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Destaques

Para onde vão todas coisas que não dissemos?

Para onde vão todas coisas que não dissemos? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem. Algumas ficam presas dentro de nós. Outras conseguimos elaborar em um espaço seguro, como a terapia. Mas ignorar as coisas, muitas vezes pode ser pior. Fingir que as emoções não existem ou que as coisas não aconteceram não faz elas desaparecerem. Quando um relacionamento chega ao fim, pouco importa quem se afastou de quem primeiro. Mas há quem se prende na ideia de que se afastou antes – em uma tentativa de controlar a narrativa, como se isso importasse. O fim significa que algo não estava funcionando e foi se desgastando ao longo do tempo. Nenhum fim acontece por mero acaso. Às vezes, quando somos levados ao limite, existem relações que não têm salvação – todos limites já foram cruzados e não há razão para impor limites, somente aceitar que o ciclo chegou ao fim. Isto não significa que você guarde algum rancor ou deseje mal para a pessoa, significa que você decidiu por sua saúde mental em pri...

Lançamento do livro Urânios, do escritor Roberto Muniz Dias

Publicado pela Editora Metanoia, o mais novo livro, Urânios, do escritor e mestre em literatura, Roberto Muniz Dias, será lançado no dia 2 de Maio de 2014. O evento acontecerá na Livraria Blooks, em São Paulo (SP), situada no Shopping Frei Caneca, a partir das 19h30.


A obra tematiza o poliamor sob o ponto de vista de um homem que relata suas memórias de um amor nada convencional. Entre o presente e o passado, um quadro de um galo colorido o remete sempre a esta paixão inusitada. O amor entre esses três homens se intensifica à medida que não descobrem o quê fazer com ele. No final, as identidades são esfaceladas pela lembrança, pelos medos, ciúmes e a morte das coisas vivas.

A ideia do livro surgiu sobre a questão do poliamor; das diferenças entre atitudes num relacionamento; um questionamento sobre o que é o amor, se poderia ser fragmentado ou deveria ser inteiro? Uma divagação, em primeira pessoa, de como um indivíduo lidava com a ideia de dividir o objeto de desejo; como seria um contato que quebrasse todas as opiniões internas sobre o amor romântico ou burguês. Essa pessoa se pergunta, dentro de uma estória não linear, entre o passado e o presente, nas lembranças e experiências de um amor nada convencional, como a mudança pode ser libertadora e, ao mesmo tempo um claustro. Em resumo, uma estória sobre desconstruir-se como indivíduo, reinventar-se e depois perder-se.

Trecho do livro:

“Tudo tem um começo. Pelo menos para as histórias, sejam em quaisquer das articulações com as verdades de cada um. O princípio pode ser por uma mentira. Se ela for bem contada, pode parecer História. E para ser História bastam dois ingredientes: uma presunção de verdade e um idiota para creditá-la valor. Eu fui o idiota. E tem sido assim por muito tempo. Muitas histórias contadas e muitos idiotas que a vivem.

Vivi essa história com intensidade. Todos já eram adultos. Não vai ser necessário o passado para entender o presente e o futuro das coisas acontecidas. Elas por si só se encaminharam nesses anos de convívio. Personagens, pano de fundo, um enredo e uma duração no tempo. Estava pronta a história. No entanto, ela tem um princípio; ela foi me dada sem muitas limitações. Fui testemunha do tempo deles; da velocidade na qual tudo se passou. Às vezes podia ser tão natural; às vezes parecia tão impreciso quanto o destino poderia se revelar. Eis a minha verdade...”

Comentários sobre o livro:

“Em Urânios, novo livro de Roberto Muniz, que com sensibilidade trabalha seus personagens e suas experiências com profundidade, conduzindo uma trama que vai abrindo caixas dentro das quais se encontram outras caixas até que o protagonista se depara com uma verdade fundamental...” (Sérgio Viula, Escritor)

“Você é colocado para dentro dessa narrativa e, embora já saiba do resultado, quer saber como se deu tudo isso.” (Neto Lucon, Jornalista)

Sobre o autor: 

Roberto Muniz Dias é romancista, contista, poeta, artista plástico e mestre em Literatura pela UnB (Universidade de Brasília). Também formado em Letras e Direito, integra a Comissão de Tolerância e Diversidade Sexual da 93ª Subseção de Pinheiros da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional São Paulo. Foi premiado pela Fundação Monsenhor Chaves com  menção honrosa pela obra “Adeus Aleto”. Publicou ainda “Um Buquê Improvisado”, “O Príncipe – O Mocinho ou o Herói podem ser Gays” e recentemente lançou seu livro: Errorragia: contos, crônicas e inseguranças.

Local:

Shopping Frei Caneca — Rua Frei Caneca, nº 569 – 3º Piso, Consolação – São Paulo (SP).
Telefone: (11) 3259-2291
Horário de funcionamento: de segunda a sábado: das 11 as 22hs / domingos e feriados : do 12 as 20hs

Link no Facebook para o Evento do Lançamento de Urânios (Roberto Muniz Dias): https://www.facebook.com/events/552139244902141/?fref=ts

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