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Destaques

Uma dose diária de sol: apoio

É difícil recuperar o protagonismo da própria vida quando há momentos em que você perde o controle dos próprios pensamentos e comportamentos. Mas ter quem reconheça suas alterações, por menores que sejam, pode fazer toda diferença. Aprendeu que colocar nos ombros do outro o papel de salvador era algo pesado demais. Mas também aprendeu que não deveria ignorar os sinais que antecedem uma crise, ainda que ela seja inevitável, era possível reduzir danos. Foi assistindo ao drama coreano Uma Dose Diária de Sol que aprendera que todo mundo poderia adoecer um momento ou outro e estava tudo bem pedir ajuda. Somente quem convive em alerta constante sabe a importância de poder contar com outros olhares e se permitir aproveitar o momento presente, se desligar um pouco. Construção era algo que acontecia aos poucos. Seria o outro capaz de diferenciar quando estava em crise ou não? Ou já seria tarde demais? Mesmo o tarde demais pode ser cedo se for identificado a tempo. O medo de perder o controle er...

No mundo de papel

O mundo dos livros pode ser uma válvula de escape para os dias de tédio e cansaço existencial, bem como pode ser uma ótima oportunidade de deixar a criatividade explodir no papel para aqueles que se dedicam ao ofício de contar histórias. Seja durante a leitura ou no processo de criação literária, muitas vezes, ficamos tão conectados com o universo ficcional que nossos corpos físicos estão presentes, mas nossa mente, atenção e energia estão em sintonia com as narrativas.


*Imagem publicada nas redes sociais do blog Virando Amor 

Leia Escrita Maldita: https://amzn.to/2OlIdVc

Dizem que são as coisas que mais amamos que nos destroem. Com Daniel Luckman, o escritor protagonista do meu livro de terror, Escrita Maldita, não poderia ser diferente. Seu sonho e obsessão de se tornar um autor best-seller é o que o motiva a acordar todos dias, mas também é o que tira o seu sono.

Para ele, a escrita não é só um passatempo, mas é a forma que encontrou para lidar com suas emoções tumultuosas e ressignificar a própria história de vida. Assim como Daniel, carrego dentro de mim a paixão pelos livros, companheiros nesta jornada de existência, testemunhas dos meus silêncios e também dos dias de furacão.

Muitos escritores se refugiam não só dentro dos seus próprios mundos imaginários, como navegam e naufragam no lago de outros sonhadores. A leitura e a escrita são como ópio. Aqueles que fogem do universo das palavras não sabem como é o prazer de se perder e se encontrar, de encontrar um espaço para deixar a mente livre da realidade pesada e sufocante.

É no mundo de papel que nos permitimos entrar em outras peles, conhecer outras realidades e abandonar nossas certezas. Tudo pode acontecer.

Mesmo mergulhados no imprevisível caos e terror, ao final da viagem, como os heróis, retornamos transformados por nossas experiências, preparados para mais um dia em nossa jornada, após uma merecida pausa mental; o espírito volta mais forte, até que precisamos de mais uma dose e resistimos à tentação de nos perdermos nas histórias, sem desejar o caminho de volta.



*Ben Oliveira é escritor, blogueiro e jornalista por formação. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) e O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.

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