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Destaques

Sobre Reler Livros

Reler um livro era como tocar um tecido que você já usou várias vezes, como se fosse pela primeira vez. A textura parecia diferente; o cheiro não era o mesmo; Era impossível não imaginar na palavra que circulava pela mente: diferente.  E por que esperar pelo impossível igual? O leitor não era o mesmo. Um intervalo de tempo considerável havia se passado. O personagem que costumava ser o favorito talvez agora seja outro. O texto que escreveria a respeito do livro talvez jamais fosse igual. Era um diferente leitor, um diferente livro, uma diferente interpretação. Ler pelo mero prazer era diferente de ler pensando na resenha que escreveria em seguida. Escolher o livro de forma aleatória era diferente de já tê-lo em mente. Reler era diferente de ler, mas sobretudo, era uma nova forma de leitura: os detalhes que antes não chamavam a atenção, agora pareciam brilhar nas páginas. Não estava no mesmo lugar em que estava quando o leu pela primeira vez. Sua pele não era a mesma, tampouco seu céreb

Vídeo: Chimamanda Adichie e O Perigo da História Única (TED)

A escritora nigeriana Chimamanda Adichie participou de uma palestra intitulada O Perigo da História Única (The Danger of a Single Story), em julho de 2009, ministrada durante a TED Talks – conferência organizada por uma comunidade global, uma fundação privada sem fins lucrativos, com o slogan “Ideas Worth Spreading” (Ideias que valem a pena espalhar).

Chimamanda Adichie e O Perigo da História Única. Foto: TED Talks / Reprodução.

Durante o vídeo, Chimamanda Adichie conta que nasceu na África e já morou nos Estados Unidos, onde ela foi para a universidade. A romancista disse que começou a ler e a escrever desde sua infância e que a leitura de livros escritos por britânicos e norte-americanos influenciaram sua maneira de imaginar as histórias.

Esta visão unilateral é o que ela chamou de “O perigo da história única”. Como exemplo, ela lembra quando sua colega norte-americana ficou tão surpresa com o inglês de Chimamanda, pois a jovem imaginava que os africanos não eram fluentes. Ela desconhecia que o Inglês é a língua oficial da Nigéria.

"As histórias importam. Muitas histórias importam. Histórias têm sido usadas para desapropriar e difamar, mas histórias também podem ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias podem quebrar a dignidade de um povo, mas histórias também podem consertar aquela dignidade quebrada... Quando nós rejeitamos uma história única, nós percebemos que nunca há uma história única sobre qualquer lugar, nós recuperamos uma espécie de paraíso"Chimamanda Ngozi Adichie

Chimamanda alerta, então, para o poder que as histórias têm sobre as pessoas. Ela lembra que uma mentira contada várias vezes (ou lida, no caso) pode se tornar uma verdade. A escritora ressalta a importância de se mostrar outros pontos de vista, de forma que as pessoas aprendam a lidar com a diversidade cultural e diferentes opiniões.

Assista ao video: Chimamanda Adichie – The danger of a single story (TED)

Comentários

  1. O TED tem alguns vídeos que merecem ser revistos infinitas vezes. Se o inferno é composto apenas por comentaristas do G1, o paraíso deve ser uma vivência constante com pessoas que trazem mensagens fodas tipo a Chimamanda :)

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    Respostas
    1. Tales, concordo contigo! O TED Talks tem vários vídeos ótimos. O bom é que estou juntando o útil ao agradável. Toda semana tenho que assistir uma palestra diferente e fazer um relatório para a aula de inglês! Gostei muito da Chimamanda. Minha professora de Linguística passou este vídeo em sala de aula e não pude deixar de compartilhar. Tem outro dela que pretendo assistir, desta vez sobre feminismo e empoderamento.
      Abraços!

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