Chegaram hoje três livros do escritor Roberto Muniz Dias: Um
Buquê Improvisado (Editora Escândalo), Adeus a Aleto (Editora Escândalo) e
Urânios (Metanoia Editora). Assim que eu concluir a leitura e postar a resenha
de A Cor dos Olhos Teus, da escritora Andrea Lopes – que provavelmente será
publicada amanhã no blog –, começarei a ler as obras do colega escritor que
abordou o universo gay em suas narrativas.
Um Buquê Improvisado – Segundo romance de Roberto Muniz
Dias, dá vida ao personagem J., revelando-lhe uma índole tão sensível, tão
carismática, que o leitor irá se perguntar o quão real será esta trama de
ficção. J. é daqueles tais heróis que dialogam com o destino, tentando divisar
o lado bom de uma vida que não se mostra nada amistosa. Uma história dolorosa e
introspectiva.
Versando sobre temas tanto atuais quanto polêmicos, o autor
aborda os males sociais e psicológicos da alienação parental, da autodescoberta
e do preconceito. É na pele desses personagens tão realistas que descobrimos as
mais intrincadas – e infelizmente comuns – nuances da rancorosa psiquê humana.
Adeus a Aleto – Adeus a Aleto é o primeiro romance de
Roberto Muniz Dias. Um misterioso jovem russo, personagens que escapam de suas
histórias e assustadoras bruxas pessoais. Estes são os densos elementos deste
livro repleto de simbolismos!
Na mitologia grega, as Erínias eram a personificação da
vingança, sendo Aleto a deusa implacável que perseguia os criminosos em seus
sonhos até levá-los à loucura. Com uma trama ousada, corajosa e transparente,
esta obra mostra há o poder divino de um escritor que ceifa as vidas de seus
personagens e se vê perseguido por estas almas errantes em busca de explicações
ou, quem sabe, de uma segunda chance.
São tais personagens, reais ou fictícios, que dão o ritmo da
narrativa e levam o autor a trilhar uma aventura em torno de si próprio e do
mundo. Sem medo, o autor se desnuda e se entrega de corpo e alma à criação de
cada perfil. É notória a presença das próprias angústias pessoais do autor em
cada linha do texto, de suas buscas, de suas crenças, de sua bondade ou
perversidade, o que dá à obra uma sensação intimista e verossímil.
Urânios – Um homem relata suas memórias de um amor nada
convencional. Entre o presente e o passado, o quadro de um galo colorido o
remete sempre a esta paixão inusitada.
O amor entre três homens se intensifica à medida que não
descobrem o que fazer com ele. No final, as identidades são esfaceladas pela
lembrança, pelos medos, ciúmes e a morte das coisas vivas.
Sobre o autor – Roberto Muniz Dias, romancista, contista, poeta e artista plástico. Formado em Letras e Direito. Esse escritor de Teresina, Piauí, começou nas artes ainda na adolescência, escrevendo diários e desenhando croquis.
Bom, é isso! Logo escreverei mais resenhas para o blog e divulgarei mais novidades sobre escritores e editoras. ;-)
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