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Destaques

A toxicidade do outro

Mudança de hábitos significava muito mais do que parar um hábito, também significava substituir por novos hábitos. Ia mudando, usando o mesmo tempo que costumava usar para falar com o outro, focando mais em si mesmo. Independente de reconhecer a toxicidade do outro, não cabia a ele vestir o papel de vítima: uma vez afastado, tudo o que tinha que fazer era seguir em frente. Mas toda mudança de comportamento era mais fácil na teoria do que na prática.  Uma vez que os limites eram estabelecidos não olhava para trás. Provavelmente não era a última vez que ignorava as bandeiras vermelhas de alguém, mas já não era ingênuo a ponto de achar que iam mudar, principalmente sem ajuda psicológica. Havia algo na autorresponsabilidade que não se podia cobrar do outro, que ele deveria querer mudar por conta própria ou continuar repetindo padrões destrutivas ao longo da vida e achando que se trata somente de coincidência, dos signos, ou seja lá qual desculpa a pessoa inventar. Existia um limite de ...

Amores de plástico

Texto: Ben Oliveira

Enquanto algumas pessoas quando saem de um relacionamento preferem tentar apagar o outro da memória, eu prefiro deixar vivo cada momento e sensação, bons ou ruins. Às vezes é preciso sangrar e enfrentar a realidade. Nem sempre estancar é a melhor solução, quando você sabe que eventualmente este corte vai cicatrizar, todavia, é preciso ser sensato e não deixar que os anticoagulantes te façam perder todo o sangue. Acelerar o processo pode garantir uma melhora momentânea e aparente, mas a longo prazo, em seu interior você pode estar com uma hemorragia.


É preciso esquecer para seguir em frente? Eu diria que é preciso aceitar. Esquecer ou não é opcional.

O ritmo alucinante da Internet tem se incorporado aos nossos cotidianos e, consequentemente, em nossos relacionamentos. Da mesma forma que obtemos informações em questão de segundos, vínculos podem ser criados e desfeitos na mesma velocidade.

Dizem que o amor vem com o tempo: afinal, como é possível amar aquilo, ou melhor, aquele, que não conhecemos? Não confundir a paixão com o amor é fundamental. "Eu te amo", "Você me completa" e "Por onde você andou esse tempo todo?" são ótimas frases de ouvir quando sinceras e vindas diretas do coração. É preciso ter bom senso para dizer palavras que podem mudar a vida de alguém, mas que fora de contexto perdem o sentido.

Alguns momentos depois do relacionamento acabar, o "tudo" torna-se "nada", o "amado" um mero desconhecido e todo o presente e futuro são teletransportados automaticamente para um passado distante.

Bem-vindo à realidade, onde os relacionamentos duram tanto quanto o prazer de comprar aquele lindo par de sapatos da vitrine, que combina muito bem com o coração de plástico do seu manequim favorito.

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