas atividades, mudanças de hábitos e rotina.

Há coisas que só entendemos quando é tarde demais, mas nem sempre precisa ser assim. Quando você ignora sinais que a vida está te dando, muitas vezes você só se dá conta de como alguns comportamentos prejudiciais podem estar te afetando e qual é a sua responsabilidade em impor limites e mudar isso.

Escrever mais do que uma paixão, um ofício, era uma necessidade. Escrever para se aproximar mais de si mesmo, escrever para aproximar o outro. Era durante a escrita que podia compartilhar realidades em comum e descobrir que não estava sozinho, que muitas pessoas passavam pela mesma situação.

Não importava se estava escrevendo ficção ou não ficção, de alguma forma, a escrita unia as pessoas. Foi, então, deixando as partes quebradas de si formarem algo novo e se dando conta de que ao compartilhar o texto com os outros, também estava compartilhando um pedaço de si mesmo. No final, a pessoa que escreveu e a pessoa que publicou já não eram a mesma pessoa e seguia em frente, aceitando as pequenas e as grandes mudanças da vida, consciente de que eram nos pequenos passos que a magia acontecia.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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