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Destaques

Sem talvez

Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...

Sobre a Esperança, os Contos de Fadas e o Amor

Impossível assistir Once Upon A Time sem se emocionar e refletir sobre a vida. O seriado mostra como seria a vida dos personagens de contos de fadas se estes vivessem no mundo real, leia-se aquele em que nós vivemos, sem magia. Quando ficção e realidade se misturam, literalmente. Se eu pudesse resumir a série em uma palavra, certamente seria: Esperança.

A falta de magia para os personagens da série equivale à falta de amor para nós nos dias de hoje. As pessoas estão divididas entre aqueles que não acreditam em relacionamentos, às vezes, por medo de sofrerem, outras por não quererem se prender, e os que acham que aquilo o que sentem é amor, quando não passa de um sentimento superficial, por vezes egoísta, possessivo e destrutivo.

Acreditar na magia e no amor fica cada vez mais difícil quando tudo o que você encontrou pelo caminho te provou justamente o contrário. Experiências deveriam somar e contribuírem com o aprendizado, e não te fazerem desistir diante dos desafios.

Ao longo da série vemos a luta constante de Henry, filho da protagonista da série, Emma, tentando fazer com que sua mãe biológica acredite que os contos de fadas existem. O garoto explica para a mulher que uma maldição lançada pela Rainha faz com que todos os personagens esqueçam de quem eles realmente são e somente ela pode salvar a todos, mas a missão torna-se inviável quando Emma mostra-se uma pessoa extremamente cética.

Como fazer alguém acreditar em algo tão improvável como a magia? O garoto tentou inúmeras tentativas, sem mencionar uma ajuda especial do Pinocchio que tentou mostrar o seu corpo de madeira para Emma, mas nada importava, porque só enxergamos aquilo o que desejamos ver.

De forma semelhante a vida, aprendemos a dar valor em algumas coisas só depois que a perdemos. Isso quando aprendemos... Por que algumas pessoas cometem os mesmos erros a vida toda. Foi preciso que Henry quase morresse para que Emma finalmente enxergasse a verdade.

Quantas mortes ou fins poderiam ser evitados caso as pessoas acreditassem mais no amor, naquele que na série, talvez pela raridade, é considerado “a magia mais poderosa”? As pessoas só veem aquilo que desejam, e muitas vezes é preciso mais do que uma luz para as tirarem da escuridão que habitam. Perdas também podem ser ganhos

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