Não havia talvez quando se tratava de pôr a própria saúde mental em primeiro lugar, especialmente quando o outro a estava negligenciando. Não havia talvez para continuar sustentando um relacionamento que não ia para frente, no qual o outro se negava a se responsabilizar e se colocava constantemente no papel de vítima. Não havia talvez quando você havia se transformado em uma espécie de terapeuta que tinha que ficar ouvindo reclamações e problemas constantes, se sentindo completamente drenado após cada interação. Já não havia espaço para o talvez. Talvez as coisas seriam diferentes se o outro tivesse o mesmo cuidado com a saúde mental que você tem. Talvez a fase ruim iria passar um dia. Talvez a pessoa ia parar de se pôr como vítima e começar a se responsabilizar. Eram muitos talvez que não tinha mais paciência para esperar. Então, não, já havia aguentado mais do que o suficiente. Não era responsável por lidar com os problemas do outro. Não era responsável por tentar levar leveza diante...
“Uma menina nunca esquece seu primeiro cadáver”– Caitlin Doughty
Saiba mais sobre o livro Confissões do Crematório, de Caitlin Doughty:
É a única certeza da vida. Então, por que evitamos tanto falar sobre ela? A morte é inevitável, sentimos muito. Mas pelo menos, como descobriu Caitlin Doughty, ficar a sete palmos do chão ainda é uma opção.
Ainda jovem, Caitlin conseguiu emprego em um crematório na Califórnia e aprendeu muito mais do que imaginava barbeando cadáveres e preparando corpos para a incineração. A exposição constante à morte mudou completamente sua forma de encarar a vida e a levou a escrever um livro diferente de tudo o que você já leu sobre o assunto.
Confissões do Crematório reúne histórias reais do dia a dia de uma casa funerária, inúmeras curiosidades e fatos históricos, mitológicos e filosóficos. Tudo, é claro, com uma boa dose de humor. Enquanto varre as cinzas das máquinas de incineração ou explica com o que um crânio em chamas se parece, ela desmistifica a morte para si e para seus leitores.
O livro de Caitlin – criadora da websérie Ask a Mortician – levanta a cortina preta que nos separa dos bastidores dos funerais e nos faz refletir sobre a vida e a morte de maneira honesta, inteligente e despretensiosa – exatamente como deve ser. Como a autora ressalta na nota que abre o livro, “a ignorância não é uma benção, é apenas uma forma profunda de terror”.
O título é a primeira obra de não ficção a integrar a coleção DarkLove, a linha especial da DarkSide® Books para corações valentes. Sua escrita divertida e realista será muito bem representada na edição em capa dura que chegará às mãos dos leitores brasileiros em julho de 2016.
“As memórias sinceras, hilariantes e transformadoras de Caitlin são leitura obrigatória para todos aqueles que planejam morrer.”— KATHARINE FRONK, BOOKLIST
“Um livro forte e mórbido como esse poderia facilmente enredar seus leitores em tristeza e dor, mas Caitlin Doughty – uma confiável guia através do repulsivo e impressionante mundo da morte – nos mantém rindo.” — RACHEL LUBITZ,WASHINGTON POST
“Divertido e instigante.” — JULIA JENKINS, SHELF AWARENESS
“Relatos diabolicamente engraçados.” — O MAGAZINE
Sobre a autora
Caitlin Doughty é agente funerária, escritora e mantém um canal no YouTube onde fala com bom humor sobre a morte e as práticas da indústria funerária. É criadora da websérie Ask a Mortician, fundadora do grupo The Order of the Good Death (que une profissionais, acadêmicos e artistas para falar sobre a mortalidade) e também autora de Confissões do Crematório. Saiba mais em orderofthegooddeath.com.
Sobre a tradutora
Regiane Winarski é tradutora há 7 anos, mas nem antes disso era muito normal. As vozes sempre disseram que devia trabalhar com algo que envolvesse escrita e inglês, mas ela foi teimosa e tentou ser engenheira química. O bom-senso veio, e foi estudar Produção Editorial na ECO-UFRJ, mas a teimosia permaneceu, e deu aula de inglês por 10 anos antes de aceitar que a verdadeira felicidade estava nos livros. É leitora compulsiva desde que se entende por gente, mas se encontrou de verdade em um conto de Stephen King aos 13 anos. Atualmente, vive feliz traduzindo full-time e fazendo bolos nas horas vagas.
olá, adorei o post... esse com certeza está na minha lista de leitura!
ResponderExcluirBeijos, Jana!
Blog Eu Li nas EntreLinhas
Oi, Jana!
ExcluirMuito obrigado pela visita.
Gratidão. Fico feliz que tenha se interessado.
Beijos