Exercício de esperança
Não querer saber e não saber são coisas diferentes. Às vezes a vida joga na nossa cara algo que gostaríamos de não ter entrado em contato e tudo que resta é seguir em frente.
Às vezes, você lembra com carinho de alguém que não faz mais parte da sua vida, mas você sempre vai desejar o bem. Como também pode acontecer o contrário, pessoas que passaram por suas vidas, tiveram mais chances do que deveria e você seguiu em frente.
Assim é a vida, com suas contradições. Guardar um pedaço do outro, mesmo que você não faça mais parte daquela realidade. Em outros casos, se afastar totalmente e evitar correr o risco de ser compreensivo demais.
Quando você finalmente aprende que nem todo mundo fica, muita gente vai e está turo bem, você se permite tratar com mais leveza quando também foi a pessoa que não faz mais parte da vida do outro, sem guardar qualquer rancor. É somente quando você deixa ir, que descobre que nem sempre é amado ou útil, mas talvez no passado tenha causado tantas boas sensações, que estar desconectado no presente talvez seja a menor das coisas. Há pessoas que lembramos com carinho e há que pessoas que gostaríamos de nossos caminhos nunca terem se cruzado antes. De todo mundo, lidar com as contradições é um exercício de esperança.
