Pular para o conteúdo principal

Destaques

Dois meses sem fumar cigarro

Quando eu comecei a parar de fumar cigarro, a primeira coisa que eu tinha em mente era a de que não queria ser o tipo de pessoa que fica contando com frequência há quanto tempo estava sem fumar, até me dar conta da importância disso, pelo menos no início. Aos dois meses sem fumar cigarro, a tentação e a fissura diminuem, tornando mais fácil de lidar com a ausência da nicotina. No início, é normal que haja um estranhamento do horário em que costumava fumar agora estar sendo usado para outra coisa, mas com o passar do tempo, as coisas melhoram. Ao mesmo tempo em que não via a importância de contar o tempo sem cigarro, uma parte de mim não acreditava que conseguiria ficar tanto tempo sem cigarro, como se fosse ficar preso em um constante ciclo de recaídas, mas a verdade era que havia conseguido e tinha como plano continuar longe do cigarro. Então, sim, depois de um tempo sem o cigarro e a nicotina, as coisas realmente melhoram, não é só algo que dizem para inspirar a pessoa a não desi...

LGBTQIA: Por um mundo com mais personagens diversos

Seja em filmes, séries ou livros, personagens com LGBTQIA fazem toda diferença para que o público se reconheça como parte da história. Se houve um período em que havia pouca representatividade, os tempos estão mudando e hoje em dia é possível ver cada vez mais personagens diversos.

Enquanto grande parte da geração cresceu sem se ver nas telinhas e livros, nos dias atuais há cada vez mais autores e personagens LGBTQIA, e isso faz muita diferença na vida das pessoas. É importante poder se identificar e acompanhar histórias, seja lá qual o tipo, nas quais pessoas diversas também são incluídas.

Lembro-me de quando comecei a escrever contos. Uma das editoras pela qual tive contos gays publicados fechou há muitos anos. Na época, mesmo a ideia de ter uma editora focada para o público LGBTQIA, as coisas pareciam impossíveis financeiramente. Editoras grandes que antes evitavam publicar obras LGBTQIA, agora publicam também, além da importância das médias, pequenas editoras, editoras independentes e autores independentes.

Minha geração cresceu com a vida adulta gay em Queer as Folk, há mais de 20 anos. Já a geração atual tem uma obra-prima como Heartstopper, com personagens adolescentes se descobrindo sobre suas sexualidades e mostrando suas amizades e amores.

É com grande satisfação que vejo mais autores LGBTQIA nas redes sociais divulgando seus livros, quer tenham sido publicados por editoras ou publicados de forma independente. Apesar do preconceito ainda ser grande, eu diria que a produção e o acesso às obras, sejam literárias ou em plataformas de streaming estão cada vez maiores e com mais possibilidade do que se escolher.

Que as coisas continuem crescendo. Que mais obras literárias LGBTQIA sejam lançadas. Que mais filmes e séries se foquem no universo LGBTQIA. Que mais autores continuem escrevendo e mostrando um pouco da nossa realidade, seja em obras de não ficção, documentários ou obras fictícias. Que as pessoas tenham o prazer de enxergar um personagem e poder se identificar com suas histórias. Que as novas gerações tenham a oportunidade do que anteriores não tiveram e que saibam reconhecer cada pequena vitória.

*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

Mais lidas da semana