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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Estranho no ninho: Livro independente entre obras literárias consagradas

Quando vejo Escrita Maldita junto de tantos outros títulos aclamados da literatura e também de livros best sellers internacionais e nacionais, me dá um orgulho como autor independente. Sempre acreditei que diferentes obras literárias podem dialogar e que o preconceito literário mais atrapalha do que ajuda, especialmente em um país no qual quem gosta de ler e escrever livros ainda é visto com tanto estranhamento.


No mês de abril, tive a honra de ser lido pela estudante de jornalismo Lethycia Dias, autora da foto que ilustra este post e no início de maio, pelo escritor Glauber Oliveira. É incrível como o mundo virtual conecta leitores. A Lethycia conheci através do Twitter, enquanto o Glauber pelo Facebook.

Durante muitos anos discutiram como a internet atrapalharia a leitura, mas observo que é justamente o contrário: com mais informações e possibilidades de interação entre autores e leitores, a experiência de mergulhar em um livro e poder compartilhar com outros leitores e também com o escritor tornou o processo mais prazeroso, especialmente para quem ainda lida com a solidão e desconexão de gostar de ler no Brasil.

“Minha cabeça realmente ficou mexida com a história. Um livro de excelente escrita, enredo e personagens muito bem trabalhados. Recomendo a todo custo!” – Glauber Oliveira, escritor

Essas possibilidades que temos hoje me fazem pensar em como ainda existe um forte preconceito e resistência com artistas independentes. Adoro escritores independentes empoderados, como o Hugh Howey. A indústria joga eles à margem. Muitos autores de editoras tradicionais acham que os descontos de livros estão matando a carreira de escritor: o que mata são os contratos mal elaborados. Os leitores não fazem ideia de quantos royalties um escritor ganha por venda de livro. Para que possam se dedicar à carreira integral de escritor, muitos autores precisam vender milhares, milhões de livros.

Se os escritores fossem mais espertos iriam perceber que não são inimigos/concorrentes, mas que o sistema não privilegia ninguém. Toda escolha tem seus prós e contras. Endeusar o caminho tradicional não é esperto, especialmente quando as portas não se abrirão para muitos autores. O funil é real.

Em outras palavras, as pessoas precisam parar de achar que existe um caminho único. Existem múltiplas possibilidades e cada uma delas tem seus atrativos e seus desafios. O preço do livro não é o que dificulta ao autor sobreviver de escrita.

E para os leitores que têm preconceito com autores indie, vocês leem vários sem saber que são. Não é porque no Brasil eles são publicados por editoras, que lá fora eles não são independentes. Acontece que nosso sistema não tem estrutura para escritores independentes.

Sempre que vejo meu livro sendo lido, fico grato de saber que de alguma forma, o leitor conseguiu se conectar com minha escrita. Mesmo diante de todas dificuldades, muitas vezes, isso me basta.

Link da versão para Kindle do livro Escrita Maldita: https://www.amazon.com.br/dp/B01M055CBO

Link da versão paperback do livro Escrita Maldita: https://goo.gl/ScYypJ



*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

Comentários

  1. Olá
    Adorei o seu post. Hoje em dia, mais de 70% das minhas leituras no ano são de autores nacionais, muitos deles autores independentes, que vão pulando de editora em editora em busca da publicação mais barata e mais bonitinha. Não é nada fácil mesmo, mas é tudo pelo sonho de ter seu livro publicado e lido.

    Vidas em Preto e Branco

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    Respostas
    1. Oi, Lary! Fico muito feliz com o seu relato. É muito bom ver autores nacionais indo atrás dos sonhos deles, embora o caminho seja bem espinhoso no Brasil. Essa assimetria com o mercado internacional mostra o quanto ainda temos muito para evoluir.
      Gratidão pela visita ♥

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