Abrir mão do controle
O excesso de controle poderia fazer tão mal quanto à falta de controle. Era ao compartilhar as experiências que conseguia voltar a respirar em paz.
Não precisava passar por tudo sozinho. Experiências do passado não necessariamente iam se repetir. Porém, estar consciente dos riscos era se aproximar mais da estabilidade.
A ansiedade poderia ser tão ruim quanto uma crise. Era necessário saber como abrir mão do controle e acreditar um pouco nas coisas do jeito que elas eram.
Ao inspirar, ia se conectando com a paz interior. Ao expirar, se soltava do peso que o pressionava contra o chão. Ao sentir o momento presente, se soltava do passado e se permitia estar no aqui e agora.
Era somente ao encontrar flexibilidade nos limites, que permitia a respiração leve. Tornar tudo pesado e engessado não era a resposta. O excesso escondia uma falta: nem sempre era possível estar com tudo sob controle.
Aceitando as coisas como elas eram, consciente de que, às vezes, o melhor já estava sendo feito e tudo o que poderia fazer para melhorar a situação era relaxar. Ao relaxar, ia abrindo espaço dentro de si, abrindo oportunidades no aqui e agora.
*Ben Oliveira é escritor, formado em jornalismo. Autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.
