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Destaques

Scoop: Jornalistas da BBC e uma entrevista polêmica com príncipe Andrew

Quando um escândalo internacional envolvendo a Família Real estoura, uma jornalista tenta ser a primeira a conseguir uma resposta do príncipe Andrew para a BBC. Scoop é um filme de 2024 sem grandes surpresas para quem acompanhou a cobertura midiática da época, que mostra a importância do jornalismo não se silenciar quando se faz relevante. Um caso que havia sido noticiado há nove anos sobre a amizade de Andrew e Jeffrey Epstein estoura com a prisão do milionário e suicídio. Enquanto jornais de diferentes partes do mundo fizeram cobertura, o silêncio de príncipe Andrew no Reino Unido incomoda a equipe de jornalismo, que tenta persuadi-lo a dar uma entrevista. Enquanto obtém autorização para fazer a entrevista, a equipe de jornalismo mergulha nas informações que a Família Real não gostaria que fossem divulgadas sobre as jovens que faziam parte do esquema de tráfico sexual e as vezes em que príncipe Andrew estava no avião particular de Epstein. O filme foca mais na equipe de jornalismo do

Vida de escritor: Da estreia até as desilusões de morar em um país de não-leitores

Foto tirada há seis anos. Minha estreia formal como escritor com meus dois primeiros contos publicados em uma coletânea com outros escritores gays.


Uns meses depois, fiquei entre os 33 pré-finalistas do prêmio SESC de literatura, dos 214 manuscritos de romances inscritos. O romance era sobre relacionamento abusivo e psicopata e decidi nunca publicar, mas sem essas pequenas vitórias, eu não teria me arriscado na jornada de escritor.

É muito engraçado ver o contato das pessoas com os livros de quem não entende de literatura. Muitas pessoas tentam encontrar você nos personagens ou encontrar rastros autobiográficos que nem sempre existem.

O brasileiro lê tão pouco, que comecei escrevendo histórias de terror e fantasia com temática LGBT e acabei abandonando ou ia morrer de fome. Com personagens LGBTQ ou não, os quais ainda incluo nas minhas histórias, permanece bem difícil ser lido no Brasil.

Alguns anos depois, essa editora fechou as portas. Eu cheguei a participar de algumas coletâneas de outras editoras, até seguir de forma independente e soltar meu romance Escrita Maldita na Amazon.

Foi em uma época que eu estava quase desistindo de ser autor no Brasil. O livro não foi finalista do prêmio Kindle, mas sou grato pelo interesse dos leitores.

Assim como acabei soltando o primeiro livro da minha série de fantasia, O Círculo completo no Wattpad, após um acidente e perceber que muitos leitores ficariam sem o final da história.

Do ano da primeira publicação pra cá, ainda continuo escrevendo, cheio de ideias e preso no mesmo velho problema: a dificuldade de ser escritor em um país de nao-leitores e de pessoas que menosprezam a cultura.


Uma vez, uma escritora e jornalista disse que ser escritor no Brasil era a profissão mais patética. De certa forma, ela não estava errada. Não por culpa dos escritores; ser autor é também ser promotor de cultura e da educação, pois falta base e interesse pela literatura de forma geral (não me refiro só aos clássicos, mas à diversidade de produção literária).

Então, o autor é cobrado de todos lados. Para muitos, é utopia viver só de escrita no Brasil. Alguns conseguem quebrar esse ciclo, mas exige um esforço de outro mundo e constante, em relação à vida de escritores que moram em países nos quais a literatura, a escrita e a ficção são mais valorizadas.

Grande parte dos projetos comerciais do Wattpad, por exemplo, não chegam ao país. Já sobre a experiência multimídia da escrita, nem preciso falar, né? Se publicar os livros já é complicado, não existe tanta valorização de adaptações para cinema, TV e plataformas digitais.

Ainda sobre a questão da leitura, o leitor é visto com estranhamento. Ler muito, na visão do brasileiro, é enganar. 'Ninguém consegue ler tudo isso', repete aquele que lê pouco, e não só por falta de tempo e condições financeiras, mas por falta de interesse mesmo. Enquanto o brasileiro lê por ano de 1 a 3 livros, se deixar, eu leio isso em um dia ou semana, dependendo da extensão e complexidade da obra.

Com raras exceções, muitos projetos literários são natimortos no Brasil e outros morrem sufocados pelo clima, histórico e tragédias educacionais, sociais e culturais.

*Ben Oliveira é escritor, blogueiro, jornalista por formação e Asperger. É autor do livro de terror Escrita Maldita, publicado na Amazon e dos livros de fantasia jovem Os Bruxos de São Cipriano: O Círculo (Vol.1) O Livro (Vol. 2), disponíveis no Wattpad e na loja Kindle.



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Comentários

  1. É bem assim mesmo, eu sempre tive problemas em começar a publicar tanto por medo quanto por desânimo de outros escritores e do cenário geral no país. É quase impossível viver só de escrever. Eu ainda não desisti, mas é bem depressivo isso. Você abordou muito bem o assunto.

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    1. Oi, Michele! É bem difícil mesmo. Sou grato por ter apoio de leitores como você. Você que me acompanha há algum tempo, vê o quanto eu peno. Muita gente acha que é fácil. Talvez para quem tenha contatos, dinheiro etc., mas para o autor comum, não é nada fácil sobreviver no Brasil.

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