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Destaques

Escrevendo Novos Capítulos

Dezembro chegou e com ele veio a vontade de escrever novos capítulos de sua história. Estava disposto a deixar outubro e novembro para trás, tentar se focar no momento presente e se deixar perder nas novas linhas que se formavam. Era verdade que deixar os capítulos anteriores para trás não era uma tarefa fácil, mas precisava seguir em frente, sempre se movimentando em direção aos seus sonhos. Tentava não criar expectativas sobre que tipos de histórias iria escrever, o papel em branco que antes o paralisava, agora servia como um convite para deixar novas palavras surgirem. Escrevia pra quê, afinal de contas? Para se lembrar? Para esquecer? Para colocar para fora? Para simplesmente praticar o ato de escrever? Não havia uma resposta certa ou errada. Escrevia porque era sua paixão fazer isso e enquanto continuasse respirando, pretendia continuar escrevendo. Escrever capítulos novos poderia ser uma atividade interessante. Diferente do que muitos pensam, nem todos escritores deixam tudo plan...

Resenha: Fey: O Enigma de Ur – Josué Matos

Para quem gosta de ficção científica com pegada mais urbana, o livro Fey: O Enigma de Ur (Livro 1), de 208 páginas, do escritor Josué Matos, pode ser uma boa opção. A obra foi publicada, originalmente, de forma independente pelo autor, em 2015, e depois foi republicada pela Editora PenDragon e conta a história de uma jovem chamada Fey que se vê em uma busca de si mesma, após acordar em um hospital sem ter ideia do que aconteceu.

Livro Fey Enigma Ur Josué Matos Editora Pendragon

O romance é narrado em terceira pessoa e intercala o ponto de vista da protagonista, Fey, com os dos outros personagens da trama. O início do livro traz um breve texto sobre a runa Ur, a qual faz mais sentido ao desenrolar das coisas e um prólogo sobre o que está por vir na história.

“Esse é o meu testemunho da maldade da pior raça que pôde existir no universo. A raça humana”.

Dividido em duas partes e em 23 capítulos, nas primeiras páginas o autor se foca na história de Fey e como ela se tornou órfã e de forma paralela o leitor também viaja pelo presente, para o lugar desconhecido onde ela está e a tentativa de entender como ela foi parar lá.

Josué Matos escreveu um livro de ficção científica que consegue transmitir com verossimilhança algumas questões da realidade do brasileiro, com seus problemas e críticas sociais, levando suas mensagens por trás da narrativa, indo além do entretenimento. Fey teve uma vida difícil pelo cenário em que nasceu e sua trajetória vai se transformando à medida que outros eventos vão acontecendo, tornando-a uma personagem com personalidade complexa e fácil de sentir identificação pelas suas lutas e desafios.

“Correram pelo túnel esplendoroso. A cada metro vencido, o ponto aumentava de tamanho, demonstrando que deveria ser uma passagem para outro lugar. Continuaram até que o círculo se transformou em uma porta. “O Vale das Trevas é a passagem para o Paraíso”. Era o que dizia a placa no vão de entrada”.

Desde o prólogo temos pistas sobre onde Fey está, mas só mesmo quando o momento chega é possível compreender o que está acontecendo. O romance explora as diferentes polaridades do ser humano e as atitudes tomadas sem equilíbrio e discernimento podem ser fatais não só para si mesmos, mas para toda a humanidade, como os problemas com a violência, drogas e criminalidade, cujos efeitos colaterais sempre acabam atingindo inocentes.

Josué Matos mostra o seu amadurecimento como escritor em Fey. É possível notar o maior cuidado com o desenvolvimento da narrativa, afinal, amarrar as pontas e trabalhar com os diferentes tempos nem sempre é algo fácil a se fazer, de forma que a história não se perca. Outro ponto interessante de se destacar é a mistura de diferentes temáticas, tornando difícil defini-la. O autor sabe como usar as diferentes marcas ao seu favor, sem perder a sua essência.

“Seu cérebro tem mais mistérios do que você conhece. A parte que você se comunica, o que você chama de racional, é o último estágio de seu entendimento. Na verdade, bem lá no fundo, a decisão que chama de impensada, já foi tomada”.

Como todo primeiro livro de uma série ou trilogia, O Enigma de Ur acaba sendo mais um convite para melhor neste universo de ficção e trazendo mais possibilidades de caminhos a seguir do que respostas, embora os capítulos finais sejam esclarecedores, termina com aquela curiosidade para entender melhor sobre as runas, os dilemas da personagem principal e o destino do planeta. Uma ficção científica que lembra bastante a trajetória do herói tão presente na literatura fantástica. Fey: O Enigma de Ur é só o início de um universo que revela as forças das energias e da mente para movimentar a vida.

Josué Matos Autor Livro Fey Enigma Ur  Editora Pendragon

Sobre o autor – Josué Matos nasceu em 07 de abril de 1974, no Salvador, e atualmente mora no Rio de Janeiro. É analista de sistemas por formação e sempre foi apaixonado por livros. Em 1997, ele resolveu iniciar o seu primeiro romance, uma ficção científica com seres de outros planetas e sua ligação com o misticismo de nossa raça. Em 2014, publicou o seu primeiro livro policial, e em 2015, o primeiro de ficção científica.

Adicione Fey: O enigma de Ur à sua estante do Skoob!  

O livro Fey: O Enigma de Ur (Livro 1) pode ser comprado no site da Editora PenDragon: http://www.editorapendragon.com.br/ 

Para ficar por dentro das novidades da editora, curta a página no Facebook: https://web.facebook.com/editorapendragon 

*O livro foi um presente do autor, Josué Matos, o qual já foi parceiro do Blog do Ben Oliveira com a obra Eu, Inabalável 

Comentários

  1. Uma resenha maravilhosa de um cara que respeito bastante. Obrigado Ben, sua opinião conta muito pra mim.

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    1. Oi, Josué! Muito grato pelo comentário.
      Fico feliz que tenha gostado. Ansioso para ler as continuações de Fey.
      Abraços

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  2. Sem duvidas o livro Fey revela que a qualidade dos autores e obras nacionais merecem respeito! Josué Matos é a prova disso!

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    Respostas
    1. Oi, Ron Perez!
      Obrigado pela visita. Concordo que os autores nacionais devem ser mais valorizados.
      Abraços

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