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Destaques

Desarmando alarmes

Relaxar é muito mais fácil na teoria do que na prática. Desarmar o sistema de alarmes da ansiedade que, vez ou outra, pode apitar ainda que nada esteja acontecendo. É somente ao aceitar se soltar do peso de estar alerta o tempo inteiro que conseguia aproveitar o momento presente. Não poderia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Era abrindo mão do controle que se permitia encarar as coisas como elas eram. O excesso de controle não faria o problema desaparecer. Pelo contrário, muitas vezes precisava de uma distância saudável para se autorregular.  O medo e a ansiedade significavam que era algo que precisava prestar atenção, mas também eram lembretes de não levar tão a sério. No final das contas, estar bem era muito mais do que não estar em crise. O excesso de ansiedade poderia dar uma falsa ilusão de que tudo estava sob controle, mas era ao abrir a mão e confiar que conseguia voltar a viver: era mais do que um diagnóstico. Ao mover a atenção, pouco a pouco ia se permitindo viver o aq...

Somos Heróis das Nossas Histórias

Após aprender um pouco sobre o herói e sua importância nas narrativas, percebi que todos nós somos os protagonistas de nossas jornadas, por isso acabamos
nos identificando com personagens de livros, séries e filmes. Devemos parar de esperar alguém para nos salvar, olhar para o espelho e reconhecer que somos os melhores heróis que poderíamos ter.

Desde o dia em que nascemos, saímos de um mundo comum, confortável e protegido, para um mundo de situações desconhecidas, onde precisamos lutar diariamente pelas nossas vidas, matar dragões, enfrentar fantasmas e nossos próprios demônios. No entanto, passamos por desafios e testes, superando limitações, medos, inseguranças, e não valorizamos nossas atitudes heroicas. Todos aqueles que lutam pelo seu desenvolvimento deveriam se orgulhar de si mesmos.

A todo instante nossos ciclos se repetem. Somos desafiados a viver algumas aventuras pela vida, hesitamos até termos coragem para aceitá-las e partimos rumo a um novo trabalho, curso, academia, boate, viagem, mudança. Estamos sempre em busca de nossas identidades, essências. Não somos sempre bem ou mal, nos comportamos de cada maneira de acordo com o que vem pela frente.

Nossos medos nem sempre são reais, palpáveis, observáveis externamente. Nossas recompensas não são só financeiras, às vezes, recebemos amor, amizade, família, confiança, coragem, felicidade, porém também lidamos com a doença, velhice, desilusão e morte. Faz tudo parte do nosso teatro da vida e é por essa e outras que nos emocionamos quando assistimos, ouvimos e lemos histórias parecidas com as nossas contadas por aí. Somos todos iguais e diferentes. Carregamos uma herança coletiva, mesmo quando não imaginamos.

Alguns heróis são mais valentes, corajosos e não temem o desconhecido, se divertindo com suas aventuras, enquanto outros são mais retraídos, inseguros e assustados com o futuro. Não importa como somos, estamos sempre agindo, em movimento e nossas atitudes definem como será a nossa jornada.

Pergunto-me por que ficamos tão desejosos e aficionados pela perfeição, quando os melhores heróis da literatura e do cinema, os quais adoramos nos espelhar e também servimos como fonte de inspiração, são aqueles com características mais humanas, imperfeitas, beirando à loucura, com suas manias e defeitos.

Os heróis precisam passar por todas essas etapas da jornada antes de desfrutarem da felicidade, experiência, transformação e conhecimento. Precisamos continuar na estrada de tijolos amarelos. Só então, quem sabe, aprenderemos como Dorothy, a importância do nosso lar, amigos, coração, mente, alma, esperança, amor e coragem. Como todo herói, fazemos sacrifícios ao longo do caminho e não devemos desistir, para perceber que tudo vale a pena e faríamos tudo de novo se fosse possível. E a jornada do herói recomeça. No fundo, após derrotar nossos inimigos, visitar terras distantes, conhecer nossos aliados, escutar nossos mestres sábios, receber nossos tesouros, todos nós queremos uma só coisa, uma história com um final feliz.

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